Capítulo 63

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Vitória

Saí do gabinete do Osvaldo completamente arrasada por tudo o que ele disse. Também quem é que me mandou ser uma completa arrogante e soberba? Agora estou a pagar caro pelos meus pecados. O Osvaldo e a Ana saíram de casa e o meu filho e a Maitê odeiam-me por tudo o que eu lhes fiz porém eu não vou desistir. Mas o que é que eu farei? Ah já sei irei pedir ajuda à Maitê de como eu posso localizar o William. Como ela agora está grávida de certeza que o William irá querer acompanhar a gravidez ou seja vai ser mais fácil de poder localizá-lo. Saio da empresa decidida a procurar a Maitê e neste momento estou à porta do apartamento dela à espera que ela me deixe entrar para conversarmos.

Maitê: O que é que está aqui a fazer Vitória? [Pergunto ainda parada à porta]

Eu: Será que podemos falar Maitê?

Maitê: Não tenho nada para falar com a senhora. Já não chega todo o mal que nos causou? [Falo fria]

Quando vou para responder vejo o William aproximar-se e colocar-se ao da Maitê de cara fechada.

Eu: Filho....

William: O que é que a senhora está a fazer aqui? [Pergunto irritado]

Eu: Eu vinha conversar com a Maitê mas eu não sabia que estarias aqui. Filho precisamos conversar.

William: EU NÃO ESTOU INTERESSADO NO QUE TENHA PARA ME DIZER. A SENHORA A MIM NÃO ME DIZ NADA.

Eu: Sou tua mãe William....

William: NÃO, NÃO É MINHA MÃE. PARA MIM A MINHA MÃE ESTÁ MORTA AGORA SENÃO SE IMPORTA VÁ-SE EMBORA JÁ QUE NÃO TEM NADA PARA FAZER AQUI [Falo furioso]

Eu: William....

William: Faça de conta que o seu milagre nunca se sucedeu. Que você nunca encontrou o seu filho e que o William, o seu pequeno William está morto e que só tem uma filha, filha essa que se chama Ana. Agora senão se importa porta da rua serventia da casa.

Eu: Não digas isso [Falo desesperada]

Maitê: É melhor ir-se embora Vitória. Ele não quer falar consigo.

William: Com licença [Fecho a porta na cara dela]

Depois de ele me ter fechado com a porta na cara eu começo a chorar arrasada. Como eu pude fazer tanto mal a quem eu mais amo? Agora o meu filho não me perdoa e nem quer saber de mim e eu mereço todo o desprezo dele depois de todo mal que eu lhe causei. Já que eu não consigo me expressar por palavras o meu arrependimento, tenho que mudar as minhas atitudes mas começo por onde? Começo a pensar por um bocado e acabo por ter uma ideia maravilhosa mas para isso vou precisar de ajuda de uma pessoa porém isto pode esperar até amanhã. Saio do prédio sorridente e determinada a que o inicio do meu plano dê certo.

William

Depois de tudo o que aconteceu eu acabo por escorregar pela porta abaixo e desabar a chorar.

Eu: Mamãe... [Falo arrasado]

Maitê: William...

Ela ajuda-me a levantar-me do chão e em seguida vamos para o sofá e sentamo-nos lado a lado.

Eu: Doí tanto Maitê...[Falo arrasado]

Maitê: Dói porque tens sentimentos e lá no fundo apesar de tudo o que aconteceu eu sei que amas a minha madrasta como tua mãe só que estás muito ferido aí dentro desse teu coração. [Aponto para o coração dele]

Eu: Não queria sentir isto Maitê. Eu queria odiá-la por tudo o que ela me fez mas eu não consigo. É tão mau descobrir que a pessoa que mais me magoou e humilhou ser a mesma que me deu a vida [Falo magoado]

Maitê: Não te vou julgar pelas decisões que tomares daqui para a frente porque eu própria não sei o que faria se tivesse no teu lugar. Eu não estou a defender o que ela fez, simplesmente vou-te contar algo que ela fez quando comprou a mansão.

Eu: O quê?

Maitê: Mandou remodelar um dos quartos lá da casa para ti para quando tu aparecesses e todos os anos no dia do teu aniversário comprava um presente para ti e colocava lá no quarto e depois dormia lá para o dia seguinte.

Eu: A sério? [Pergunto chocado]

Maitê: Sim.

Eu: Mas não quero mais falar sobre este assunto. [Limpo as minhas lágrimas] Obrigado pelo teu apoio Maitê.

Maitê: Apesar de tudo sou humana e tenho sentimentos e não te desejo mal William, e acredito que estejas a sofrer muito por tudo o que ela disse e fez mas em contrapartida fico contente que tenhas encontrado o teu pai biológico.

Eu: Também estou feliz que isso tenha acontecido. Passei anos pensando que o meu pai me tinha abandonado e afinal eu venho a saber que fui raptado no dia do meu nascimento a mando da minha avó paterna. Mas quem diria que afinal eu também viria a descobrir que um dos meus melhores amigos seria afinal também meu meio-irmão [Sorrio]

Maitê: Ganhaste uma família que te ama e que está disposta a dar o carinho que tu necessitas e que te foi negado por muitos anos.

Eu: E tu?

Maitê: E eu o quê? [Pergunto confusa]

Eu: Ainda me amas?

Maitê: William...

Eu: Schiu.....[Coloco um dedo nos lábios dela para silencia-la]

Viro-me de frente para ela e começo por lhe colocar uma mecha do cabelo para trás da orelha. Em seguida com uma das minhas mãos livres faço-lhe carinho no rosto e ela fecha os olhos ao sentir o meu toque. Começo por me aproximar lentamente dos lábios dela e sem conseguir resistir acabo por a beijar apaixonadamente. Ai que saudades que eu já tinha da doçura dos beijos dela. Ela tenta resistir porém acabar por corresponder ao meu beijo e eu sorrio satisfeito.

Continuamos a beijar-nos até que mais uma vez fomos interrompidos pela campainha. Porra! Quem é que nos ousa interromper desta vez? A Maitê desfaz o beijo e levanta-se nervosa do sofá e vai abrir a porta enquanto que eu suspiro frustrado e com uma fdp de uma ereção mas apesar de tudo sorrio satisfeito porque através deste beijo deu para eu perceber que a minha princesa ainda me ama apesar de não admitir o que me dá mais animo para não desistir de a reconquistar. Oiço vozes animadas e depois de me ter acalmado, eu levanto-me do sofá e vou ver quem chegou. Quando chego ao lado da Maitê fico feliz com quem eu vejo.

xX: Será que podemos entrar?

Continua...

Um amor verdadeiro nunca morreOnde histórias criam vida. Descubra agora