Eu: E Porquê você não está aqui com eles?
Bruno: Sabe , quando você passa tempo demais com eles, eles se tornam meio chatos.
Eu: É isso que você tem a dizer em sua defesa? E se eu me tornar Chata também?
Bruno: Você não ia ser chata.
Eu: Como você sabe?
A mensagem demorou um pouco.
Bruno: Que tal subir e vir descobrir por si só?
Eu: Tudo bem
Na mensagem seguinte foram um monte de indicações sobre onde ele estava, pedi licença aos outros e falei que ia ao banheiro, o Edward se predispôs em me levar até lá, mas eu falei que chegaria lá sozinha e sem problemas e ele só assentiu e sentou novamente, me despedi da Weza com uma piscadela e pelo olhar dei conta que ela sabia pra onde eu ia, deixei o Tyler a terminar de contar uma história sobre uma confusão de uma das amiguinhas que o Ian levou pra casa.
Segui as instruções do Bruno, passei pelo corredor oposto ao que tínhamos entrado, entrei numa sala completamente deserta, mas muito bem iluminada, uma olhada e constatei que era uma sala cheia de fotos, fotos deles todos, ignorei a vontade de ficar lá a contemplar aquilo tudo e passei pela porta, tinham mais duas salas do lado de fora e um corredor bem estreito, segui pelo corredor como dizia a mensagem, e Imaginei que se eu me perdesse, eles possivelmente levariam dias pra me encontrar. Ou talvez não, talvez o Bruno me encontrasse, talvez o Bruno me salvasse, e talvez...eu gostaria de ser salva pelo Bruno.
Quando o corredor estreito terminou, tinham umas escadas de piso de madeira, não eram as escadas que eu havia descido quando eu estive aqui da última vez, subi as escadas, quando a escada terminou cheguei a mais um quarto, mas o quarto não tinha absolutamente nada, não era mobiliado nem nada, tinha só uma forma quadrada na parede, fui até lá e levantei a possível porta, quando abri, era realmente um elevador, um bem pequeno, entrei com muita facilidade e quando baixei a porta por dentro o elevador subiu.
Foi uma subida bem curta, afinal a casa do Bruno era simplesmente de dois andares. quando o elevador parou, tentei abrir a porta, mas ela não abria, então como dizia na mensagem, eu esperei pelo Bruno que abriu a porta depois de segundos.
— Oi. - ele riu.
— Oi.
Ele me deu a mão e me ajudou a sair de lá e em um sobressalto eu estava no chão.
— Espero que a viagem não tenha sido cansativa. - quando finalmente estava firme olhei pra ele sem responder a princípio.
Ele estava vestido bem casual, com uma camisa azul marinho simples uma calça jeans, e tênis, vi agora que as madeixas meio loiras do cabelo dele estavam a perder a cor, possivelmente a tinta estava a sair do cabelo, mas a tonalidade verdadeira já era evidente e os cabelos meio cacheados eram de um castanho bem vivo, simplesmente hipnotizante, os olhos castanhos mel dele cintilavam.
— Mais alguém conhece essa passagem? - perguntei ignorando a pergunta dele, esperava não ter sido rude, mas ele ignorou também e andou afrente de mim e eu o segui.
— O Tyler. - deu de ombros.
Eu o segui e vi que nós estávamos no alto, provavelmente no terraço da casa.
— Os meus irmãos também conhecem aqui em cima, afinal a casa é deles também, mas essa passagem, só eu e o Tyler conhecemos.
— E como eles sobem aqui? - perguntei quando ele parou e eu parei também, ficamos um de frente ao outro nos apoiando no parapeito do terraço.
— Pelas escadas.
Olhei pra ele boquiaberta.
— Era só eu subir as escadas pra vir aqui?
— Não teria muita graça se fosse só subir sabe.
Fiz uma cara feia e olhei para além do terraço e da casa do Bruno, a casa não era nada além de dois andares, mas eu conseguia ver um pouco da cidade e das estradas muito bem iluminadas a essa hora da noite, estava tudo calmo, a música que não estava muito alta lá entro nem sequer se ouvia daqui, estava a soprar bastante, mas não incomodava nem um pouco.
— Estou tentando não imaginar a confusão que deve ser a Weza e o Ian juntos por muito tempo. - rui consigo mesmo.
— Você também acha que eles se parecem muito?
— Ah, de mais. - jogou a cabeça pra trás dramaticamente.
— E porquê não me falou nada?
— Eu não tinha bem a certeza quando conheci ela. - os cachos dele voavam de um lado pro outro com a ventania. — Mas o mês todo que ficamos lá no Havaí, eu pude confirmar as minhas suspeitas.
— Foi por isso que você levou o Dakota com você em minha casa?
— Ah não, isso foi pura sorte, eu nem sabia que a Weza estaria lá, ou que iria você?
— Tudo bem. - aquiesci e voltei a olhar pro nada.
— E como vão as coisas? - me virei pra ele.
— Bem. - dei de ombros. — Acho.
— Você e o Chace ainda...?
— Acho que não entendi bem.
Eu entendia sim.
— O Chace não é o tipo de cara que aceita bem uma separação não?
— Não sei explicar, é a primeira vez que terminamos....- não achava fundamentos sequer.
— Ele simplesmente não desiste né? - ele riu, mas eu sei que foi só por consideração.
— Pois.- pensei distante.
Mas algo me ocorreu.
— Quando estávamos em Honolulu...- comecei e ele prestou a atenção em mim, e meio que vi os olhos dele com um certo brilho. — Eu meio que ouvi você e o Chace conversarem uma vez, e era sobre uma promessa.
O brilho nos olhos dele simplesmente desvaneceu, mas ele não mostrou tristeza, outra coisa.
— Nós prometemos não brigar enquanto estivéssemos lá com você. - ele desviou o olhar do meu por um momento, a minha visão começou a ficar embaçada, o meu cabelo batia freneticamente na cara por conta da ventania que já estava bem forte agora.
— E porquê que vocês brigariam?
Ele voltou a olhar pra mim.
— Theo quando um casal termina, eles não devem se ver constantemente, se eles não quiserem. - falou firme. — Você não quer ver o Chace, mas ele aparece constantemente, como se não quisesse te deixar seguir em frente, e isso é uma autêntica merda, eu brigaria com ele todos os santos dias só por isso.
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Deixe Ir
RomanceTheoany e Chase tem o relacionamento mais normal do mundo e tudo bem por aí. Mas uma conversa que o Chase ouve por engano no dia errado e na hora errada, pode mudar gradativamente o rumo daquele relacionamento. A Theo fez uma escolha, e achou que ta...