As aparências...

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Capítulo 59

Caroline Vitale D'Angelo

Neste exato momento, estou dando voltas no jardim da minha casa com os pés descalços, se é que posso chamar de casa, eu estou chateada em como as coisas tem andado e estou me odiando por está prestes a concretizar um dos meus incansáveis pensamentos, as vozes barulhentas na minha cabeça não param de gritar, e estou decidida a por um fim nisso, estou cansada de construí uma conexão com o Ben e logo em seguida ela se desfazer, cansei desta situação, logos nossos bebes estarão nos meus braços e eles precisam de estabilidade.

O tempo tem sido meu maior inimigo, tem passado sem dó e piedade, como em um piscar de olhos dois meses escaparam entre meus dedos, e cada vez mais meu marido têm estado distante nossas únicas interações tem sido em relação ao nossos filhos, que a proposito eu ainda estou boba com os seus nomes, a minha menina vai se chamar Susie em homenagem a minha mãe que se chamava Susana já que Susie é um diminutivo de Suzana, que pode ser traduzido literalmente como "lírio" e o meu menino irá se chamar Leonel que significa "leão" ou "valente como um leão", eu pensei em colocar o nome do pai do Benjamin mas Andréa ja ira coloca-lo.

Fora isto as consultas e ultraçoes que ele foi comigo foram nossas únicas interações como um casal, nos próximos eventos da famiglia que viriam ele mau olhou na minha cara mais em compensação ele tem olhado para outras mulheres e tem se mostrado bastante interessado, e se eu não tenho nada mais a agregar para ele e ele para mim, eu me recuso a fica como um enfeite, um troféu a ser exibido em sua vida, eu vi mais cedo ele saindo com uma mulher e logo em seguida quando ele voltou ele estava com perfume feminino e batom vermelho em sua gola não quero parecer ciumenta, mas não quero que meus sentimentos sejam motivos de chacota.

E é por esse motivo que estou aqui no jardim, eu olho para os saltos na minha mão esquerda, eu cheguei a poucos minutos de outro evento da famiglia, e o Ben saiu com ela mas sua moto esta aqui, eu quero acreditar que ele não desrespeitou a nossa casa, e o nosso casamento com ela, eu não suportaria. Respiro fundo e movo meu corpo para dentro de casa, as luzes estão meio apagadas, o ambiente está bem mórbido sendo sincera eu queria estar em qualquer outro lugar agora, e vim quando essa angustia passasse mas eu decidir que iria enfrentar meus medos de frente, sem fugir e eu vou fazer isso.

- Rosa? - A chamo mais é sem resposta então sigo em direção as escadas, onde eu ouço uma voz feminina e com certeza não é a da Andrea muito menos da rosa, nesse momento meu coração começou a acelerar, escutei algo como "ela vai acabar descobrindo", "Você não vai conseguir esconder por mais tempo Benjamin". A voz vinha do quarto, assim que eu cheguei ao fim das escadas eu vir, a mulher com os cabelos longos indo até a cintura o abraçando, foi quando ele me viu, e sussurrou algo baixo para ela que logo saiu, deixando eu e ele, o ignorei entrando no nosso quarto e ele veio atrás, o silencio se fez presente.

- Nada que disse foi verdade? - Pergunto encarando-o torcendo para que cada palavra dita seja mentira mas Benjamin continua sem nenhuma expressão - Tudo o que vivemos foi uma mentira? Diga por favor que isso não é o que eu estou pensando? e se for ao menos minta...

- Não foi uma mentira... - Benjamin diz seco - Porque para mim nunca foi uma verdade, cada palavra que eu disse foi apenas para engana-la Caroline, para conseguir o que eu queria, e você foi tola o suficiente para acreditar nelas? O que você esperava de um mafioso? Amor verdadeiro? Contos de fadas? Não seja estúpida Caroline

- Eu prometi não deixar você trazer magoas ao meu coração, você tinha razão era uma promessa boba e idiota, e por sua causa eu não confio em mim e em mais ninguém á minha volta - Caroline olhou nos olhos de Benjamin com olhos lacrimejados e um sorriso em seus lábios - Mas você não pode partir meu coração porque ele nunca esteve inteiro para começar

Benjamin suspirou copiosamente, e se aproximou a cada passo que ele deu em minha direção, eu recuei mas logo notei que fiquei sem saída quando minha costa despida se chocou com a fria parede e os braços de Benjamin mim prenderam contra a mesma, abaixei a cabeça temendo ser castigada, eu não conhecia aquele Ben, não mais... Mas logo fui surpreendida quando o polegar do mesmo tocou em meu queixo me fazendo levantar o olhar e encara-lo nos olhos.

- Quanto mais eu tento - Ele falou baixo como se estivesse medindo o peso de suas palavras - Mas tudo em mim grita não, a maioria de nós está jogando um jogo tentando ganhar na vida, e eu estou perdendo um jogo que não concordei em jogar, me diga você me odeia?

- Eu te odeio - Eu falei baixo - Por me fazer ama-lo e logo depois me tratar como uma estranha, mas eu ficaria com você até o meu ultimo suspiro - uma lágrima desceu involuntariamente - Ou ao menos eu achei que.. - Benjamin a impede de continuar.

- Esses belos olhos não deveriam derramar lágrimas jamais - Benjamin levou a palma da mão ao meu rosto secando as lágrimas que insistiam em descer ao mesmo tempo acariciando a maçã do rosto meu rosto - Não quero que se queime nos meus pecados mas eu não posso mais continuar assim..

- Você quer se divorciar? - Eu pergunto e a resposta dele me despedaçou mais ainda quando o "sim" saiu dos seus lábios eu sentir minhas pernas fraquejarem, e eu só não cair porque seus braços me seguravam...

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora