Capitulo 41
Benjamin Vitale D'Angelo
Caroline segurou a minha mão enquanto eu contava a historia do que havia acontecido, tentando me reconfortar, dei um sorriso triste e continuei a contar detalhe por detalhe.
Josephine ficou em coma por dois anos, eu me sentir extremamente culpado porque foi minha culpa, se eu tivesse ido para o meu quarto talvez a mãe dela não tivesse morrido e ela não teria se machucado, mas a questão é que dentre dois anos eu acabei me envolvendo romanticamente com a irmã do Filippo que nesta época não éramos tão próximos.
Eu estava completamente apaixonado por ela, tanto que eu estava disposto a desfazer o acordo pré-nupcial que meu pai fez com o seu. Eu estava pronto para enfrentar a Angela, Annelise havia estado ao meu lado.
Eu tinha pesadelos com aquele dia do acidente, vivia sufocado entre as paredes de casa estava sempre sozinho e eu estava tão perdido que eu cogitei até por um fim naquela bagunça que estava dentro de mim, eu estava ficando agressivo me auto machucando mas ela acalmava a minha agressividade.
No dia que ela morreu eu estava na sua casa havia ido lá pedir sua mão para seu pai mas antes que eu pudesse ter a chance, a casa foi invadida eles estavam atrás de mim por eu acabara de fazer dezoito anos e logo começaria o treinamento para ser o próximo capo. Eu lembro muito pouco de como aconteceu...
Mas eu lembro perfeitamente, eu estava possesso de raiva e dor que no momento que eu vir era tarde o corpo da minha amada estava no chão sem vida e eu estava desarmado, fui em cima do cara que havia atirado nela sem me importar com as chances de levar um tiro, o derrubei com um soco e subir em cima dele dando vários socos seguidos sem parar até ele não ter mais vida, não importava se eu havia quebrado a mão eu só o queria morto, Filippo me tirou de cima dele e eu o empurrei.
- Vai embora! você deixa uma trilha de corpos em todo lugar que você pisa! - O garoto ruivo grita com as mãos manchadas de sangue sedento por raiva - Todos que estão ao seu redor acabam morrendo ou machucadas, começando pelo seu pai, a sua melhor amiga que esta em coma e a mãe dela que morreu, e agora a minha irmã!
- Cale-se! Eu não queria que nada tive acontecido com ela - Grito desesperado tanto quanto ele - Ela era a pessoa mais importante da minha vida, vê-la sem vida esta acabando comigo - Sinto meu rosto umedecer, eu não conseguia impedir as lagrimas de escorrem sobre o mesmo - Isto dói! Isto dói mesmo
- Não é atoa que sua mãe não quer ficar perto de você - Ele grita e eu saio arrastado pelos soldados da minha mãe que afirmavam que eu precisava ir para minha casa, porque a mesma era o único seguro, assim quando eu cheguei em casa eu fui tratado.
- Saiam todos daqui - Gritei com os soldados que estavam de vigia e eles obedeceram, entrei no quarto e respirei fundo desabando no chão do quarto chorando - Eu a perdi... você se foi, mas eu preciso de te, é minha culpa, eu só queria te chamar de minha mas você se foi, como eu vou passar por isso como eu seguirei em frente amor? Estou com medo, perdão por ter falhado com você..
Grito de dor e logo me levanto derrubando tudo que eu consigo, fecho os olhos e só consigo ver a sua imagem sorrindo me recosto a parede e fico lá na minha zona, passei a noite acordado sentindo meu mundo despedaçar e na manhã seguinte lembrando dos nossos momentos juntos me culpando. Um soldado me avisou que o funeral aconteceria agora pela parte da tarde, coloquei um terno preto e fui até o jardim buscar rosas brancas que eram suas favoritas, assim que eu estava de saída a voz me chamou a atenção.
- Onde acha que vai? - Pergunta fria - Nem pense em sair por aquela porta, não faz muito tempo que atentaram contra sua vida!
- Quer saber Angela? - Falo calmo - Não tente de impedir de sair, o amor da minha vida acabou de morrer mas eu não espero que entenda já que você tem coisas mais importantes que a vida do seu filho, faça como você sempre fez e ignore a minha existência..
- Como ousa? - Pergunta indignada, por eu nunca havia agido assim antes sempre estive buscando a sua aprovação mas foi em vão já que nunca conseguir.
- Como eu ouso? - Olho para ela e me aproximo - Você é má comigo, me magoa- Digo sem esconder a tristeza em minha voz - Não liga para nada do que eu faço, vive me deixando de lado como se eu fosse um nada desde que o papai morreu! e vem querer me impedir de ir dar um ultimo adeus a mulher que eu amo? está muito enganada se acha que vou obedece-la e nem tente mandar seus cachorrinhos atrás de mim que eu terei prazer em devolve-los com a cara arrebentada
Disse passando por ela que ainda estava em choque e fui ao lugar onde aconteceria o funeral, chegando lá antes de todos, me aproximo do caixão colocando as flores em cima do mesmo e fico um momento em silencio.
Me desculpe...
Me desculpe...
Digo caindo de joelhos de frente ao seu caixão, chorando. Meu amor.. Adeus, eu não pude te salvar mas prometo que vou tentar ser um homem no qual você se orgulharia, sei que nenhum pedido de desculpas vai afastar esta dor que estou sentindo ou vai te trazer de voltar mais preciso pedir perdão por ser fraco e atrair isto para você.
Vejo que esta chegando muitas pessoas e me levanto indo para um lugar mais afastado, eu assistir o funeral de longe, sentindo uma parte de morrer a cada segundo que eu ficava parado ali, agonizando em minha dor.
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O Don Benjamin
Romance"𝑶 𝒂𝒎𝒐𝒓 é 𝒖𝒎 𝒋𝒐𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒆𝒏𝒕𝒊𝒓𝒂𝒔 𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒊çõ𝒆𝒔" Benjamin é o Chefe da máfia italiana, acostumado a ser livre e não ter que dar explicação a ninguém, sempre evitou o casamento e aproveitou a vida noturna como um verdadeiro cafaj...