Acabou

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Capítulo 77

Caroline Vitale D'Angelo

Depois do nosso momento de reencontro, meu peito estava novamente em seu ritmo habitual, Filippo subiu preferindo dar espaço e privacidade para nós, apesar de estarmos em sua casa.

- Finalmente acabou - Eu digo e Benjamin traz suas mãos ao encontro das minhas bochechas.

- Finalmente posso gritar aos quatro cantos do mundo o quanto te amo - Ele diz e eu sorrrio como uma boba que sou - Mas não está finalmente acabado ainda ele diz, seu pai ainda está preso, quero resolver isto ainda hoje, por tudo que ele te fez, tudo que ele fez a sua mãe e a máfia ele não tem outro destino que não seja a morte pequena - Ele diz segurando a minha mão, enquanto faz um carinho.

- Estou ciente que as próprias escolhas que ele fez o trouxeram até aqui - Digo - Mas quero falar com ele uma última vez

- Tem certeza? - Ele diz meio receioso, e eu concordo silenciosamente, ele se levantou me dando a mão, e fomos em direção ao seu carro, no qual ele abriu a porta e verificou três vezes se eu estava confortável, no caminho Ben, me disse que sua execução estava marcado para o meio dia em ponto, e que logo eu estaria livre e sem fardos.

Chegamos, assim que descemos do carro Benjamin segurou a minha mão e adentramos no Arremate, onde todos ali abaixaram a cabeça de imediato enquanto passávamos, seguidos para a sala onde "meu pai" se encontrava e eu encarei, ele estava amarrado nos pés, nas mãos, no antebraço e parecia bem desconfortável, apenas alguns segundos depois ele negou nossa presença.

- O que você quer aqui sua vadiazinha? - Ele cospe seu ódio nas palavras mas logo um som ecoa no ambiente, Benjamin havia deferido um no seu rosto.

- Rispetta mia moglie, figlio di puttana - Benjamin diz - Só não o mato agora mesmo por causa dela
( Respeite minha mulher seu filha da puta )

- Eu tenho uma pergunta Carlo - Digo e ele começa a rir.

- Acha que pode vim aqui me questionar sobre alguma coisa sua fedelha maldita? - Ele diz e novamente Benjamin lhe dar outra soco, que o faz cuspir sangue.

- Você vai responder - Ben diz pegando um canivete e enfiando na sua coxa esquerda que grita de dor - Ou tornarei suas últimas horas de vida o próprio inferno na terra

- Você amou alguma vez a minha mãe? - Pergunto ele rir, como se ouvesse ouvido a melhor piada de sua vida.

- Ela era gostosinha e obediente feito uma cadela que era - Ele fala me olhando como se eu estivesse suja, e eu sinto enjoo só de ouvi-lo falar assim da minha mãe - Mas eu só escolhi casar com ela e assumir como minha filha porque era ela que meu irmão amava - Minha mãos ficaram trêmulas - Eu tirei ela daquele maldito, tirei você e ele nunca desconfiou que eu era casado com a mulher que ele tanto amou, o amor da sua vidinha patética - Ele diz.

- Seu.. seu.. - Minha voz falha por um momento mas logo sinto a raiva me dominar, logo dando passos firmes em sua direção, agarro o canivete na sua barriga e rodo o mesmo fazendo ele grunir de dor - Você se arrepende?

- Me arrepender? - Ele diz sério - Se eu pudesse voltar no tempo.. - Ele dá uma breve pausa - Eu faria tudo novamente, cada surra que dei na sua mamãe e em você, bateria de novo com duas vezes mais força, mataria seu maridinho de merda sem nenhum remorso, teria eu mesmo matado aquela velha maldita que você tanto amava

- Não fale assim da minha mãe! - Digo tirando o canivete  da sua coxa e enfiando várias e várias vezes na sua perna sem exitar em momento algum - Eu fui mais esperta seu maldito e você perdeu, porque eu o amo e serei muito feliz com o homem que sua incompetência não conseguiu por um fim e quer saber o melhor, meu filhos vão conhecer o avô e a sua tão amada máfia russa vai enfim ficar em paz conosco, uma pena que você não vai viverara ver esse futuro - Digo - Me arrependo de não mata-lo quando eu tive a chance

- Sua.. - Ele não termina a frase, pois um barulho alto invade a sala, Benjamin deu um tiro o qual foi no meio do peito.

- Acho que terminamos aqui pequena - Ele diz vindo em minha direção sem esboçar nenhuma feição, e eu o acompanho ao sair do cômodo - Limpem está bagunça - Ele diz aos soldados que estavam em frente da porta.

- Ben - Eu o chamo - Casa comigo? - Digo, pode parecer bobagem mas nosso casamento foi algo totalmente forçado, agora que eu o amo quero que seja um casamento real em todos os sentidos.

- Car.. - Ele para bruscamente fazendo com eu dê de cada com ele - Você não sabe o quanto eu te amo

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora