Capítulo 35 - Sejam bem-vindas!

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Soluço estava em pé esperando que o cunhado lhe falasse algo, fazia alguns minutos que Andre Barn havia literalmente arrastado Soluço para fora da casa de Liana, dizendo que precisavam conversar, mas até o momento não havia dito uma palavra sequer.

- E então, você me trouxe aqui para observar minha beleza ou vai falar algo? – Soluço quebrou o silêncio já incomodado com a forma em que o cunhado o olhava.

- O que você pensa que está fazendo? – Andre Barn o olhou bravo.

- Você se refere ao fato de eu levá-las para morar comigo?

- Não, estou falando de você não comer amoras, é claro que é do fato de levá-las para morar com você.

- Foi você mesmo quem sugeriu – Soluço deu de ombros.

- Não foi uma sugestão – Andre Barn suspirou – você tem ideia do risco que é viver com ela?

- Eu já vivi – Soluço sorriu – ela é um pouco desorganizada, mas nada exagerado.

- Só pode ser brincadeira, Thor dá-me paciência – Andre Barn ergueu as mãos para os céus em uma súplica – ela vai te descobrir.

- Eu vou tomar cuidado, não se preocupe.

- Não me preocupar? Soluço, ela é uma assassina, não pode levar uma assassina para morar com você.

- Não só posso, como vou.

- Acho que você não percebeu a gravidade da situação, Soluço, ela não é mais aquela menina que você era apaixonado.

- Eu sei, ela mudou, eu também, eu só preciso entender as coisas Andre – Soluço bufou – olha, quando eu vivia em Berk, eu não gostava de dragões, assim como todo mundo de lá, mas ela, é diferente, o que ela sente por eles vai além do que tudo que eu já vi, ela os odeia, eu só quero entender como isso aconteceu.

- Você quer mudar a forma que ela vê os dragões.

- Sim, se ela conhecer os dragões como eu conheço, tenho certeza de que ela vai mudar de ideia.

- E se isso não acontecer? – Andre Barn o encarou – E se você não conseguir convencê-la ou pior, e se enquanto você tenta, ela fizer algo contra você ou contra algum morador da ilha?

- Ela não vai fazer isso – Soluço disse convicto.

- Como pode ter tanta certeza?

- Não sei, eu só sei, é estranho Andre, mas eu acho que a Astrid que eu conheço ainda existe, eu só preciso trazê-la de volta.

- Acho que isso é uma loucura.

- Você me conhece, sabe que eu amo uma loucura – Soluço colocou a mão no ombro do cunhado o acalmando – não se preocupe, vai dar tudo certo.

- É, mas o quanto vai dar errado antes de dar certo?

- Sua confiança em mim é comovente – Soluço disse sarcástico.

- Eu confio em você, eu não confio é nela.

- Não precisa, deixa que eu confio – Soluço deu uma piscada para o cunhado e entrou na casa – prontas para irem?

- Isso é sério mesmo? – Astrid questionou ainda incrédula – Nós vamos ficar na sua casa?

- Sim – Soluço respondeu simplista e estendeu o braço para Astrid que recusou e se virou para Zephyr, se abaixando para pegar a filha no colo.

- Mãe, eu consigo andar – a menina se afastou ao perceber as expressões de dor em Astrid – pelo jeito a senhora que não consegue.

- Precisa de ajuda? – Soluço se ofereceu para ajudá-la, estendendo a mão.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora