Capítulo 62 - Mais tarde...

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Banguela gemia de dor, enquanto Soluço aplicava remédio em sua pata ferida.

Ai.

Dá para ficar quieto – Soluço reclamou.

É fácil você falar, não é você quem está machucado – Banguela resmungou.

Você já olhou para mim? Eu fui mais machucado nessa missão que qualquer um.

Os dois continuam competindo para ver quem faz mais drama? – Astrid perguntou, surgindo no alto da escada.

Não é drama – Soluço e Banguela falaram ao mesmo tempo, Astrid apenas riu.

– Zephyr, vamos – ela gritou, enquanto descia as escadas.

– Onde vocês vão? – Soluço perguntou.

– Vamos passear, eu, ela e a Tempestade.

– Isso mesmo – Zephyr entrou na sala correndo.

– Eu queria passear – Soluço fez bico.

– Você ainda está se recuperando dos machucados, vocês dois – Astrid se aproximou deles.

– Você também se machucou, não devia ficar em casa também?

– Não – ela sorriu cínica e se curvou, dando um beijo demorado em Soluço – volto logo.

– Assim espero.

E você, nada de drama – ela acariciou Banguela.

Eu não faço drama – ele revirou os olhos – humana, você podia me trazer peixes.

Humana? Você nem fala meu nome e quer que eu traga peixes? – Astrid o encarou cética.

Sim, humana, eu estou ferido, mereço peixes.

Não são peixes que curam e sim muito carinho – Zephyr falou, o acariciando. Ela inclinou sua cabeça e deu um beijo na cabeça de Banguela – agora sim, você vai ficar bom.

E eu? Não ganho beijo não? – Soluço a encarou.

– Claro que ganha, papai – Zephyr se jogou em Soluço em um abraço apertado e beijou o rosto dele – você também vai ficar bem.

– Eu não sei, estou bem machucado, acho que o seu beijo não vai ser suficiente, talvez se a mamãe ajudasse também – ele sorriu cínico.

– Boa tentativa – Astrid deu uma breve gargalhada – talvez mais tarde – ela deu uma piscada para ele e começou a andar em direção a porta – vamos Zephyr, temos muito a fazer e a Tempestade já está lá fora.

Zephyr deu mais um beijo no rosto de Soluço e saiu da casa com a mãe.

– Onde vamos? – a menina perguntou curiosa.

– Primeiro vamos no Garff e depois vamos voar um pouco.

– Mamãe, falando nisso, eu estive pensando.

– Ai, meu Thor, lá vem coisa – Astrid a olhou receosa – o que foi?

– Eu deveria ter meu próprio dragão.

– O quê? Nem pensar.

– Mas, mãe, a senhora tem a Tempestade e o papai tem o Banguela, eu também deveria ter um dragão.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora