Capítulo 37

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— O que você está fazendo aqui?

— Hãm? - ele tirou a mão do nariz e eu pude ver que não estava sangrando nem nada, era só dor que ele estava sentindo.

— Porquê você está aqui?

— Porquê que eu não estaria aqui?

— Aqui é o banheiro feminino. – Bufei irritada.

— Sim, mas aqui também fica o banheiro masculino.

Ele apontou na direção oposta e vi uma seta que indicava o banheiro.

— Tudo bem então, vou embora. - Tentei passar por ele, mas ele me travou.

— Você tá irritada comigo? - olhou torto pra mim.

— Porquê eu estaria?

— Você desferiu um golpe no meu nariz.

— Você apareceu como uma sombra aqui no banheiro feminino, e isso aqui tá tudo mal iluminado, o que você queria que eu fizesse? - berrei.

— Aqui não é necessariamente a direção do banheiro feminino.

— Chace...só me deixa passar tá bom, entra no banheiro, faz as suas coisas e vai terminar o que você estava fazendo lá no bar.

— No bar? - ele colocou a mão no queixo pensativo. — A Amber?

Eu bufei ainda mais alto.

— Não me interessa quem é, me deixa passar merda.

Ele deitou a cabeça pro lado e começou a rir da minha cara.

— Ela não é um pouco relevante agora, não foi em nenhum momento. - Deu de ombros.

— Você até pareceu gostar quando ela tocava em você.

— Você tá com ciúmes? - riu ainda mais alto.

— Chace...

— Você tem noção que foi você que terminou comigo né?

A cada minuto que passava eu ficava mais irritada.

— Sei, claro que eu sei. - Respirei fundo, e decidi jogar também. Recostei na parede que estava atrás de mim e cruzei os braços. — Eu também estava muito ocupada lá em cima. Na realidade passei todas as férias ocupada, não preciso te lembrar com quem porque você sabe.

Ele riu debochado.

— Você está dizendo essas coisas para me afetar? Sem chance, bebi demais e... - ele encostou mais perto de mim e o cabelo dele roçou na minha testa. — Você sabe perfeitamente o que acontece quando eu bebo demais.

Olhei os olhos dele tão próximos que estavam de mim e empurrei ele pra longe.

— Ela é a irmã do Kellan. - gritou atrás de mim enquanto eu caminhava para voltar aos meus amigos.

Quando voltei o Kevin estava a terminar de cantar uma música que eu não reconheci e o Bruno mostrou aqueles lindos e brancos dentes pra mim quando sentei perto dele.

— Como foi a ida ao banheiro?

Estranhei a pergunta, mas respondi mesmo assim.

— Desagradável.

— Pela próxima me leva com você, sou capaz de tornar ela agradável.

Ri da audácia dele.

— Você tá bem animado né?

— Não existe tristeza em mim quando você está por perto.

Essa eu vou anotar.

Olhei o palco e não tinha ninguém lá.

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