Capítulo 85

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Chase P.O.V

Olhei para o Aaron quando ele olhou pra nós com intensidade. Do nada os caras dele apareceram nos cercando, eram no total sete homens, todos apontando arma para nós, eu não fazia a mínima ideia de como é que nós iriamos sair daquela situação, mas um ódio incrível estava me consumindo.

Ele olhou pra mim e sorriu.

— Sempre dando uma de herói Chase? Vê o que a sua teimosia vai fazer com os seus amigos?

— Você... vai...vai... – não estava nem conseguindo terminar de falar.

— Ah, o que foi? Quer dizer alguma coisa? Me entregar alguma coisa?

Não respondi.

— Pois bem, Theo querida, venha até aqui.

— Theo...- eu a chamei, e ela olhou pra mim em dúvida.

O Aaron apontou a arma na minha direção.

— Está ganhando coragem Chase?

Olhei para a Theo mais uma vez e ela hesitante, mas andou até ele, e ele apontou a arma na cabeça dela e ela fechou os olhos.

— Quero ver se vai ter alguma coisa para me entregar depois de ver ela morrer, e talvez, você ganhe juízo, afinal serão pessoas morrendo por culpa sua. - Ele falou.

— Duas Aaron? - ouvimos uma voz desconhecida falando e no mesmo instante um monte de homens cercaram a casa do Aaron, apontando armas aos homens do Aaron, exceto ele.

Nós todos olhamos sem entender o que estava acontecendo quando uma mulher vestida de preto segurando uma arma andou em direção a nós vindo da direção sul da mansão.

— Quanta barafunda na minha própria casa. - O Aaron falou puxando a Theo ainda mais pra si.

A moça parou aonde todos nós estávamos e tirou o capucho que escondia o rosto dela e eu olhei pra ela sem acreditar, e acredito que o Aaron também, era a Emily.

O Aaron abanou a cabeça em negação.

— Emily? - perguntei e ela olhou pra mim.

— Chase, quanto tempo eu vejo não você. – Ela sorriu.

— Mas..., mas...você morreu. - falei.

— Deixa eu explicar a você o que aconteceu. - Ela falou e o Aaron revirou os olhos de tédio e dúvida, mas ela voltou a olhar pra ele. — Uma dama está falando querido.

Ele riu de deboche e ela continuou.

— Quando eu acordei, depois do ataque, a medica me disse que o meu namorado já tinha acordado e perguntou se eu queria que você entrasse. E eu me perguntei de que diabos ela estava falando, mas nem foi necessário, eu lembrei, pensei por um pouco, mas eu preferi dizer que não, seria melhor se você não soubesse que eu estava viva.

— Seria melhor? – perguntei em choque.

— Eu precisava disso, depois que eu levei alta, eu não quis voltar pra casa por medo de colocar a minha família em perigo, e fiquei sem um lugar pra ir, mas eu tinha dinheiro na minha conta, dinheiro que o meu maravilhoso ex-chefe me dava pra eu não sair espalhando que dormia com ele sabe. - Ela deu de ombros. — Nas minhas caminhadas eu encontrei com o Kellan. - Ela olhou para o Kellan e eu também.

— A Theo me contou sobre a conversa. - Ele falou. — Se você me contasse, eu diria que conheço a Emily.

— Bom. - Ela voltou a falar. — Por meio do Kellan eu conheci o pai dele, que me deu emprego, e parecendo que não me apaixonei por ele, que é um homem maravilhoso, e me respeita acima de tudo e estamos noivos. - Quando ela falou o Aaron riu.

— Se apaixonou pelo seu chefe? E não é que você nunca aprende. - Ela olhou pra ele rindo de nervoso e ignorou ele completamente.

— Nós estávamos exatamente voltando de férias quando o Kellan ligou pra mim, e me contou a cena toda. - Ela mostrou um sorriso amplo ao Aaron que abanou a cabeça.

— Você estava viva esse tempo todo...- sussurrei para mim mesmo.

— E é isso. – Ela falou olhando para o Aaron com intensidade. — Como o tempo passa Aaron.

— Eu não posso estar vendo um fantasma. - Ele falou ainda sem acreditar.

— Sentiu saudades minhas Aaron? - ela perguntou sorrindo quando voltou a atenção a ele e apontando a arma nele.

— Eu matei você. - Ele falou com ódio.

— Não, você matou o meu filho, quero dizer, o nosso filho. Quão feliz você estaria se eu estivesse morta Aaron. Existe um monte de coisas que o mundo ainda precisa saber sobre você antes de eu morrer.

Ele riu.

— Parece que o Ralph vai perder a promoção.

Ela riu da cara dele.

— Solta a garota. - Ela falou.

— Tantos anos como minha secretaria, e você até hoje não aprendeu que eu dou as ordens e você obedece, Emily? Largue a arma.

— E perder a oportunidade de matar você? ou deixar você mancando na prisão? - Ela abanou a cabeça. — Não me parece.

— Quanto ódio você carrega de mim no seu coração querida, você devia saber que o ódio atrasa o desenvolvimento da pessoa.

— Você matou o seu próprio pai na base do ódio e quer dar lição de vida?

— Ele mereceu. - Ele falou rindo. — Da mesma forma que você merecia.

— O meu pai quase morreu. Quando recebeu a notícia que eu estava morta, ficou internado durante nove meses em um hospital, porque eu não podia aparecer na frente dele e dizer " Eu estou viva papai, não se preocupe"

Ele deu de ombros.

— Você não apareceu porque não quis.

— Você sabia perfeitamente que eu sou a irmã mais velha, que eu sustentava aquela casa e mesmo assim, você mandou seus caras me matar, porque eu não quis abortar o seu filho. - Ela falava e eu conseguia sentir o ódio acumulado.

— Suas irmãs já tinham idade para tirar os rabos do sofá e arranjar emprego, não acha? - ele respondeu sem muita vontade.

Ela puxou o gatilho da arma.

— Larga-a-garota!

— Me faça largar Emily, você não ressuscitou dos mortos? me mostre a sua fúria e mate nós os dois, se tiver coragem. - Ele falou apontando a arma na cabeça da Theo.

— Você quer mesmo testar a minha paciência Aaron?

Ele a ignorou e fez um disparo no ar fazendo todos os homens que estavam com a Emily ficarem em alerta e apontarem a arma pra ele.

— Você pode ver que eu não estou brincando Emily. - Ele direcionou a arama na cabeça da Theo. — Mande seus homens largarem as armas!

— Não! - falei, mas fui ignorado.

A Emily olhou pra ele com tanto ódio que parecia que ela ia acabar espumando a qualquer momento, mas ela fez um sinal qualquer e os homens dela baixaram as armas.

— Bonito, agora...- ele mandou um homem dele ficar na frente dele. — Eu vou sair daqui e levar ela comigo e vocês não vão sequer ousar em me seguir, porque fazer isso, seria uma grande estupidez.

Ele falou e ainda apontando a arma a Theo, ele andou em direção ao portão, aonde um carro estacionado, esperava por ele.

— Parece que você nunca vai deixar de ser covarde Aaron! - ela gritou. E ele piscou pra ela.

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