Alfonso: O senhor aguarda um instante?
Alfonso falou com o motorista. Depois de deixarmos a mala no hotel, seguimos para a casa de meus pais. A minha casa.
Alfonso: Quando você quiser.
Assenti.
Anahí: Só um minuto. - falei de forma baixa.
Ele assentiu segurando minha mão.
Fechei os olhos por um momento apertando sua mão.
Anahí: Podemos ir.
Ele assentiu sorrindo pegando minha mão e beijando.
Pegou a carteira pagando e agradecendo o motorista e abriu a porta pra saírmos.
Olhei direto pra casa, ainda com a pintura branca e a pequena escadinha de madeira na entrada.
Olhei ao redor, reconheci tudo e a cidade como sempre calma. Poucas pessoas transitando, umas correndo, outras passeando com seus cachorros..
Sorri sentindo o aroma daquele lugar. O meu lugar.
Não acredito que estou aqui novamente.
Olhei pra Poncho e ele sorria.
O abracei.
Anahí: Eu te amo. - falei com a cabeça enterrada em seu pescoço.
Alfonso: Eu sei. Eu também. Agora são as pessoas dali de dentro que precisam saber disso.
Olhei para a casa e senti minhas pernas bambas novamente.
Anahí: Não me solta - disse segurando seu braço.
Alfonso: Estou aqui.
E me encaminhou..
Cada passo, era uma lágrima que caía de meus olhos.Uma sensação inexplicável.
Subimos a escada e ele ficou me olhando..
Alfonso: Você tem que fazer isso.
Indicou a campainha.
Assenti mordendo os lábios.E apertei de uma vez.
Alfonso: Calma.
Ele falou com certeza pela razão de eu estar tremendo.
Ouvi o trinco da porta de uma chave. E a maçaneta girando.
Parecia que o momento foi em câmera lenta, a porta se abriu lentamente.
Minha mãe.
Ela olhou Alfonso e depois pra mim.
Do meu tamanho, o cabelo mais curto de como me lembrava, negros e lisos, e os olhos azuis como o meu.
Ela abriu os lábios e colocou a mão na boca.
Eu já chorava, agarrada no braço de Poncho.
Ninguém falava nada.
Só se ouvia meus soluços.
Então aos poucos ela se aproximou de mim, me olhando de cima a baixo.
Ela ameaçou tocar meu rosto, mas se conteve colocando as mãos nos cabelos.
Me larguei de Alfonso e a puxei para um abraço, enterrando meu rosto em seu ombro.
Ela me abraçou.
Minha mãe, me abraçou.O abraço aquecido, protetor.. aquele abraço dela.
Não sei por quanto tempo ficamos alí paradas apenas chorando e nos abraçando. Nem sei também quem tomou a iniciativa de se afastar para olhar uma pra outra.
VOCÊ ESTÁ LENDO
E Se Eu Te Perdoasse?
FanfictionHá uma ponte que vai da infância a juventude, cada um cruza o melhor que pode.