Osvaldo
Depois do Daniel me ter contado o que estava a acontecer e eu ter chamado a polícia, eu saio furioso da minha sala e dirijo-me até ao gabinete da Vitória. Quando lá chego oiço gritos vindos de lá de dentro e eu sem pensar duas vezes arrombo a porta e vejo a Vitória desesperada e o Alonso a fazer a minha filha de refém com uma faca apontada ao pescoço dela e fico desesperado.
Eu: SOLTA A MINHA FILHA SEU DESGRAÇADO [FALO FURIOSO]
Tento me aproximar mas ele me impede.
Alonso: NEM MAIS UM PASSO SENÃO ELA MORRE.... ELA VAI SAIR COMIGO DAQUI E NEM OUSEM IMPEDIR.
Eu: NÃO VAIS CONSEGUIR ESCAPAR...EU JÁ CHAMEI A POLÍCIA E JÁ DEVEM ESTAR A CAMINHO E TU VAIS APODRECER NA CADEIA QUE É O LUGAR DE SERES DESPREZÍVEIS COMO TU [FALO FURIOSO]
Ana: SOLTA-ME SEU IMBECIL [FALO DESESPERADA]
Eu: Filha calma...Vai correr tudo bem....
Vitória: Filha...calma...ouve o teu pai....Nós vamos te ajudar e vamos conseguir sair daqui ...
Ana: NÃO FALE COMIGO QUE ISTO QUE ESTÁ A ACONTECER É CULPA SUA POR ISSO NÃO VENHA DAR UMA DE QUERER AJUDAR PORQUE EU NÃO PRECISO DA SUA AJUDA [ FALO FURIOSA]
Osvaldo: FILHA....
Vitória: Filha... [Falo desesperada]
Ana: NÃO A VENHA DEFENDER PAI POR FAVOR....
Alonso: VAMOS QUERIDA QUE JÁ PERDEMOS TEMPO DEMAIS....
Ele arrasta a minha filha junto dele até fora do gabinete ficando de costas para onde o Daniel está escondido e nós seguimos atrás deles ficando de frente para eles.
Eu: LARGA A MINHA FILHA ALONSO....
ALONSO: NÃO [FALO IRRITADO]
Tento distrair o Alonso enquanto o Daniel começa-se a aproximar devagar por trás com um extintor na mão. Quando está próximo ele quebra o silêncio chamando-o.
Daniel: ALONSO....
Ele olha para trás e o Daniel não tem mais nada dá-lhe com o extintor fazendo com que ele soltasse a faca e a Ana viesse a correr para os meus braços.
Eu: Pronto filha já passou...[Tento acalma-la]
Ana: Tive tanto medo pai....mas temos que ajudar o Daniel....[Falo desesperada]
Eu olho para trás da Ana e acabo por ver o Daniel numa luta com o Alonso. Eu pego na faca que estava no chão com um lenço e guardo-a para depois entregar à polícia. Entre socos e pontapés, aos quais ele não se consegue defender, porque o Daniel é forte, ele pede ajuda mas eu não mexo uma palha. Ele está a ter o tratamento que merece e o Daniel sei que ele está a fazer justiça pelas minhas filhas e pelo William por tudo o que o Alonso provocou. Quando acho que já estava bom peço ajuda para separar a discussão e a tareia. Colocamo-lo trancado na salinha pequena das empregadas de limpeza e ficamos lá de vigia até à polícia chegar. Entretanto a polícia chega e levam-no preso para a judiciária com ele a dizer que iria voltar e se iria vingar de nós.
Enquanto isso no gabinete da Maitê
Maitê
Estava aqui na minha sala quando oiço gritos vindos do corredor e que parecem vir de perto do gabinete da Vitória. Quando me levanto para ir ver o que é que se passa e dou alguns passos sinto uma tontura tão forte, tento-me apoiar em algum sítio mas acabo por perder os sentidos e em seguida não vejo mais nada.
Voltando ao corredor
Ana
Depois da polícia ter levado o Alonso preso pelo que fez, nós pudemos respirar aliviados. Estou aqui nos braços do meu pai e com o Daniel ao meu lado e a minha mãe tenta se aproximar de mim mas eu a impeço.
Eu: NEM TENTE....[FALO IRRITADA]
Osvaldo: Filha porque estás a tratar a tua mãe assim?
Eu: PAI CHEGOU A HORA DE SABER A VERDADE...CONTO EU OU CONTA A SENHORA?
Daniel/Osvaldo: Que verdade? [Perguntamos juntos]
Vitória: Filha....
Eu: VOLTO A REPETIR A PERGUNTA: CONTO EU OU CONTA A SENHORA?
Vejo a minha mãe suspirar por perceber que já não tem hipótese e então quebra o silêncio.
Vitória: Eu conto...
Osvaldo: Estamos à espera então...
Vitória: Eu sou a culpada da separação entre a Maitê e o William. [Falo triste e abaixo a cabeça]
Osvaldo/Daniel: COMO É QUE É?
Vitória: Nem imaginam como eu me arrependo agora....Sinto-me um verdadeiro monstro [FALO TRISTE E ARREPENDIDA]
Osvaldo: EU AVISEI-TE VITÓRIA PARA NÃO MEXER COM A FELICIDADE DA MAITÊ QUE IRIAS CONHECER O VERDADEIRO OSVALDO.
Daniel: ESTOU MUITO DESILUDIDO COM A SENHORA [FALO DESILUDIDO] O WILLIAM NÃO MERECIA ISTO...ELE AMA A MAITÊ COMO NUNCA AMOU NINGUÉM. ELE DUVIDOU DA PALAVRA DELA POR SUA CULPA.
Vitória: Perdoem-me por não vos ter ouvido...Como eu fui uma ingénua em não ter acreditado em vocês e com isso ter destruído a felicidade do meu filho...Ele nunca me irá perdoar e eu mereço o desprezo [Falo arrasada]
Eu: ARREPENDIDA? POUPE-ME....SÓ DIZ QUE ESTÁ ARREPENDIDA POR TER DESCOBERTO O QUE DESCOBRIU...PORQUE SENÃO IRIA CONTINUAR COM AS SUAS ATITUDES. VAI SER PRECISO MAIS DO QUE PEDIDO DE DESCULPAS PARA A SENHORA CONSEGUIR PROVAR A SUA MUDANÇA.
Osvaldo: Filho? De que filho estás a falar Vitória? [Pergunto intrigado]
Daniel: Também estou curioso para saber tio.
Eu: Pai eu e a Maitê finalmente encontramos o meu irmão que desapareceu da maternidade há vinte e um anos atrás.
Daniel: E quem é minha linda?
Eu: O William...O mesmo William que nós conhecemos e cujo foi humilhado e maltratado pela própria mãe.
Osvaldo: OH MEU DEUS! [Falo em choque] TENS NOÇÃO DO QUE FIZESTE VITÓRIA? TIVESTE O MILAGRE MESMO À FRENTE DO SEU NARIZ E NÃO O SOUBESTE VER. PREFERISTE USAR DA TUA ARROGÂNCIA E SOBERDA PARA O DESPREZAR.
Vitória: Sim eu sei já me dei conta disso. Já estou a pagar pelo que fiz. Eu vou fazer de tudo para ter o amor e o carinho dele de volta. Ana e Daniel vocês acham que ele vai-me conseguir perdoar?
Daniel: Agora já sei de onde saiu o mau feitio do William e a sua "cegueira" quando está com raiva. Boa sorte nessa luta porque ele tendo o seu temperamento e sinceramente, conhecendo o William como conhecendo, a Vitória não vai ter tarefa fácil.
Eu: Bem eu agora vou ter com a Maitê porque fiquei de lhe contar tudo.
Osvaldo: Nós vamos contigo.
Fomos todos para o gabinete da Maitê. Após lá chegarmos batemos à porta mas não obtivemos resposta. Achamos estranho e então decidimos entrar e quando abrimos a porta vimos a Maitê desmaiada no chão da sala.
Eu: MAITÊ! [Grito aflita]
Osvaldo: Vamos levá-la para o hospital agora. [Falo firme]
Daniel: Vamos no meu carro.
O meu pai pega na Maitê ao colo e sai da sala connosco atrás dele. Descemos pelo elevador e quando chegamos ao rés do chão dirigimo-nos à saída. Entramos no carro do Daniel com o meu pai com a Maitê no colo atrás e em seguida dirigimos até ao hospital. Quando lá chegamos, enquanto o Daniel estacionava o carro, entramos com a Maitê ainda desacordada no colo do meu pai e pedimos para ela ser atendida com urgência. Dois enfermeiros trouxeram uma maca, deitamo-la e eles levaram-na para dentro para ser examinada enquanto nós ficávamos na salinha de espera à espera de notícias. Passada uma hora sem espera de notícias e com o Daniel já junto a nós, vimos um médico a aproximar-se de nós e nós levantamo-nos para saber do estado da Maitê.
Doutor: Familiares de Maitê Levy?
Osvaldo: Somos nós...Ela é minha filha....Como é que ela está? O que é que ela tem?
Doutor:........
Continua...
Este meu capítulo é dedicado à minha amiga @TaahLevyrroni. Muitas felicidades!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um amor verdadeiro nunca morre
RomanceVitória Gutierrez é uma jovem que se apaixona à primeira vista por César, um rapaz de classe superior à dela. O romance ia bem até que algo acontece.... Vinte e um anos depois... William é um rapaz humilde, trabalhador, nobre e...