Capítulo 72

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Quando acordei, eu estava em uma cama de hospital, e levantei abruptamente, mas me arrependi no mesmo momento. No mesmo instante uma enfermeira entrou.

— Ah, o senhor acordou...Como se sente?

— Com dores...-murmurei.

— Ah, mas graças a Deus vocês sobreviveram, e o senhor nem teve muitas lesões, não tanto como a sua namorada...

Minha namorada?

— Ela está muito grave, não para de chorar...e perdeu o bebe.

Senti que estava perdendo o folego.

— Ela já acordou?

— Sim, mas não parece estar muito estável, ela bateu forte com a cabeça, ela precisa ficar mais calma, o coração dela está oscilando, e se ela fica tão nervosa, isso pode ser muito prejudicial...e fatal.

— Tudo bem, pode me dizer aonde ela está?

Ela falou e logo saiu, ainda com muitas dores levantei e fui em direção ao quarto dela ela estava olhando para o nada chorando.

— Meu filho está morto. - Ela falou antes de eu realmente alcançar a cama.

— Desculpa...

— Meu filho está morto...- ela olhou pra mim com lágrimas nos olhos.

— Eu...

— O Aaron matou o meu filho.... - Ela não parecia estar muito em si.

Não respondi.

— Ele disse que ia fazer isso, e ele fez! Ele matou o meu bebe!

— Emily? - falei olhando para o Crachá dela e ela olhou pra mim.

— Eu tenho documentos...na minha casa, que podem colocar ele lá, você já sabe o endereço, eu estava trabalhando com a nova secretaria dele... ela o odeia... ele assedia ela, tenho contatos na polícia... a gente só estava esperando uma oportunidade, por favor... - ela agarrou o meu braço desesperadamente e eu vi a máquina dos batimentos cardíacos acelerar gradativamente.

— Tudo bem...tudo bem..., mas calma.

— Calma? - ela riu. — Meu filho morreu, meu filho...meu filho... - ela baloiçou o corpo de um lado pro outro e do nada começou a gritar. — O Aaron tem que pagar, pelo que ele fez...- ela chorou...— Ele me tirou o meu filho, o meu filhooooo! - ela gritou e a máquina disparou, ela começou a ter um ataque cardíaco e as enfermeiras entraram rapidamente na sala, me colocando fora.

— Desculpe, mas o senhor vai ter que aguardar. - A enfermeira falou e eu sentei em uma das cadeiras e fiquei pensando e lembrei das palavras que ela me disse mais cedo.

" Você nunca saberá que tem um psicopata sentado ao seu lado"

Duas horas depois a Médica veio me dar a informação de que ela não resistiu, os meus joelhos fraquejaram.

— Nós sentimos muito pela sua perda senhor, mas o senhor é um homem forte, temos a certeza que vai ultrapassar. - Ela me deu um leve aperto e foi embora.

Me deram as coisas dela, no caso as roupas, o anel, o relógio e a bolsa que eu consegui salvar, lá consegui ver o número da casa dela e contatei os familiares.

Quando saí do hospital vi uma cabina telefônica pública e liguei para o Melv, já era manhã, e eles podiam estar preocupados. Ele não atendeu na primeira vez, talvez por ser um número estranho..., mas atendeu a segunda.

— Alô?

Não respondi.

—Alô?

— Melv....é o Chase..

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