Capítulo 5 - Descobertas

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- ASTRID – Bertha havia procurado a filha por toda a casa e agora estava olhando pelas redondezas – ASTRID.

- Algum problema Bertha? Dá para ouvir seus gritos do outro lado de Berk – Valka que caminhava por perto se aproximou da amiga.

- Não encontro a Astrid, essa menina ainda vai me deixar louca – Bertha respirou fundo – você por acaso a viu?

- Não, mas você sabe como ela é, deve estar explorando ou brincando pela ilha – Valka abriu um sorriso meigo, ela achava graça do jeito de Bertha, as duas eram tão diferentes, era até estranho serem amigas.

- A única pessoa com quem Astrid brinca ou explora é o Soluço e que eu saiba ele está na ferraria.

- Logo, logo ela aparece.

- Você tem razão, você estava indo para algum lugar, está ocupada? – Bertha fitou a amiga com um olhar aflito.

- Algum problema Bertha? – Valka adotou uma postura preocupada, raramente via a amiga com essa expressão.

- Preciso conversar com você Val, sobre a Astrid.

Valka assentiu e as duas mulheres se encaminharam para a casa dos Hofferson's, ambas limparam os pés em um tapete de pele de ovelha retirando o excesso de neve. Assim que entraram na casa, Bertha fechou a porta atrás de si.

- Éramos para estarmos treinando, desse jeito ela nunca vai se tornar uma boa guerreira – Bertha puxou duas cadeiras uma para a amiga e outra para si.

- Você já parou para pensar que ela não quer se tornar uma guerreira? – Valka questionou receosa, ela sabia que a menina não gostava de lutar nem nada que envolvesse violência, mas também sabia que Bertha era decidida, quando colocava algo na cabeça, não havia ninguém que o tirasse.

- Ela precisa ser – Bertha passou as mãos nos cabelos.

- Não é porque você e o Ingvar são guerreiros que ela tem que ser.

- Não é por isso, é por causa da profecia – Bertha respirou fundo, não gostava nem de pensar na tal profecia – de acordo o que a anciã disse, a Astrid será a salvação de Berk.

- Você acha que ela salvará Berk, lutando?

- O que mais poderia ser?

Valka abriu um leve sorriso enquanto balançava a cabeça negativamente.

- Não acho que será através de uma guerra que Astrid nos salvará, você se lembra do resto da profecia?

- Sim, não tem como esquecer uma coisa dessas – Bertha levou a mão até sua cabeça pressionando de leve sua têmpora – ela vai ter dor e sofrimento na vida dela, eu preciso prepará-la da melhor forma possível.

- Não adianta ela se tornar um guerreira se não tiver o amor verdadeiro, a profecia foi bem clara.

- Mas ela tem – Bertha disse exasperada – foi por isso que fizemos o contrato.

- Você acha mesmo que ela ama o Soluço? Eles são muito unidos, mas são amigos, tenho medo de que a relação deles se baseie apenas nisso.

- Então temos que fazer algo – Bertha se levantou da cadeira começando a andar de um lado para o outro no pequeno espaço da cozinha – a Astrid e o Soluço precisam se apaixonar um pelo outro pelo bem de Berk, eu não quero nem pensar no que vai acontecer se a profecia se cumprir.

- Que profecia? – uma voz lhes chamou a atenção.

As duas mulheres olharam em direção a voz, Astrid estava próximo a porta com uma cesta nas mãos.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora