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Capítulo 76

Caroline Vitale D'Angelo

Após encerrar a visita há maternidade, retornei para a casa do ruivo que estava totalmente vazia, ele ainda não havia retornado da missão que foi retirar o Benjamin do cativeiro.

Eu estava ansiosa, sem fome mas sabia que eu tinha que fazer um esforço não seria nada bom para os meus bebês que eles pagassem pela minha ansiedade, então fui até a cozinha e encontrei um bilhete do Filippo que dizia as seguintes palavras:

"Linazinha sei que não sou a Rosa, e sei tambem que não é o que está acostumada a comer, mas fiz um espaguete você para comer, está na geladeira, você pode usar aquele aparelho que esquenta

P.s: Coma, descanse e fique tranquila que amanhã ele estará novamente em seu braços

Ass: Filippo"

Assim eu o fiz, fui até a cozinha e esquentei o espaguete, no "aparelho que esquenta" como ele mesmo chama o micro-ondas, sentir minhas bochechas ficarem umidas para minha surpresa estava delicioso, eu estava tão feliz que estava tudo terminando que as lágrimas que insistiam cair do meu rosto eram de alívio.

Depois estravassar daquele pequeno momento quietude, fui para o quarto no qual eu estava dormindo e tomei um banho e me deitei na cama, por mais que eu estivesse com vontade de ficar acordada, para esperar o Filippo chegar e me atualizar, meus olhos pesavam e no fim o sono me venceu.

No dia seguinte nos primeiros raios solares que adentraram o quarto pelas frestas das cortinas, eu já estava de pé, eu queria vê-lo, senti-lo, ter a certeza por mim mesma que ele estava bem.

Até que ouvir leves batidas na minha porta me tirando dos meus pensamentos, logo corrir até a mesma abrindo de imediato e dei de cara com um ruivo, que parecia totalmente desajeitado.

- Desculpe eu te acordei? - Ele pergunta passando a mão na nuca.

- Não - Disse firme - Acordei com o sol hoje - Falei apontando para as cortinas - Ele está bem? Onde ele está? Quando vou poder vê-lo? - Eu encarei ele, fazendo uma série consecutiva de perguntas, só então Filippo segurou minha mão e fez um carinho sobre a mesma.

- Calma, não esquece de respirar - Eu sorrir para ele - Ele está bem, ele provavelmente está a caminho e loo você o verá - Ele falou calmamente respondendo cada uma das perguntas que eu havia despejado nele - Vamos tomar café agora!

Filippo disse soltando minha mão, colocando ambas mãos nos bolsos da sua calça social, ele estava vestindo formalmente de terno e gravata mas diferente dos outros dias que fiquei aqui em sua casa, desta vez ele parecia sereno, tranquilo até. Dito isso eu apenas o seguir e tomamos café em silêncio juntos, e logo após fomos para sala, se passaram mais alguns minutos e eu não conseguia parar de balançar minhas pernas enquanto meu olhar estava sempre na porta.

- Caroline? - O ruivo me chama e eu levo meu olhar para ele - Você vai acabar me deixando maluco

- Desculpe - Digo sorrindo - A qualquer momento ele pode entrar por aquela porta, e eu meio que sinto meu coração saindo pela boca parece que não nos vemos a anos

- Compreendo - Ele diz se levantando vindo em minha direção, logo me dando a mão - Vamos andar um pouco no jardim, vai fazer bem para você

- Tudo bem - Digo aceitando a sua mão, eu não havia visto o jardim do Filippo ainda, seria uma ótima maneira de me distrair.

Acompanhei o ruivo até o jardim e começamos a andar, o mesmo cruzou nossos braços enquanto andávamos, notei um forte cheiro de rosas, e procurei, logo meu olhos foram ao encontro de uma roseira e lembrei das palavras que Benjamin me dissera, só então encarei o ruivo, eu não sabia nada sobre ele.

Há não ser o seu instinto protetor, seu péssimo talento para cozinha e claro sua dificuldade para lembrar nomes, tirando isso ele era já incógnita para mim.

- Diga - Filippo fala parecendo notar minha curiosidade.

- Não sei nada sobre você - Digo soltando nossos braços ficando a sua frente e vendo ele sorrir.

- Não tem muito o que saber - Ele responde - Eu sou exatamente isso que está a sua frente

- Mas - Tento retrucar mas sou cortada por ele.

- Olha ali - Ele fala me virando, apontando sobre meus ombros para uma pessoa que vinha na minha direção, espreito um pouco os olhos e logo reconheço aquela silhueta, era ele.

Automaticamente meus pés começaram a se mexer sozinhos, e eu corrir em sua direção, que já vinha ao meu encontro, meu sorriso cresceu de orelha a orelha, era ele, não era um sonho ou miragem era realmente ele.

Meus braços passaram ao redor do seu corpo, e eu o apertei, tateei suas costas com as palmas das minhas mãos, ele estava quente, como eu havia sentido falta disso.

- Benjamin! - Disse com a voz falha, meus olhos já estavam lacrimejados outra vez, malditos hormônios da gravidez.

- Oi pequena - Ele retribuiu meu abraço, e também deu um beijo sobre a minha testa - Como vocês estão?

- Agora? - Eu olhei diretamente em seus olhos - Estamos completos, não nos assuste novamente

- Perdão pequena - Ele diz - Não farei e não vou a lugar nenhum que não seja com você

Ele diz e logo toma meus lábios para ele, parecia que tudo ao nosso redor estava encolhendo e só existiam eu e ele, e o mundo finalmente parecia ser nosso.

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora