Capítulo 23 - Estamos sendo atacados

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Já fazia algumas horas, desde que Soluço, Banguela, Andre Barn e Flammer haviam saído de Gjemme. Já estava quase anoitecendo quando eles avistaram a Ilha dos Dragões, como era chamada a ilha em que a rainha vivia.

- Qual é mesmo o plano? – Andre Barn questionou pela décima vez.

- Eu e Banguela iremos falar com a rainha, você e o Flammer vão ficar escondidos caso eu precise de apoio.

- Você sabe que esse plano tem 99% de chance de resultar na nossa morte, certo?

- Sim, mas prefiro confiar no 1% – Soluço sorriu e colocou seu capacete – lembra do sinal de socorro?

- Aquele que você insiste em dizer que é um rugido de um dragão, mas que parece mais uma galinha chocando? Impossível não lembrar, ainda bem que a Stella não está aqui, era bem capaz de ela querer se separar de você se escutasse.

- Nossa, sua sinceridade é comovente – Soluço disse sarcástico – agora vamos que eu quero resolver isso logo.

Soluço e Banguela aumentaram a velocidade, indo em direção ao centro da ilha, enquanto Andre Barn e Flammer sobrevoavam os arredores.

Diferente de Gjemme, a Ilha dos Dragões era sombria e triste, a vegetação estava seca, a maioria das árvores estavam sem folhas e havia uma neblina cobrindo grande parte da ilha.

- Eu não estou com uma sensação boa – Soluço estava atento a qualquer movimento ou barulho, mas a única coisa que ouvia era o som causado pelo vento frio.

- Você está com medo – Banguela pontuou.

- Não diria medo, só não estou muito empolgado em encontrar um dragão que tem a palavra morte no nome.

- Nem eu.

Banguela parou em frente a uma caverna que ficava dentro de um vulcão no centro da ilha.

- Tem alguma coisa errada – Banguela tentava detectar a presença de algo.

- Você se refere a esse silêncio sinistro e aterrorizante?

- Sim, eu esperava mais dragões na ilha dos dragões.

- Hei, sarcasmo é meu – Soluço deu uma batidinha nas costas do dragão – devem estar aí dentro, preparado?

- Não – Banguela atirou uma bola de plasma dentro da caverna – viu alguma coisa?

- Não e você?

- Também não.

- Vamos ver lá dentro.

Banguela e Soluço entraram na caverna, quanto mais entravam, mais quente ficava, eles voaram até chegar ao centro. Havia várias colunas de pedra e uma espécie de abismo coberto por uma fumaça laranja.

- Não tem ninguém aqui, nenhum dragão sequer – Soluço resmungou.

- Tem algo se aproximando – Banguela apurou seus sentidos e se colocou em posição de ataque.

Os dois ouviram um bater de asas se aproximando e Banguela abriu a boca, pronto para atirar.

- Hei, não atire, somos nós – Andre Barn surgiu montado em Flammer.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora