E Se Eu Te Perdoasse?

TENTATIVAS - CAP 39

Estavamos em um barzinho conversando onde tocava uma musiquinha ao vivo. O ambiente era agradável, pena que eu não estava ali.

Minha cabeça ainda estava no meu apartamento, em Any..

Ela fazia aquilo tudo pra proteger a irmã.. mesmo assim não foi certo o que fez. Ela devia ter me contado. Fiz papel de idiota.

Afinal.. eu nem confio nela, sabe lá se está falando a verdade.

Dulce: Né Poncho?

Dulce olhava pra mim sorrindo. O que ela estava perguntando?. Olhei pra Ucker e ele estava rindo.

Alfonso: Me perdoa.. eu não..

Dulce: Dessa maneira você não vai conseguir ..

Alfonso: Me desculpa

Dulce: Mas dessa maneira.. - ela olhou pra entrada do bar e deu um sorriso.- Quem sabe..

Olhei na mesma direção que ela.

Alfonso: Carolyne.. Dulce!

Ucker: Juro que não sabia - ele negou com a cabeça rindo.

Dulce: Sorry - ela disse encolhendo os ombros.

E então ela chegou a nossa mesa.

Carolyne: Poncho - ela disse se sentando ao meu lado e me cumprimentando.

A noite até que continuou agradável, mesmo com as piadinhas de Dulce sobre eu e Carolyne.

Dulce: Poncho te leva.

Já estavamos fora do bar.

Carolyne: Não tudo bem.. pego um taxi.

Alfonso: Não que isso.. não tem problema okay?

Já era tarde da noite. Não me custaria deixar Carolyne em casa.

E então nos despedimos do casal e fomos.

Alfonso: Pronto.

Disse estacionando em frente à casa dela.

Carolyne: Dulce disse que você terminou .. com aquela menina.

Assenti.

Carolyne: Queria fazer uma coisa mas não sei se vou estragar tudo..

A olhei, ela se virou pra mim e se aproximou.

Colocou a mão na minha nuca me puxando e encostou seus lábios no meu.

Foi algo rápido, técnico, sem o contato com as línguas.

Mas foi o suficiente pra perceber que não sentia nada.. foi algo em vão. Não era ela.

Alfonso: Não dá. - disse abaixando a cabeça.

Carolyne: Porque?

Respirei fundo e olhei aqueles olhos, que não eram azuis.

Alfonso: É comigo Carol..

Carolyne: Eu sei que.. ela foi importante pra você. Eu via isso. Mas eu só queria que me desse uma chance..

Alfonso: Já tivemos nossa chance..

Carolyne: Eu queria outra.. ou você pensa em voltar com ela?

Alfonso: Não. Não temos volta.

Carolyne: Então porque..

Alfonso: Não quero ser injusto com você Carol. Eu sei os sentimentos que tem por mim. Vai além de uma ficada.. e eu não to querendo nada sério agora

Carolyne: A gente pode tentar

Alfonso: Como vamos tentar algo se você sabe que penso em outra?

Carolyne: Eu posso te ajudar a esquecer.

Ela disse e me beijou novamente.

Fala sério. Anahí podia estar com meu chefe nesse momento. Porque eu ia ficar me privando por conta dela?

Que além de tudo me enganou.

Então coloquei minha mão na cintura de Carolyne a puxando.

Ela imediatamente veio pra cima de mim, com uma certa dificuldade, e se sentou no meu colo com as pernas abertas.

Não posso negar.. já tivemos muitas noites boas.

Claro que não se compara aos meus momentos com Anahí.

Lá vai eu dar uma de idiota e pensar nela novamente.

Então Carolyne colocou a mão na barra de sua blusa a levantando. Ficando só de sutiã na minha frente.

E então a olhei nos olhos, ela estava sorrindo, seus olhos brilhavam. Fechei os olhos por um momento. Eu não podia machucar aquela garota. Eu não podia me enganar.

Alfonso: Desculpa

Carolyne: Não pensa em nada.. - disse tomando meus lábios novamente.

E eu apertei sua cintura.

Mas logo a ficha caiu novamente.

Alfonso: Não dá..

Ela respirou fundo
Pegou meu rosto
E me deu um selinho.

E logo saiu de cima de mim voltando ao banco de carona.

Carolyne: Obrigada pela carona - ela deu um sorriso fraco.

Alfonso: Nada..

Carolyne: A gente se vê né?

Assenti.

Então nos despedimos e ela entrou dentro de casa. E eu dei partida pra minha.

Chegando ao apartamento troquei a água de Pitter e sentei no sofá com as mãos na cabeça.

Droga!

Até quando isso tudo ia doer em mim?

Eu literalmente precisava esquecer aquela mulher. Eu pelo menos devia tentar.. eu não consegui nem tentar com Carolyne.

Será que eu devia dar uma chance a Carolyne?