21 anos depois
Mansão Levy
Vitória
Vinte e um anos se passaram desde que o meu filho desapareceu e até hoje nunca mais tive notícias dele. Contratei detetives particulares e investigadores para o procurar por toda a parte e até hoje nada mas eu não vou desistir. Um dia espero ter o meu filho de volta em meus braços. Atualmente sou uma nova mulher, dona de uma grande empresa e sou casada com o Osvaldo Levy. Tenho a minha filha Ana que é a minha caçula de 18 anos e a Maitê que para mim é como se fosse minha filha biológica porque criei-a desde pequena. Eles sabem que eu tive um filho anterior ao meu casamento e dão-me todo o apoio nesta luta para o reencontrar. Soube que a dona Bernarda de Iturbide faleceu há uns meses atrás mas depois de tudo o que aconteceu na última vez que nos vimos nem me dignei a ir ao funeral dela porém do César nunca mais tive notícias. Sou tirada dos meus pensamentos quando oiço baterem à porta do quarto, dou permissão para entrar e quando olho vejo que é a Maitê.
Eu: Bom dia filha dormiu bem? [Dou um beijo na testa dela]
Maitê: Sim mãe e a senhora?
Eu: Mais do mesmo princesa! [Falo triste]
Maitê: Tem que pensar positivo e ter fé. Um dia ainda vai reencontrar o seu filho. Deus vai-lhe conceder esse milagre. Agora vamos tomar o pequeno almoço para depois irmos para a empresa?
Eu: Deus queira que sim. Vamos filha.
Nós saímos do quarto e dirigimo-nos à sala para tomar o pequeno almoço em família.
Enquanto isso
No orfanato
William
Hoje é o meu último dia aqui no orfanato. Vivo aqui desde que me conheço por gente. Nunca soube ao certo como vim aqui parar apesar de que a diretora, uma senhora muito simpática, disse que me encontrou num cestinho perto de um contentor do lixo e então decidiu cuidar de mim e trazer-me para aqui. Hoje começarei uma nova vida. Levanto-me da cama, faço as minhas higienes pessoais, visto-me e depois saio do quarto para ir tomar o pequeno almoço com os outros. Depois de pequeno almoço tomado vou buscar a minha mala ao quarto e depois vou ao gabinete da diretora para me despedir. Quando chego à porta, bato e ela dá-me permissão para entrar.
Eu: Bom dia Srª Diretora!
Diretora: Bom dia meu querido! Como estás?
Eu: Bem dentro do possível! Como bem sabe hoje é o meu último dia aqui e eu vim aqui me despedir.
Diretora: Eu sei! Olha eu estive a ver as casas de rapazes em idades como a tua e na mesma situação que a tua e temos uma aqui perto e tem vaga e dei lá o teu nome e está uma senhora à tua espera. É provisório até decidires o que fazer e tens aqui algo para te ajudar nos primeiros tempos até conseguires arranjar um emprego [Entrego-lhe um envelope com dinheiro]
Eu: Obrigado! A senhora foi como uma mãe para mim porque como sabe para mim eu não tenho pais porque como é possível um pai ou uma mãe abandonarem um filho assim? [Falo com mágoa]
Diretora: William já falamos sobre isto não podes julgar antes de saber o que de verdade aconteceu. Tens que aprender a perdoar meu querido.
Eu: Peço imensa desculpa mas não consigo, é demais para mim. Mas bem agora vou-me embora porém sempre que possa venho visitá-la.
Diretora: Boa sorte para esta tua nova vida meu querido! Espero que consigas concretizar todos os teus sonhos. [Despeço-me dele com dois beijos no rosto]
Eu: Obrigado!
Saio do gabinete e minutos depois já estou fora do orfanato pronto para começar uma nova vida. Sigo o meu caminho e antes de ir para a casa que a diretora me indicou, resolvo tomar um café numa pastelaria aqui perto. Entro na pastelaria, peço o café no balcão e pago-o e quando estava para me dirigir para uma mesa para me sentar, sem querer esbarro numa mulher acabando por a sujar com o café deixando-a irritada.
Vitória: Eihh! Já viu o que fez? [ Falo furiosa pelo que aconteceu]
Eu: Peço desculpa minha senhora! Não foi por mal. [Peço desculpa]
Vitória: As desculpas não vão apagar aquilo que fez. [Continuo furiosa]
Eu: Já lhe pedi desculpas. Lamento imenso isto ter acontecido porque eu estava de costas e quando me virei não a vi. [Tento ficar calmo com esta senhora irritante]
Vitória: Os donos deste estabelecimento deviam ter mais cuidado com as pessoas recebem aqui. Deviam receber pessoas menos idiotas e que estejam atentos por onde andam.
Eu: Olhe eu tenho estado calmo mas agora passou de todos os limites. Não me conhece de lado nenhum para me falar assim porque aliás devia ter mais respeito porque eu tenho idade para ser seu filho. Com licença! [Afasto-me de lá completamente furioso]
Saio da confeitaria furioso com o que acabou de acontecer e quando olho para a frente vejo dentro de um carro uma mulher linda , morena de olhos castanhos a olhar para mim. Trocamos olhares intensos, e eu começo a sentir algo dentro de mim que não sei explicar, mas entretanto noto ela receber uma chamada no telemóvel e eu decido seguir a minha vida com a mulher misteriosa nos meus pensamentos.
Continua...
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Um amor verdadeiro nunca morre
RomanceVitória Gutierrez é uma jovem que se apaixona à primeira vista por César, um rapaz de classe superior à dela. O romance ia bem até que algo acontece.... Vinte e um anos depois... William é um rapaz humilde, trabalhador, nobre e...