sempre sai.

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A sobrevivência de um organismo depende da sobrevivência de um outro.

- Charles Darwin

Capítulo 66

Benjamin Vitale D'Angelo

Vou abrindo os olhos lentamente, retomando a minha consciência, a última coisa que eu me recordo é de ter sido atingido por uma bala no ombro, felizmente este foi o único tiro que eu levei por está de colete.

Olho ao redor vendo um clima mórbido e O que parece estou em algum lugar subterrâneo com as mãos amarradas, e logo avisto a minha frente uma mesa com material de tortura, tenho minha atenção roubada por dois soldados a minha frente.

- Senhor Vitale? - Um dos guardas gritam comigo - Senhor Vitale? - Ele fala novamente demonstrando está animado com a situação atual, tanto que ele mostra em das suas mãos uma arma de choque.

- Você não me reconhece não é? - Ele fala e eu olho para ele, e ele está certo não o conheço ele provavelmente é irrelevante aqui, eu tento soltar minhas mãos verificando a gravidade do aperto nas cordas, o mesmo olha para o parceiro que dá de ombros e então aproxima a arma de choque em mim, me fazendo grunhir de dor - Eu faço as perguntas e você responde

- Vai a cagare, figlio di puttana - Digo rindo.
( Vá a merda, seu filho da puta )

- Bastardo - Ele diz novamente encostando a arma de choque em mim - Eu sou irmão daquele homem que você torturou e matou no dia do seu casamento, se lembra?

- Lembro - Falei baixo - Ele disse algo naquele dia

- O que? - Ele grita transtornado.

- Ele contou que eu vou matar você e todos os traidores - Falou sério e eles começam a rir

- Nós matar? - Ele joga a arma no chão e desfere um soco no meu rosto fazendo minha boca sagrar - Eu vou acabar com você

- É tudo o que você têm? - Eu rir - Minha esposa dar um soco melhor que você

No momento que ele vêm para cima de mim alguém adentra o ambiente mandando ele parar, logo reconheço pela voz que é ninguém menos que o meu amado sogro.

- lasciaci in pace, mentre gli parlo fai il giro del perimetro - Ele diz e os guardas saem.
( Me deixe a sós com ele, e façam uma ronda por todo o perímetro )

- Carlo quanto tempo, veio para o natal? - Eu digo debochando - O peru não está no forno ainda

- Bastardo - Ele fala - Não parece preocupado, estou a um passo de ter a minha vingança e você parece tranquilo?  Qual o seu problema? - Pergunta.

- Nenhum - Eu digo - Estou curtindo as férias sabe? Sem pressão de tudo, sonequinhas e claro as mensagens que estou recebendo

- figlio di puttana - Quando ele vem me dar um soco seu celular tocar, vejo que ele está ressentido de atender e por um momento ele exita mas logo atende e ouve em silêncio - Ouça Caroline, não se desespere - Ele diz e meu coração tem uma leve pitada de aflição - Não deixarei nada acontecer com vocês, preciso apenas de tempo

Ele fica sério ouvindo cada palavra que il mio cuore diz, eu não consigo saber se é verdade ou encenação porque não consigo ouvir a sua voz, apenas ouvir o que Carlo diz.
( Meu coração )

- O QUÊ? - Carlo resmunga irritado - ESSES BASTADOS FIGLIO DI PUTTANA, SCOPAM
( Filhos da puta, desgraçados )

Para um cara que sequestrou um líder da máfia, passar tanto tempo um ligação com a esposa dela não é nada inteligente.

- Fiquem tranquila que agora eu irei resolver esse assunto - Ele diz e eu reviro os olhos com suas palavras - Agora terei que ir - Diz desligando e olhando para mim - Isso não acabou ainda Benjamin

- Que pena - Dou uma pausa - Eu estava me divertindo tanto com o nosso reencontro sogrinho

- Bastado - Ele vira as costas e sae do ambiente me deixando sozinho, eu olho por todo o local procurando câmeras e não vejo nenhuma ou seja sua segurança está toda comprometida e está é uma oportunidade perfeita para escapar daqui.

Eu coloco um pouco de pressão na corda fazendo ela subir o suficiente para  que eu consiga desfazer o seu nó e me soltar, passo minhas mão no local onde estava a corda para ter um pouco de alívio.

Enquanto isso vou para a mesa onde tem alguns materiais de tortura e rio, armadores, pego o canivete e a arma de choque.

Esperei vários minutos até ouvir algum movimento e fui para ao lado da escada, logo a porta foi aberta e o guarda se desesperou ao não me ver e desceu a mesma rapidamente que nem se importou em verificar sua reta-guarda.

Passei então braço pelo seu pescoço com força tirando todo o seu ar enquanto o mesmo tentava lutar em buscar de algum sopro de vida, até que não demorou muito e ele apagou e eu o coloquei no chão próximo a escada.

Pego então sua arma que era UMP calibre 45, versatilidade da mesma é incrível, já que é desenvolvida compacta e projetada para a experiência de manuseio final devido aos seus padrões de segurança elevados.

Pego também seu rádio comunicador, seu boné e seu colete a prova de bala já que obviamente trataram de se livrar do meu, pego o canivete e olho para o cara recostado a escada.

- Você ficou do lado errado - Seguro o canivete enfiando no seu coração - Não me leve a mau eu tenho filhos para ver nascer e uma esposa para voltar

O Don Benjamin Onde histórias criam vida. Descubra agora