Capítulo 56

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O carro parou e eu olhei sorridente pra ele sem entender nada.

— O que? - ele riu da minha cara.

— A gente está na praia?

— Sim.

— Porquê?

Ele não respondeu, simplesmente sorriu, e eu franzi o cenho, ele desceu do carro e eu fiz o mesmo, ele trancou o carro e andou pro meu lado, deu a mão pra mim, eu a segurei e ele beijou os meus dedos.

— Não importa o lugar, só a pessoa... não é o que dizem?

— Dizem sim.

Ele soltou a minha mão e tirou os sapatos rapidamente, colocou eles nas mãos e estendeu novamente a mão pra mim.

— Eu quero andar... aqui, na praia com você, que nem aqueles casais melosos que a gente só vê nos filmes, a gente vai andar de mãos dadas, pisando na areia, aproveitando a noite, a campainha um do outro sobre as estrelas, tudo que nem nos filmes de romance meloso.

— Anda vendo filmes melosos demais?

— Não, pelo contrário, achei que. - Deu de ombros. — Talvez você fosse gostar.

— Ah, e eu gosto, mas...

Estreitei os olhos pra ele.

— Eu sempre pensei que você fosse daqueles Badboys insensíveis que não gostam de nada disso. - Tirei as minhas sandálias e dei a mão pra ele que puxou de modo a que os nossos corpos estivessem muito próximos um do outro.

— Bom ponto. - falou pensativo e olhou pro alto. — Mas sabe, a cada dia que passa o mundo perde um badboy insensível. Porque tem sempre, em alguma parte do mundo um badboy que é atingido diretamente no coração, por sentimentos desconhecidos, ou até mesmo conhecidos, mas que normalmente são ocultados de todos, e normalmente quando isso acontece, ele tem que fazer uma escolha grande e difícil. – ele me explicava como se fosse um assunto em que ele tinha muito domínio.

Olhei pra ele. Os cachos voavam freneticamente de um lado pro outro tornando o rosto dele ainda mais atraente do que já é.

— Uma escolha, você diz?

— Se vai se permitir sentir ou se vai fugir.

— E o que você escolheu?

— Ah, eu? - ele olhou pra mim e mostrou os ricos dentes brancos. — Escolhi o mais simples.

— Que seria?

Ele não respondeu no momento, andamos em silencio durante um tempo, até que ele finalmente decidiu falar.

— Ah, mas você sabe a resposta Theo.

— Eu sei a resposta? - olhei pra ele confusa.

— Você é a resposta.

Não consegui evitar estremecer quando ele disse aquilo e eu tenho a certeza que ele notou, pois ele piscou pra mim de maneira presunçosa.

— E isso é bom?

Ele olhou pra mim.

— É a coisa mais maravilhosa que podia ter acontecido na minha vida. Afinal olha pra mim, andando com você na praia...de mãos dadas, querendo ter por perto sempre que for possível, dormindo pensando em você, acordando pensando em você, tendo você todo dia em meus pensamentos, querer te fazer sorrir sempre que for possível, querer bater em tudo que possa tirar esse sorriso do seu rosto, ter a sensação de poder fazer o impossível, se te fizer feliz...

Arqueei a sobrancelha.

— Você me atingiu como uma daquelas flexas que supostamente o cupido lança sabe, diretamente no coração, e eu, honestamente não quero fugir disso.

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