Após a chuva

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Capítulo 64

Filippo Ferriero

Como se não bastasse toda a situação, a médica responsável é lenta, não solta a informação logo de uma vez, é possível notar que Caroline está aflita com toda a situação e eu sei que isso não faz bem para os gêmeos.

- Mas por conta do nascimento antes do tempo devido, embora o pulmão já esteja formado, ele ainda não é capaz de produzir substâncias que facilitam a respiração - Ela diz - A musculatura do tórax ainda está flácida, o que causa sérias complicações e risco de morte - Ela complementa a sua explicação.

- Onde ele está agora? - Caroline pergunta tensa.

- No momento o bebê está na UTI - Informa - Ele terá que ficar internado até que consiga respirar sozinho e seja possível fazer o processo de extubação - Ela faz movimentos com a mão explicando - Qual nome do bebê?

- Massimo! - Caroline diz - Igual ao avô dele

- O Massimo nasceu pequeno mas tudo bem é normal em casos como esse - Ela da uma pausa breve - Quanto a isso pode ficar tranquila que ao longo de dois ou três anos de vida, ele recupera o seu crescimento, tanto de perímetro cefálico quanto de estatura e peso

- A uma previsão de quando ele posso sair da UTI e ir para casa? - Caroline pergunta.

- Ao que tudo indica ele está com trinta e cinco semanas, acreditamos que quando ele fizer trinta e sete ele já estará forte e saudável

- E Andréa? - Pergunto.

- Sinto muito mas a mãe da criança não resistiu após o parto começamos o processo da retirada da bala que estava abaixo do peito - Ela explica calmamente - Mas a causa do óbito foi insuficiência cardíaca, meus pêsames

- Não... - Car diz e se vira me abraçando - Eu prometi que os dois iam ficar bem Fi, eu prometir..

- Shiuu - Faço cafuné no seu cabelo enquanto acalmo ela - Ela já sabia que isso poderia acontecer..

- Mas - Eu aumento o aperto do meu abraço a impedindo de terminar de a frase.

- Você fez tudo que estava ao seu alcance pequena - Digo e beijo a sua testa - Não se martilize tanto - Digo e em seguida olho para médica que ainda estava em nossa frente - Obrigado, quero o melhor tratamento para o bebê, eu deixarei um xeque em branco para que seja feito a retirada da quantia nescessária para isso, agora vou leva-la para minha casa porque ela precisa descansar

Digo por fim pegando a Car no meu colo e a levanto em direção ao meu carro, Droga! Terei que comprar outro depois de tanto sangue não quero essas lembranças toda vez que eu entrar nele. Assim que eu a coloco no carro dou partido indo para minha casa, o que não demorou muito já que eu estava pisando o pé no acelerador.

Assim que chegamos no local, pedir que a Caroline fosse tomar um banho, eu também faria o mesmo e logo após faria alguma coisa para mastigar, não que eu ache que ela vai comer mas é necessário que ela ao menos tente.

Não demorou muito fiz uma coisa que eu fazia com frequência, macarronada, ninguém pode me julgar é fácil e rápido como está situação pede, fiz também uma vitamina para ela beber, não demorou muito Caroline desceu as escadas com os cabelos molhados.

- Venha aqui comer algo pequena - Digo e ela me dar o m sorriso falso.

- Tudo bem - Ela se senta na mesa e pega um copo botando a vitamina.

- Como você está agora? - Tento puxar assunto.

- Tensa, eu estive pensando no filho da Andréa - Ela fala exitante, mas ainda sim sinto firmeza no seu tom de voz.

- E qual conclusão você chegou? - Pergunto.

- Eu quero adota-lo - Diz, dando uma pausa - Eu me sinto na obrigação de tê-lo por perto, eu matei o pai dele, e a mãe dele praticamente morreu em meus braços pedindo para salvá-lo, não posso deixar ele ir para uma casa de adoção qualquer - Fala.

- E vai fazer o que? - Pergunto - Cria-lo como seu filho?

- E por que não? - Ele me pergunta com aqueles enormes olhos - Eu posso ama-lo como se fosse meu, e ele vai ser!

- Tudo bem, tudo bem - Digo por fim - Como um pouco e descanse, após isso cuidamos do resto

Ela apenas concordou em silêncio e continuou a beliscar a comida aos poucos. Não demorei muito a terminar de comecei a arrumar as sujeira que eu havia feito, quando eu voltei Car já não estava mais lá, então supus que ela deveria ter subido para descansar um pouco, as verdadeiras emoções ainda estão por vim.

Mas algo tirou minha concentração, uma mensagem na verdade e ela é de uma pessoa que vem me queimando o juízo ultimamente, a cantora mascarada, a mensagem respondia a pergunta que a fiz em uma outra conversa.

A mensagem dizia o seguinte: "Por que está obsessão por saber quem eu sou por trás da máscara?" Ela perguntou e logo completou "Não que você acredite nisso, mas, saber quem eu sou, só vai machucar mais ainda o seu ego, porque você não pode me ter e muito menos me comprar senhor Ferriero"

Está mulher tem estado na minha cabeça, eu tenho uma obsessão de tê-la em meus braços, gemendo o meu nome, mas não nestas circunstâncias. Meu melhor amigo e irmão está desaparecido e eu nem sei se está bem, se está machucado.

E ainda por cima, temos um mais novo membro na famiglia, o pequeno Massimo.

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora