Me libertando..

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Capítulo 54

Caroline Vitale D'Angelo

Mais tarde naquela noite, eu ainda estava em choque com que eu havia descoberto mais cedo. Eu teria que contar a verdade para o Ben mais cedo ou mais tarde, chega de segredos, uma parte de mim não quer mais ser insegura em relação a ele, quer estar entregue de corpo e alma para ele, mas, uma outra parte de mim ainda tem medo de se machucar de perde-lo.

Olho no espelho como de costume vendo a maquiagem que fiz para esconder as imperfeições do meu rosto, é tão habitual fazer isso, me esconder atrás de uma imagem que não me reconheço uma imagem que deveria esboçar o mais perto possível a "perfeição".

Olho mais uma vez para o espelho vendo a imagem da minha mãe, e eu quase posso ouvir o som da sua voz dominante sussurrando ao meu ouvido: "Você tem que ser perfeita, ou vai acabar sozinha" Parece que acabou de acontecer, olho do fundo dos meus próprios olhos, cravando a unha na pele macia da minha mão.

De repente foi involuntário, minha mão de fechou bruscamente e foi na direção do vidro acertando o mesmo em cheio, o quebrando. NÃO! Eu passei a vida obcecada, buscando a sua aprovação, mas você escolheu partir, escolheu ir e agora eu escolho me libertar das suas pressões.

Observo a minha mão, ela esta ardendo mais a sensação é tão revigorante, é tão libertadora... Eu olho para a minha mão notando algo, eu sou independente esta na hora de tomar minhas próprias decisões eu tenho que me libertar de você mãe, só assim eu vou ser melhor.

Abro a porta do banheiro indo até o criado mudo que fica ao lado da cama, em seguida abaixo com cautela, e abro a gaveta pegando uma tesoura que estava ali, voltando para o banheiro mesmo o espelho rachado ainda consigo ver a minha imagem.

Respiro fundo tendo a certeza que eu realmente iria fazer aquilo, abro a tesoura trazendo a sua lamina afiada para perto dos meus longos fios de cabelos cortando primeiro do lado esquerdo e em seguida do lado direito. Coloco a tesoura em cima da pia desacreditada que eu realmente o fiz minha mãe se pudesse me ver com certeza me castigaria, mais eu me sinto mais leve, junto os cabelos que estão ao chão e jogo no lixo. 

Eu não irei mais pedir perdão por não ser perfeita e por não conseguir me libertar a minha vida toda tentei ter a aceitação do meu pai, e da minha mãe, que quando eu tive eu não percebi que eu havia me perdido de mim e esqueci de uma parte rebelde, eu só estava sendo neutra, apenas concordando com que era para mim proposto, agora serão minhas escolhas por mim e eu vou começar agora.

Peguei o demaquilante e um algodão, e comecei a retirar aquela "máscara" do rosto deixando o mesmo natural, passando um gloss de cereja nos lábios, agora eu estava pronta para a festa de anunciação, estava na hora de descer assim eu fiz. Assim que eu apontei minha face no início da escada notei os olhos de Benjamin que vinheram ao encontro dos meus e ele se pôs de pé, desci a mesma indo ao até o mesmo, por um momento o silêncio se fez no ambiente até falarmos ao mesmo tempo, algo do tipo "Você está bonito e você está magnífica" e em seguida o som das nossas risadas foram ouvidas.

- Pequena eu realmente tenho que dizer mais uma vez só para eu ter certeza que está ciente - Ele traz a mão ao meu rosto acariciando com o polegar - Você de fato é a criatura do mais bela que já esteve diante dos meus olhos, e acredite eu já vi mulheres de beleza sem igual mas você Caroline é mais que apenas beleza física e uma raridade, o mais belos dos anjos que já passou neste plano terrestre

- Você está exagerando Ben - Ele nega.

- Quero que você se veja como realmente é bela - Diz e eu sorrio feito boba - Alias preciso completar tudo o que disse antes e dizer que ficou muito linda com o corte do cabelo, eu adorei

- Obrigada! -  Afirmo e logo passo um fio de cabelo para trás da orelha - Eu realmente não sei o que dizer, eu não imaginei a nós, aqui..

- Confesso que eu também não mas até que eu gosto dessa leveza - Diz - Bom não queremos nós atrasar para nossa própria festa não é?

- Não mesmo - Dou uma pausa passando a mão na minha barriga fazendo carinho na mesma - Hoje é o nosso dia bebês

Benjamin passou a mão em minha cintura me levando para fora da nossa casa em direção do carro ao chegar no mesmo ele abriu a porta para mim e assim que eu entrei ele a fechou e deu a volta no veículo, entrando no mesmo.

Assim que ele deu partida, eu olhei para o banco do passageiro vendo algo que me chamou a atenção, ele notou e sorriu sem jeito, e sem tirar a atenção do volante ele pegou o objeto e me entregou, era um buquê de rosas brancas.

- Desculpe eu queria te dar algo hoje mas eu sabia o que te dar pensei em flores mas elas são simples demais - Disse.

- Essas são as rosas do canteiro do seu pai? - Perguntei e ele sorriu sem jeito outra vez - Ela são perfeitas

- Você lembrou? - Eu quase posso dizer que vir suas bochechas corarem.

- Claro, é uma parte de você - Levo minha mão para sua coxa acariciando - Você compartilhou comigo e eu jamais esquecerei

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora