Capítulo 36

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Quando chegamos ao Wang Chung's Karaoke Bar, fiquei espantada, aquilo era bem pequeno e apertado, mas estava bem cheio, haviam duas pessoas cantando quando chegamos, felizmente encontramos duas mesas livres quando chegamos, eu fiquei a admirar o lugar por um tempo o lugar tinha uma energia incrível. Todo mundo parecia estar de bom humor. Todo mundo aplaudiu a todos, independentemente de serem bons cantores. Quando as nossas bebidas chegaram, os rapazes foram pegar e nós nos acomodamos. A pista de dança era pequena e íntima, com os cantores capazes de cantar de qualquer parte do bar, quando eles voltaram brindamos as nossas férias bem aproveitadas e também pedimos comida, era super deliciosa e maravilhosa, não havia forma melhor de nos despedirmos de Honululu.

Os meus amigos estavam a conversar sobre coisas burras e aleatórias quando o Bruno sussurrou no meu ouvido

— Eu tenho que agradecer a você, se não fosse por você eu nem estaria aqui. - Os olhos dele estavam bem brilhantes.

- De nada.

- Tão sem emoção, posso fazer você sorrir em minutos...segundos.

- O álcool está mexendo com o seu cérebro? Tão rápido, nem três horas fizemos aqui. - Ri da cara de ofendido que ele fez

- Talvez. – Deu de ombros.

- Interessante, achei que fosses bem mais forte...hm...que aguentasses mais. - Eu semicerrei os olhos.

- Você está tentando insinuar alguma coisa? - riu de canto.

— Depende muito da sua percepção. - Dei de ombros.

- Eu ainda estou bem sóbrio... sóbrio o suficiente para... - Ele não terminou, mordeu o lábio como se estivesse a conter a vontade de dizer algo não muito inapropriado. — Quase pequei. - Ele desviou o olhar do meu e riu.

- E eu preparada com uma oração. - Fingi tristeza.

Ele apertou os olhou e riu.

- É sempre assim tão agradável gozar comigo quando eu bebo?

- Tenho que admitir que tirar a pouca seriedade que te resta é gratificante.

- E te deixe feliz? Satisfeita? - ele voltou a morder o lábio inferior.

Aquele movimento me deixava com arrepios.

- Muito.

- Então eu me sinto muito bem, se a minha expressão alcoolizada te deixa tão feliz, acho que vou ter que me tornar num alcoólatra. - Ele recostou na cadeira e deixou a cabeça cair pra trás.

— Porque eu gosto de te ver assim? Você ia se tornar em um alcoólatra por mim? - eu perguntei como um sussurro.

Ele inclinou a cabeça pro lado e olhou pra mim, com um sorriso petulante nos lábios.

- Existem um monte de coisas que podia ganhar o hábito de fazer se te fizesse feliz. - Piscou pra mim.

Já estava a ficar familiarizada com aquele gesto sedutor dele.

- Você fica bem descarado quando bebe também, sabia?

- Sim, já me disseram isso. Normalmente não costumo me lembrar bem dos meus comportamentos. - Ficou pensativo por um tempo, mas o ar brincalhão voltou. - Normalmente elas lembram... eu não.

- Elas?

Ele baixou e encostou a cabeça, a gente ficou a alguns míseros centímetros de distância, eu podia sentir o cheiro de álcool, os olhos brilhantes e meio descontrolados ganharam foco e me encararam.

- Eu não fico descarado só nas palavras quando bebo. – Ele riu.

Engoli em seco.

- Eu ach...

— Sorriam. - A Melissa tirou uma foto antes mesmo de nós nos apercebermos que ela estava fazendo fotos.

Graças a Deus Melissa, sejas louvada.

- Não tem muita lógica você dizer isso a foto ia ser tirada conosco sorrindo ou não. - Olhei intrigada pra ela que deu de ombros e sentou no colo do Ryan mostrando a foto e ele riu.

Quando voltei a minha atenção ao Bruno ele estava conversando com o Kevin.

A Weza levantou quando um moço ruivo saiu do palco com uma chuva de salva de palmas, ela subiu e começou a cantar uma música conhecida, estava cantando uma música da Bebe rehxa, in the name of love, quando cantava em nenhum momento tirou os olhos do Dame. Acima de todas as loucuras da Weza ela amava cegamente o Damon, e eu realmente torcia para que eles nunca se separem, não como eu e o Chace, esperava que o Dame não fizesse o que o Chace fez.

Falando no Chace, ele parecia mais relaxado hoje do que nos dias anteriores, a irritação que ele sentia por sei lá quem tinha se dissipado, e ele estava sorrindo bastante, ele estava no balcão, conversando com um bartender. Olhei atentamente o Chace e até pensei em ir lá ter com ele, mas aquilo seria uma grande estupidez da minha parte, ele era meu ex, e era suposto eu esquecer ele, não podia simplesmente ir lá e conversar com ele como se fossemos grandes amigos, não somos inimigos, mas não acho que seria uma boa ideia.

Olhei para palco e a Weza já tinha terminado de cantar, as pessoas começaram a bater palmas, e vi a Sasha subindo no palco também, a batida subiu e me apercebi que ela ia cantar Mad Love da Mabel, eu ri com expectativa, nunca ouvia a Sasha cantar, a Weza já tinha voltado a mesa e sentou no colo do Dame, eles se beijaram sem se importar com quem estivesse olhando, desviei o olhar rapidamente, antes que eu visse o Dame engolir a minha amiga.

Olhei novamente para onde o Chace estava e ele já não estava conversando com o bartender, estava conversando com uma mulher, bem atraente e morena, não sei por que mais aquilo me afetou um pouco, eles estavam sorrindo bastante, a mão da sirigaita desceu até ao ombro dele e ele nem parecia ligar aquilo, em algum momento ele olhou pra mim de canto e vi nele o mesmo olhar que estava no Bruno.

Ele piscou pra mim e sussurrou algo no ouvido da moça e ela riu.

Ele estava a fazendo de propósito?

Eu desviei o olhar do dele.

— Eu vou ao banheiro. - Avisei ao Bruno e ele acenou com a cabeça, o Kevin fez o mesmo movimento, o Dame e a Weza continuavam a engolir um ao outro, a Melissa estava distraída conversando com a Monic, o Gray e o Ryan nem estavam na mesa, não notei em que momento eles saíram, possivelmente foram buscar bebidas.

Quando sai do banheiro deserto e mal iluminado, vi um vulto e fiquei em alerta. Eu não estava tão bêbada assim, e ainda lembrava perfeitamente dos golpes das aulas de autodefesa quando era mais nova.

Algo saiu das sombras e eu sem pensar desferi um golpe no nariz do meu predador.

— Porra, Theo. - Ele levou a mão ao nariz e choramingou.

Era o Chace.

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