Capítulo 63 - Båldans

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– Nossa, eu estava com tanta saudade dessa comida – Andre Barn comentou enquanto jantava na casa do Soluço.

– Você não ficou nem uma semana fora – Soluço comentou.

– Mas para mim pareceu uma eternidade – disse de forma dramática – os defensores não são tão bons na cozinha, pelo menos não como você.

– Que bom que a minha comida atende suas expectativas – Soluço sorriu irônico.

– Tio, o senhor já viu a Heather? – Zephyr perguntou após um tempo.

– Ainda não, assim que cheguei vim para cá, por que?

– Acho que ela sente sua falta.

– Ela disse alguma coisa? – soou desesperado.

– Pensei que tinha desistido dela – Soluço arqueou a sobrancelha.

– Desisti, claro que desisti – Andre Barn sorriu sem graça – mas me falem, ela sentiu saudades?

– Ela vai negar com todas as forças, mas sim, acho que ela sentiu sua falta.

– Eu sabia – ele deu um soco no ar, comemorando.

– Tio, o senhor devia falar para ela o que sente.

– Ela já sabe o que eu sinto, pequena – Andre Barn passou a mão no cabelo de Zephyr, o bagunçando.

– O senhor já falou para ela?

– Não.

– Então ela não sabe – Zephyr disse óbvio – é igual o papai.

– Eu? – Soluço franziu o cenho.

– Sim, o senhor gostava da mamãe e também não falava e por isso a mamãe quase foi embora.

– Isso é verdade, você demorou tanto para demonstrar o que sentia, sua sorte é que a Astrid estava meio que presa aqui, se não, ela realmente teria ido embora. Você é muito lento – Andre Barn sorriu zombeteiro.

– Sua sinceridade é comovente – Soluço disse irônico.

– Falando em Astrid, onde ela está?

– Lá fora dando comida para os dragões.

– Desde quando é ela quem alimenta os dragões?

– Desde que ela recebeu um abraço do Banguela por lhe trazer peixes e agora ela fez questão de alimentá-lo.

– Ela está tentando conquistá-lo – Zephyr comentou.

– Acho que ela ainda não percebeu que ela já conquistou o Banguela há muito tempo – Soluço sorriu.

– Tio, falando em dragões – Zephyr abriu um sorriso largo – eu vou ter um dragão.

– Você vai ter um dragão?

– Sim – ela gritou animada – a mamãe me deixou ter um dragão.

– Isso sim é novidade – Andre Barn sorriu – já sabe qual dragão quer?

– Ainda não, o que o senhor acha de um escalderível?

– Lembre-se, Zephyr, a Astrid tem que concordar com o dragão – Soluço comentou – então, que tal pensarmos em dragões mais dóceis e que de preferência vivam na terra?

– Ta bom – ela fez bico.

– Chegou – Astrid gritou entrando na casa – chegou.

– Sim, eu cheguei, mas você já me viu – Andre Barn comentou.

Dragões: O príncipe e a caçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora