Capítulo 33 - Precisamos conversar

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O Salão de Banquetes estava cheio de pessoas, o sol havia nascido há poucos minutos e os Gjemmeanos gostavam de se reunirem no local para conversarem uns com os outros antes de começarem as atividades do dia.

Podia se ouvir o barulho de pessoas conversando e rindo alto, todos estavam felizes, com exceção de Heather que estava em um canto sozinha. Ela viu quando Soluço chegou e ordenou que os dragões recuassem, e logo em seguida ele colocou Astrid em seu colo e voaram na direção da casa de Raiana e até o momento ele não havia aparecido, mas Heather sabia que era só questão de tempo.

Ela estava com raiva, não era para Soluço ter chegado naquela hora, era para Astrid estar morta, mas tudo havia dado errado.

Os pensamentos de Heather foram interrompidos quando as portas do Salão de Banquetes foram abertas com força e Soluço juntamente com Banguela entraram no local.

Soluço caminhou até o meio do Salão e percorreu seu olhar pelo local até parar em Heather.

- Saiam todos – ele ordenou encarando Heather.

As pessoas ficaram confusas com o que tinham ouvido.

- Eu mandei saírem – Soluço vociferou assustando os presentes.

Pouco a pouco todos saíram um pouco desnorteados, nunca tinham visto Soluço daquele jeito, ele estava com raiva e isso era perceptível em sua fala e seu olhar.

Quando o último Gjemmeano saiu do Salão, Banguela atirou nas portas fechando-as.

Soluço continuou parado no meio do Salão com seu olhar fixo em Heather.

- Eu sei que te desobedeci, mas eu precisava fazer aquilo – Heather disse após um tempo.

- Você a torturou e quase a matou – Soluço manteve seu tom de voz neutro, mas firme.

- Ela mereceu, depois de tudo o que ela fez.

- Não é você quem decide o que ela merece ou não.

- Ela me torturou – Heather se aproximou dele.

- E você fez o mesmo com ela.

- Ela é um monstro.

- Não fale assim dela – Soluço aumentou o tom de voz.

- Por quê? Por que está a defendendo? – Heather o olhou confusa – Ela merecia que eu fizesse muito mais.

- Não e você está proibida de se aproximar dela até segunda ordem.

- Você está falando sério?

Antes que Soluço pudesse responder, a porta do Salão de Banquetes foi aberta.

- Eu mandei saírem – Soluço gritou se virando em direção a porta.

- Foi o que me disseram – Andre Barn entrou no Salão e fechou a porta atrás de si – o que está acontecendo?

- O que está acontecendo é que o Soluço está bravo porque eu fiz o que deveria.

- Fez o que deveria? – Soluço aumentou o tom de voz – Você desobedeceu a uma ordem minha, torturou uma prisioneira sem permissão e a levou para a floresta para que os dragões a matassem.

- O quê? – Andre Barn arregalou os olhos em surpresa.

- Não só me desobedeceu como quase fez os dragões desrespeitarem as regras, você sabe muito bem que é proibido os dragões atacarem qualquer humano aqui. Você sabe o que teria acontecido com eles se eles a tivessem matado? – Soluço aumentava o tom de voz cada vez mais – Eles seriam expulsos de Gjemme.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora