Perdonami

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Capítulo 38

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

- Maria Julia Paes de Silva

Caroline Vitale D'Angelo

Tomei um banho demorado porque depois desta semana presa no Arremate, era oque e mais necessitava no momento vestir um roupão e sair em direção ao closet.

Me vestir e voltei para o quarto, suspirei fundo vendo que o Benjamin não estava aqui eu sou uma tonta por esperar algo dele no fim só irei me decepcionar. Fui até a janela do quarto e olhei para o jardim tudo estava tão verde e vivo, é bom ver cores novamente olhei mais um pouco e a porta do quarto foi aberta.

Não me virei para olha-lo permaneci de costas tentando ao máximo ignorar sua presença, ele fechou a porta e permaneceu no lugar em que estava, o silêncio tomou conta do quarto a não ser pelo barulho da respiração do mesmo que estava pesada.

O som dos seus passos deixaram meu corpo em alerta, parecia que o ar não era suficiente para respirar e estava faltando, ele estava correto próximo vir pelo seu reflexo no vidro da janela e meu levantou a mão para pegar no meu ombro mais eu intervir.

- Não me toque! - Digo baixo e ele abaixa a mão - O que você quer Don?

- O meu único desejo agora é que me perdoe, mas não sei se eu posso alcançar-lo - Ele diz baixo.

- Está certo a única coisa que vai ter de mim é o meu desprezo! - Falo olhando para o jardim, fecho minha mão com força fracionando minhas unhas contra a pele frágil tentando ter um pouco de controle - tentar ter o meu perdão é uma batalha que não pode vencer meu caro Don

- Se eu não lutar pelo que eu desejo... - Ele dar uma pausa e me olha - Só tem um nome e se chama perder...

- Perder.. - Eu sorrio triste - Quando o assunto é você eu só tenho duas escolhas, ter ou temer e agora eu sei que não te tenho

- Caroline.. - Ele parece tentar formular as palavras mas falha não terminando a frase.

- Diga oque me resta a não ser temer? - Respiro fundo tentando impedir que as lágrimas desçam - Sinto tanto por achar que a gente poderia ter algo, por perder meu tempo com alguém como você, alguém que nem se quer me ouvir para saber a verdade

- Você não sabe o quanto eu estou me martirizando por ter feito você sofrer.. estou sofrendo com o arrependimento das minhas escolhas - Ele diz.

- Benjamin por favor - Digo e sinto minha bochechas umedecidas, não conseguir impedir as lágrimas de descerem.

- Por favor olha para mim - Ele pede e eu me viro o olhando, sou surpreendida com a sua atitude quando o vejo se ajoelhar diante de mim - Eu estou muito arrependido! Me perdoa por favor

- Não me interessam as suas desculpas! - Digo firme e tenho a impressão que seus olhos encheram de lágrimas.

- Me perdoe, hoje eu descobri que não tem sentimento pior do que machucar a pessoa a quem prometemos amar e proteger, de quem prometemos cuidar, por isso hoje estou com o meu coração dilacerado, porque a machuquei... - Ele diz, é tão difícil me manter na posição que estou agora mas tenho que ser firme nas minhas decisões - Peço desculpas de verdade, e não são desculpas vazias, porque prometo que isso não vai se repetir e que jamais voltarei a ser insensível assim com você Caroline só me perdoe..

Ele me olha, já não segurando as lágrimas deixando elas molharem seu rosto, olho no para ele respirando fundo, a minha decisão me faz parecer a vilã desta história mas estou determinada.

- Como você pode me pedir perdão? - Dou uma pausa o olhando - Depois de tanta coisa que eu passei sozinha naquele lugar horrível você sabe que eu tenho pesadelo a noite, sabe que o escuro me apavora e você me deixou lá sem pensar duas vezes ao menos me ouviu

- Me perdoa Caroline eu estava apavorado pelo meu bebê, eu estava confuso cego! Eu tenho estado paranóico com a segurança dele - Ele tenta me tocar mais eu me afasto - Me perdoa Caroline, por favor.. estou te pedindo

- Não, não chega perto de mim! Não se aproxime - Ele leva as mãos ao seu rosto - Você me arrastou pelo braço para fora da nossa casa como se eu fosse uma qualquer! Me levou para aquele lugar horrendo e não se importou nenhum minuto que maneira horrível de me humilhar, um tapa naquele dia doeria muito menos.. E agora você quer que eu esqueça tudo isso? Claro que não..

- Caroline - Ele me olha enquanto as lágrimas tomam conta do seu rosto o que me corta o coração nunca pensei que o veria chorar.

- Eu não consigo! - Completo minha fala.

- Me diz oque e posso fazer para você me perdoar? - Ele pergunta e eu balanço a cabeça negativamente.

- Nada.. - Ele abre a boca para dizer algo mais eu o corto e me aproximo dele o alevantando - Levante porque minha decisão está mais que tomada, você quer o meu perdão lute por ele mas enquanto isso eu dormirei no quarto de hóspedes

- Não fique este é o seu quarto! Quem errou foi eu então eu irei - Ele diz.

Me afasto dele dando as costas para o mesmo, mas ele me impede me abraçando e eu fecho os olhos sentido meu corpo relaxar com seu toque, e eu me odeio por isso.

- Por favor não me despreze - Ele diz - Eu não suportaria..

- Benjamin por favor... - Digo baixo e ele me solta.

- Tudo bem mas eu não desistirei - Ele diz e sai do quarto, finalmente eu sinto que o ar que estava preso em me peito se esvaiu, fui até a cama e sentei nela sentindo uma tontura, preciso me alimentar.

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora