Capítulo 44 - Você não pode resolver

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Astrid encarou o dragão a sua frente, um enorme Cauda de fogo que a olhava como se fosse atacá-la a qualquer momento.

A loira cerrou os punhos, tentando controlar sua respiração, sabia que não podia demonstrar medo. Ela deu um passo para frente, tentando se aproximar do dragão, mas a cada passo que dava, o dragão recuava um, mantendo a distância entre os dois.

- Eu desisto – Astrid bufou frustrada – ele nunca vai deixar eu me aproximar.

- Você está muito tensa – Soluço sorriu – ele acha que você irá atacá-lo, precisa relaxar.

- Como vou relaxar com esse dragão querendo me queimar viva?

- Ele não quer isso – Soluço se aproximou do dragão que abaixou a cabeça pedindo carinho – ele é um ótimo dragão.

- Ah, com certeza – ela disse sarcástica – ele nem me deixou tentar.

- Devo lembrá-la que foi você quem escolheu, eu disse que devíamos ir com calma, mas não, você prefere começar com os mais difíceis.

- Não é verdade.

- Você começou com um nadder – Soluço a olhou sugestivamente.

- E quem disse que nadders são difíceis? – ela o encarou.

- Você – Soluço soltou o dragão e caminhou até a loira.

- Foi só no primeiro dia.

- Foram nos primeiros 3 dias.

- Isso não vem ao caso – ela bufou.

- Vem sim, você sempre escolhe os mais complicados, primeiro nadder, depois picada veloz e agora o cauda de fogo, ninguém aprende a se aproximar de dragões com eles.

- Eu sim, se você aprende com os mais difíceis, qualquer outro fica fácil – ela deu de ombros.

- Talvez seria fácil se você não os olhasse como se fossem inimigos. Eles sentem, Astrid. Se quer que eles se aproximem, você precisa ganhar a confiança deles.

- Eles que precisam ganhar minha confiança – ela voltou a encarar o dragão que sustentou o olhar por um tempo, antes de alçar voo.

- Acho que por hoje já chega – Soluço sorriu.

- Mamãe, mamãe – Zephyr correu até Astrid a abraçando.

- O que foi meu amor? – Astrid retribuiu o abraço.

- Eu já disse que te amo? E que a senhora é a mulher mais linda do mundo e a mãe mais incrível que existe?

Astrid desfez o abraço e encarou a filha.

- Tudo bem, o que você quer?

- Nada demais – Zephyr sorriu sem graça – eu só queria saber se eu posso aprender a voar num dragão.

- O quê? – Astrid gritou – Nem pensar, é perigoso.

- Não é Astrid, eu a ensino, prometo que não vai acontecer nada – Liana se aproximou do trio.

- Eu confio em você Liana, mas não confio nos dragões, a minha filha não vai aprender a voar.

- Você já voou algumas vezes comigo e com o Banguela – Soluço a encarou – deixa a menina voar também.

- Eu sou uma adulta e quase morri no primeiro vôo, acha mesmo que vou deixar minha filha passar pela mesma coisa?

- O Banguela só quis te assustar porque você atacou ele.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora