Capítulo 40 - Surpresa

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Zephyr estava sentada sobre uma pele de iaque disposta no chão da floresta, na frente dela havia alguns cestos com comida e cantis com água e com leite de iaque.

Astrid estava sentada em uma rocha, perto de Zephyr, ao contrário da menina que comia, Astrid cortava alguns galhos os transformando em pequenas lanças.

- Mamãe, a senhora vai demorar? – Zephyr perguntou impaciente.

- Não meu amor.

- Pra que mesmo, isso?

- Eu já disse, para treinarmos, o príncipe ainda não devolveu minhas armas, então tenho que improvisar – Astrid deu de ombros, ainda concentrada em seu serviço.

- Vamos passar o dia todo aqui?

- Pensei que gostasse da floresta, em Berk vivia fugindo para ir para ela – Astrid lhe lançou um olhar sugestivo.

- Lá eu tinha o folhinha – Zephyr fez bico.

- E aqui você tem a mim – Astrid parou o que estava fazendo e se aproximou da filha – a ilha está passando por um momento complicado.

- Como assim?

- Nesse período do ano, o povo daqui se reune para fazer algo.

- Não entendi – Zephyr franziu o cenho.

- Sabe o snoggletog? É uma época em que todos de Berk se reunem para festejar, certo?

- Sim, eu amo essa festa – a menina sorriu largo.

- Então, essa ilha também tem uma data assim.

- Eles estão festejando?

- Não, é um pouco diferente, eles se reunem, mas para lamentar.

- Por quê?

- Aconteceu uma coisa ruim, nessa data há alguns anos, e todo ano eles se lembram disso.

- Por que eles lembram de algo ruim? A gente não deve lembrar é das coisas boas? – Zephyr franziu as sobrancelhas confusa.

- Sim, mas às vezes as coisas ruins ficam na nossa mente, mais do que as boas.

- Não devia, se a gente lembrar das coisas ruins, vamos ficar tristes, devemos lembrar das coisas boas para ficar felizes, mamãe.

- Você está certa – Astrid abraçou Zephyr – como eu queria que as coisas fossem assim tão simples como são para você.

- Mamãe, para, ta me apertando – Zephyr falou com dificuldade já que era esmagada por Astrid.

- Desculpa – Astrid afrouxou um pouco o abraço.

- Tudo bem, pode me abraçar.

- Desculpa, meu amor – Astrid acariciou os cabelos da filha – eu queria fazer algo especial no seu aniversário.

- Não tem problema mamãe – Zephyr abriu um leve sorriso, mas Astrid sabia que a menina estava mentindo, ela amava festas, principalmente em seu aniversário.

- Eu prometo que ano que vem você terá a maior e melhor festa de todas e vai estar todo mundo lá.

- Todo mundo? – Zephyr olhou para Astrid com expectativa – A vovó e o vovô?

- Sim.

- E o tio Melequento, o tio Perna, o tio Durão e a tia Quente?

- Eles também

- E o tio Bocão?

- Você sabe que ele não perde uma festa por nada – Astrid riu alto.

- E o tio Bevis, o tio Andre e a tia Liana?

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora