Capítulo 17 - Esse é o meu dragão

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Soluço e Banguela olhavam para o objeto preso na cauda do dragão, depois de muita insistência, Soluço havia convencido o fúria da noite a deixar ele prender o objeto em sua cauda.

- E agora? – Banguela questionou confuso, não entendia como aquele objeto iria fazer com que ele voltasse a voar.

- Não sei, tenta mexê-la? – Soluço sugeriu receoso.

- Eu já tentei, nada acontece – Banguela bufou, a cada minuto que passava ele tinha mais certeza de que o garoto em sua frente era louco.

- Espera aí, deixa eu tentar – Soluço se aproximou da cauda de Banguela e tentou abrir o objeto que parecia um pouco emperrado.

Depois de alguns minutos tentando, Soluço conseguiu abrir parte do objeto que tinha o mesmo modelo que a parte da cauda que faltava em Banguela. O dragão sentiu quando o objeto se ajustou em sua cauda e a mexeu de um lado para o outro enquanto abria as asas devagar, alçando voo logo em seguida.

Soluço que havia sido puxado quando Banguela alçou voo, se segurou com força na cauda do dragão e começou a gritar desesperadamente, Banguela notando a presença do garoto em si, mergulhou em alta velocidade em direção ao chão ao mesmo tempo em que virava de cabeça para baixo, fazendo Soluço se soltar dele e cair, após alguns segundos Banguela também caiu no chão.

- Deu certo – Soluço se levantou e começou a gritar empolgado – claro, vou ter que fazer alguns ajustes já que você não consegue controlar sozinho, mas o importante é que deu certo.

- Eu voei? – Banguela o encarou confuso, nem acreditava que havia voado novamente – Não foi imaginação minha?

- Não foi imaginação, você realmente voou, eu sei que foram poucos metros mas

- Mesmo assim – Banguela o interrompeu – eu voei.

Banguela estava surpreso, ele encarava o objeto sem entender como aquilo havia feito ele voar novamente.

- Você irá tirar ele? – Banguela questionou ao ver Soluço se aproximar da cauda e se ajoelhar no chão perto do objeto.

- Sim, preciso fazer diversos ajustes, além do que, você não consegue controlar sozinho, então você não iria sair voando por aí mesmo – Soluço deu de ombros e retirou o objeto da cauda de Banguela – tenho que ir, preciso trabalhar nisso, até amanhã.

Soluço se despediu de Banguela e correu para a ferraria, precisava consertar o objeto o mais rápido possível, ele queria muito que Banguela voltasse a voar, não só para se manter vivo e poder voltar para Berk, mas porque desde que havia tido a conexão com o dragão, ele queria fazer de tudo para que ele ficasse feliz.

Soluço passou a tarde e grande parte da noite trabalhando no objeto, como ele percebeu que Banguela não conseguiria ajustar sozinho, ele precisaria criar um mecanismo que o fizesse controlar a cauda manualmente, o que significaria que para Banguela voar, alguém precisaria estar montado nele.

No dia seguinte, assim que o sol nasceu, Soluço subiu a montanha até o local onde Banguela vivia, ele estava empolgado para testar sua nova invenção.

- Você vai montar em mim? Nem pensar – Banguela tentava se desvencilhar de Soluço que estava tentando montar nele.

O garoto já havia prendido o objeto na cauda de Banguela, mas precisava montar no dragão para que pudessem testar se o objeto funcionava como ele havia planejado.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora