Banguela gemia de dor, enquanto Soluço aplicava remédio em sua pata ferida.
– Ai.
– Dá para ficar quieto – Soluço reclamou.
– É fácil você falar, não é você quem está machucado – Banguela resmungou.
– Você já olhou para mim? Eu fui mais machucado nessa missão que qualquer um.
– Os dois continuam competindo para ver quem faz mais drama? – Astrid perguntou, surgindo no alto da escada.
– Não é drama – Soluço e Banguela falaram ao mesmo tempo, Astrid apenas riu.
– Zephyr, vamos – ela gritou, enquanto descia as escadas.
– Onde vocês vão? – Soluço perguntou.
– Vamos passear, eu, ela e a Tempestade.
– Isso mesmo – Zephyr entrou na sala correndo.
– Eu queria passear – Soluço fez bico.
– Você ainda está se recuperando dos machucados, vocês dois – Astrid se aproximou deles.
– Você também se machucou, não devia ficar em casa também?
– Não – ela sorriu cínica e se curvou, dando um beijo demorado em Soluço – volto logo.
– Assim espero.
– E você, nada de drama – ela acariciou Banguela.
– Eu não faço drama – ele revirou os olhos – humana, você podia me trazer peixes.
– Humana? Você nem fala meu nome e quer que eu traga peixes? – Astrid o encarou cética.
– Sim, humana, eu estou ferido, mereço peixes.
– Não são peixes que curam e sim muito carinho – Zephyr falou, o acariciando. Ela inclinou sua cabeça e deu um beijo na cabeça de Banguela – agora sim, você vai ficar bom.
– E eu? Não ganho beijo não? – Soluço a encarou.
– Claro que ganha, papai – Zephyr se jogou em Soluço em um abraço apertado e beijou o rosto dele – você também vai ficar bem.
– Eu não sei, estou bem machucado, acho que o seu beijo não vai ser suficiente, talvez se a mamãe ajudasse também – ele sorriu cínico.
– Boa tentativa – Astrid deu uma breve gargalhada – talvez mais tarde – ela deu uma piscada para ele e começou a andar em direção a porta – vamos Zephyr, temos muito a fazer e a Tempestade já está lá fora.
Zephyr deu mais um beijo no rosto de Soluço e saiu da casa com a mãe.
– Onde vamos? – a menina perguntou curiosa.
– Primeiro vamos no Garff e depois vamos voar um pouco.
– Mamãe, falando nisso, eu estive pensando.
– Ai, meu Thor, lá vem coisa – Astrid a olhou receosa – o que foi?
– Eu deveria ter meu próprio dragão.
– O quê? Nem pensar.
– Mas, mãe, a senhora tem a Tempestade e o papai tem o Banguela, eu também deveria ter um dragão.
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Dragões: O príncipe e a caçadora
FanfictionPor causa de uma profecia, Soluço e Astrid foram prometidos um ao outro desde que nasceram, era dever deles salvarem Berk juntos e se salvarem, mas algo os separou quando eram apenas adolescentes, os levando para lugares e pensamentos opostos. * Sol...