Capítulo 61

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Ana

Eu e o meu pai entramos no carro e fomos ao hospital para ir buscar os meus irmãos e também para eu fazer um exame de sangue para saber se estou grávida ou não. Enquanto o meu pai dirigia, estou envolta nos meus pensamentos acerca de eu ir ou não ter um filho. Um filho!? Fruto do meu amor com o Daniel. Se for verdade eu já amo este serzinho que está aqui dentro do meu ventre. Acaricio a minha barriga ainda lisa e sorrio emocionada. Sou tirada dos meus pensamentos com o meu pai a dizer que chegamos ao hospital. Saímos do carro e entramos na receção e os meus irmãos já lá estavam à nossa espera. Aproximamo-nos deles e quebramos o silêncio.

Eu: Bom dia maninhos! [Sorrio]

Osvaldo: Bom dia filha! Bom dia William!

Maitê: Bom dia pai! Bom dia Ana!

William: Bom dia Osvaldo! Bom dia mana!

Eu/ Osvaldo: Tudo bem com vocês?

Maitê/William: Sim e com vocês? Já soubemos da possível novidade Ana. Então preparada para ir descobrir?

Eu: Estou um bocado nervosa porque se for verdade não foi uma gravidez planeada mas já vou amar com todo o meu coração.

Maitê: E vamos estar aqui para te apoiar.

William: E esse bebe vai ter um tio coruja que sou eu. [Sorrio]

Eu: Obrigada pelo apoio. Bem lá vou eu então.

Maitê: Queres que vá contigo mana?

Eu: Não é preciso obrigada maninha.

Maitê/ William/Osvaldo: Boa sorte então. Ficaremos aqui à tua espera.

Eu: Até já.

Saio da salinha de espera em direção a receção para fazer o registo da consulta. Minutos mais tarde sou chamada e eu sigo em direção ao gabinete do médico.

Enquanto isso

Na empresa Iturbide

César

Estou aqui na minha sala a rever alguns contratos quando a secretária do Damon que está a substituir o William diz que eu tenho uma pessoa lá fora para conversar comigo. Estranhei mas perguntei-lhe se ela disse o nome e a secretária diz que se chama Vitoria Levy. Vitória?! Mas o que ela quererá falar comigo? Já não chega as atitudes que teve para com o nosso filho e agora o que ela está fazendo aqui? Bem só há uma maneira de saber que é deixa-la entrar. Digo à Alicia que ela pode entrar e então a secretária retira-se e segundos mais tarde oiço passos e quando olho para a porta está a Vitória a olhar para mim. Mando-a entrar e sentar-se à minha frente e ela então aproxima-se, senta-se e em seguida quebra o silêncio.

Vitória: Bom dia César!

Eu: Bom dia Vitória! Há muito tempo que não nos víamos não é verdade?

Vitória: Sim, há exatamente vinte e um anos.

Eu: É verdade. Mas o que te traz por cá? [Pergunto intrigado]

Vitória: Vim conversar contigo sobre o nosso filho William.

Eu: FILHO?! Não tens direito de chamá-lo de filho depois de tudo o que fizeste. Tudo bem que não sabias quem ele verdadeiramente era mas era um ser humano que merece respeito. Agora é natural que ele não te queira ver à frente e nem te perdoe por todo o dano que tu lhe causaste.

Vitória: Eu estou arrependida César. É mas ele a ti perdoou-te, tu que nunca soubeste da existência dele e abandonaste-me indo para a faculdade. [Falo com raiva e ciúmes da relação dos dois]

Um amor verdadeiro nunca morreOnde histórias criam vida. Descubra agora