Ações e Clareza!

1.5K 114 3
                                    

Capítulo 37

Benjamin Vitale D'Angelo

Minha cabeça está girando, meu corpo inteiro fede a álcool e meus pensamentos só me trazem a lembrança vivida daqueles belos olhos me olhando decepcionados.

Subo as escadas cambaleando indo em direção ao nosso quarto com uma garrafa quase vazia de whisky na minha mão, entro no mesmo e me arrependo instantâneamente, eu bebi para esquecer-la mas o seu cheiro está impregnado por todo quarto, vou até a cama e me deito sobre a mesma.

Faz uma semana que eu não venho aqui, tenho tentado manter os pensamentos longe me afogando no trabalho, mas hoje foi impossível, esculto batidas na porta e a mesma é aberta em seguida, olho pelo canto do olho vendo Andréa vindo em minha direção.

- O que faz aqui? - Pergunto a encarando.

- Parece solitário - Diz se aproximando lentamente - Se quiser companhia, está cama parece bem fria

Nunca pensei que um "convite" para transar fosse me irritar tanto como este agora, algo parece diferente nela, o tom da sua voz me irrita, o seu perfume que normalmente era atraente agora me enjoa, e eu não consigo mais a ver como uma mulher atraente, e não estou dizendo isso porque a mesma está grávida porque ela está com uma linda barriga.

- Quero que deixe este quarto e não entre nunca mais - Dou a ordem e sua expressão facial muda, ela parece não acreditar no que está ouvindo.

- Mas Ben.. - Me levanto da cama e me aproximo dela olhando diretamente em seus olhos.

- Não me chame assim - Digo e a mesma sorrir colocando as mãos em meu peito.

- Por que pensei que gostasse.. - Ela diz tentando fazer sua voz sair sedutora - Qual o problema?

- O problema? - Eu sorrio - Você não é ela! Você não tem o cheiro dela, e muito menos o charme que ela tem ao pronunciar esse apelido de forma manhosa

- Benjamin.. - Ela tenta dizer algo mas eu a corto.

- O maior problema é que eu quero ela e não você ou outra Andréa - Pego no braço dela e começo a andar pelo quarto a levando para fora do mesmo - Para você é Don!

- Mas e quanto a nós? - Ela pergunta.

- Não existe nós, a única relação que eu tenho e terei com você é em relação ao meu filho! - Falo e vejo seus olhos encherem de lágrimas - Está avisada, não volte ao nosso quarto!

Falo e fecho a porta em sua cara, Filippo estava certo desde do início eu deveria ter o ouvido e providenciado outro local para ela ficar, se e o tivesse ouvido, não estaria aqui agora sem Caroline! Tenho que tirar ela de lá e trazer a mesma para o lugar de onde ela nunca devia ser saído.

Retorno para cama e tento dormir mas não consigo, essas paredes parecem me assombrar, fico bolando de um lado para o outro sem sucesso. Não demorou muito para amanhecer e o dia clarear, me levanto indo até o banheiro, eu tirá-la daquele local horrendo mas antes tenho que me livrar deste cheiro de álcool.

Fiz isso e descir as escadas apressado, encontrando a Rosa lá em baixo que parecia triste, ela sente falta da Car.

- Bom dia filho - Diz vindo até mim - Já preparei o café

- Bom dia Rosa - Dou um beijo na testa dela - Eu não irei tomar café estou com pressa

- Onde vai com tanta pressa filho? - Pergunta e eu sorrio.

- Vou trazer minha mulher para casa! - Digo e ela sorri, mas não posso perder tempo conversando, me disperso dela e saio da casa pegando o carro e dando partida até o Arremate.

Mas parece que cheguei tarde de mais, assim que cheguei encontrei Filippo saindo com ela que esboça tristeza em seu rosto ao me ver, uma raiva cresce em mim, não deles mas de mesmo por ter a colocado nesta situação.

- Onde pensa que vai com a minha mulher - Digo me aproximando deles.

- Sua mulher? - Filippo gargalhou - Olha como a tratou, você ao menos a ouviu? Trataria a Annelise assim também?

Filippo fala e de repente um aperto toma meu peito, eu nunca faria a Annelise se sentir como a Car está se sentindo agora, nunca faria nada com que a magoasse e ele sabe disso, sabe que eu a amava! Ele tem razão! Eu fui péssimo com a Caroline mereço toda essa raiva, e desprezo.

Por um momento tristeza me invadiu aquela dor daquele dia voltou de um vez só, esse cretino ela sabe o quanto isso me persegue.. Sinto um ódio dele minha vontade é de socar-lo.

Toda aquela tristeza se transformou em raiva, e eu fui para cima do meu braço direito cego pelas minha emoções mas fui parado pela Car que interviu me trazendo de volta para mim.

- Filippo tudo bem, eu posso me cuidar daqui por diante - Ela fala e Filippo pergunta com o olhar se a mesma tinha certeza que faz que sim com a cabeça - Vamos Don!

Ela me chamou pelo meu título, e não pelo apelido que ela costuma me chamar, eu sei que eu fiz besteira e preciso consertar antes que seja tarde de mais.

Assim que ela falou e eu passo por ela indo até meu carro, ela entrou no mesmo e ficou calada, não deu uma se quer palavra o caminho inteiro para casa, assim que eu parou o carro, Caroline desceu do mesmo e entrou para dentro de casa indo diretamente para o nosso quarto.

Entrei dentro de casa, como ela vai me perdoa se fui um monstro? Que tipo de sensação sufocante é essa? Estou com tanto medo de perder a sua confiança e a química que temos que mal posso racionar devidamente.

Preciso me desculpar com o Filippo também há muitas coisas para consertar, droga!

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora