Ato II

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Capítulo 36

Não existe uma carga mais pesada do que ser culpado por algo que você nunca fez, por ser acusado de fazer o bem com segundas intenções, de ser considerado uma pessoa má mesmo quando age por amor...

Caroline Vitale D'Angelo

Conversamos porém Benjamin precisou sair e cuidar desse novo assunto urgentemente, acabei deitando na cama e adormecendo. Porém acordei agora no meio da noite sentindo sede e resolvi descer para tomar água.

Estava tudo indo bem até eu sentir aquela presença atrás de mim, me virei vendo Andréa me olhando com um sorriso no rosto.

- Eu te avisei - Ela sorrio - Seu inferno pessoal acabou de começar querida Caroline

- Do que está falando sua maluca? - Falo colocando o copo sobre a mesa a observando.

- Você achou meu que eu estou aqui por acaso? Eu estava esperando uma chance como essa, e a morte daquele velho desgraçado veio bem a calhar, afinal de contas no fim ele foi útil em alguma coisa - Diz.

- Então não está triste pela morte do seu pai? - Pergunto estreitando os olhos a observando cuidadosamente.

- Triste? Não me faça rir, eu detestava ele - Ela dar um sorriso - Assim como eu a detesto, se eu fosse você passaria a dormi de olho aberto..

- Não tenho medo de você! - Falo erguendo peito - Não pode me machucar

- Não diretamente, mas eu sou a mãe do filho dele - Ela rir e me dar as costas - Tome cuidado, seus dias estão contados

Fiquei ali a observando sair, se eu contasse para alguém ninguém acreditaria em mim, achariam que eu só estou com ciúmes da mesma e estou inventando coisas da minha cabeça. Vadia Calculista!

{ . . . }

Dois meses se passaram desde daquela conversa, Andréa estava com três meses e o bebê estava perfeitamente saudável, vir o Chris uma ou duas vezes em eventos da máfia, nos aproximamos e temos uma relação amigável, o que não estava bem era minha relação com o Ben que vivia e uma montanha russa de emoção, e nossa última briga as coisas não acabaram bem para mim, me lembro perfeitamente desta última semana.

Eu estava indo ajudar a Rosa quando entrei na cozinha encontrei a Cascandrea lá gritando com ela, no mesmo momento eu intervir, não iria permitir ela tratar a mesma assim, não dentro da minha própria casa, diante dos meus olhos!

- Rosa você não tem porquê ouvir o que diz - Digo - Nesta casa ele não tem mais autoridade que você

- Só que eu carrego o filho do Benjamin algo que uma incompetente como você não é capaz de fazer - Diz.

- Já chega Andréa a conversa acabou - Digo olhando para Rosa que parece assustada - Rosa querida pode ir pôr a mesa para o almoço

Digo e ela passa por mim, mas no exato momento que ia sair Andréa agarra minha mão.

- Acha que pode falar assim comigo na frente da criadagem - Diz e dar um tapa a minha cara e logo em seguida eu o devolvi.

- Perdão! - Eu nunca pensei que fosse bater em uma mulher grávida.

- Agora você vai ver com quem está lidando - Diz e se alto esbofeteia em cada lado do seu rosto várias vezes  seguidas.

- Você é maluca para com isso - Digo segurando as suas mãos.

- Por favor não me bata mais, eu estou grávida! - Diz com uma voz de assustado fazendo parecer com que eu estivesse batendo nela, me virei vendo Ben atrás de mim.

- Car o que está fazendo? - Ele vem até mim agarrando pelo braço com força - Nunca pensei que chegaria a está ponto..

- Eu não fiz nada foi ela que - Tento explicar mas a mesma me corta.

- Ela é maluca Ben, está com ciúmes que eu sou a mãe do seu filho - Fala derramando falsas lágrimas - Ela está descontrolada é um perigo para o nosso bebê! Você precisa dar um jeito!

- Não pensei que fosse precisar fazer isso nunca mas - Ele levantou a mão para me bater e eu fechei olhos esperando o impacto, mas ele não veio - Eu não consigo, terá outro tipo de castigo..

Ele agarrou meu braço e me levou a força para o Arremate naquele dia, ele me trancou no lugar que ele sabia que ia me machucar, uma sala vazia com apenas uma cama e uma privada.

Ele me privou de qualquer contato humano e me deixou lá mofando por uma semana, mas o pior eram as noites, porque eu tenho medo do escuro e a minha luz está se apagando.. Hoje Filippo veio e me tirou desta cela, nunca fiquei tão feliz em ver esse ruivo como hoje! Me joguei em seus braços e abracei que logo beijou a minha testa.

- Eu não bati nela - Digo.

- Linazinha eu acredito em você! - Ele diz retribuindo meu abraço - Se eu soubesse que estava aqui teria vindo antes, me desculpe..

- Você não tem culpa, a culpa é minha por escolher confiar nele! - Digo e uma lágrima cai involuntária.

- Eu não vou permitir ele te tratar assim nunca mais eu prometo - Fala baixo enxugando a minha lágrima, estávamos saindo do Arremate quando ele apareceu.

- Onde pensa que vai com a minha mulher - Ben fala.

- Sua mulher? - Ele gargalhou - Olha como a tratou, você ao menos a ouviu? Trataria a Annelise assim também?

Filippo fala e claramente a tristeza invadiu Benjamin mas logo se transformou em raiva, e ele veio para cima do seu amigo mas eu intervir.

- Filippo tudo bem, eu posso me cuidar daqui por diante - Falo e ele me pergunta com o olhar se eu tinha certeza é eu faço que sim com a cabeça - Vamos Don!

Falei e ele passou por mim indo até seu carro, entrei no mesmo e fiquei calada não dei uma se quer palavra o caminho inteiro para casa, assim que ele parou o carro desci do mesmo e entrei para dentro de casa indo diretamente para o meu quarto.

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora