Capítulo 37

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Maitê

Quando o meu pai me pergunta o que eu quis dizer com aquilo que eu disse, fiquei sem saber o que responder e ele volta a insistir.

Osvaldo: Então filha estou à espera que me respondas ao que eu te perguntei. [Falo intrigado]

Eu: Desculpe pai mas não posso contar pelo menos até ter a confirmação primeiro. É um assunto sério e tenho receio que se zangue comigo por não ter contado nada, só peço que confie em mim e na Ana.

Osvaldo: Ai a Ana já sabe e eu não posso saber porquê? Ai já me estás a assustar filha, confia aqui no teu pai e conta e eu prometo que não conto a ninguém.

Eu: Promete que também não me vai julgar? [Pergunto com receio]

Osvaldo: Prometo filha.

Eu: Eu vou contar só o assunto para o pai ficar mais descansado mas não me faça mais perguntas por favor e eu na altura certa contarei tudo está bem?

Osvaldo: Está bem filha, eu vou confiar no teu bom senso e nas tuas decisões.

Eu: O assunto tem a ver com o filho desaparecido da Vitória.

Osvaldo: O QUÊ? Soubeste ou descobriste alguma coisa que nós não sabemos? [Pergunto curioso]

Eu: Posso ter descoberto mas o pai prometeu-me que não iria fazer perguntas. Não posso contar mais nada por favor agora não conte a ninguém principalmente à Vitória que é para não lhe criar falsas esperanças.

Osvaldo: Tudo bem filha. Vai ficar um segredo bem guardado não te preocupes. Eu vou confiar nas minhas filhotas que nunca me desiludiram.

Eu: Obrigada pai mas agora vou ter que ir embora. Beijo

Osvaldo: Tchau filha. Beijo.

Saio da sala e vou em direção ao elevador. Carrego no botão e as portas se abrem. Eu entro e depois carrego no botão no andar desejado, as portas fecham e o elevador desce. Quando chego ao meu destino, o elevador para, as portas abrem e eu saio em direção à saída da empresa. Depois ter saído do edifício entro no carro e dirijo em direção a minha casa.

Enquanto isso na sala de Osvaldo

Após a Maitê ter saído daqui da minha sala depois de me ter contado o que a Vitória fez, eu resolvo ir até ao gabinete dela exigir explicações. Saio do meu gabinete e dirijo-me até ao gabinete dela. Quando lá chego, bato à porta, ela dá permissão para entrar e eu abro a porta e entro.

Vitória

Estou aqui na minha sala com o Daniel a escolher algumas fotos das modelos para catálogos quando oiço baterem à porta, eu digo que pode entrar e quando olho vejo que é o meu marido que está a olhar para mim mas que não está com uma cara nada boa.

Eu: Oi meu querido! Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? [Pergunto preocupada]

Osvaldo: Oi Daniel! Será que nos poderias deixar a sós para nós conversarmos?

Daniel: Claro tio! Não tem problema!

Eu: Podes ficar Daniel. Nós ainda não acabamos e acho que não tem problema em ouvires a conversa.

Daniel: É melhor. Não quero incomodar.

Osvaldo: Se a Vitória quer que fiques, não sou eu que vou contrariar a sua ordem. Aliás o assunto que eu venho aqui tratar acho que tu já deves saber.

Daniel: Do que está a falar tio? [Pergunto intrigado]

Osvaldo: Do que se passou hoje de manhã no gabinete da Maitê.

Daniel: Sim já sei. O William contou-me. Como é que a tia foi capaz de fazer uma coisa dessas? [Falo desiludido]

Eu: Aposto que foi o teu queridinho que já te foi fazer queixa [Falo irritada]

Osvaldo: Não, não foi ele. Foi a Maitê que me contou tudo. Só te vim avisar que se tu ousares sequer interferir na felicidade da minha filha tu vais conhecer o verdadeiro Osvaldo. [Falo furioso]

Eu: Tu não estás a falar a sério? [Falo chocada]

Osvaldo: Estou a falar muito a sério! [Falo irritado] Podes ser minha mulher e ter criado a Maitê como filha mas isso não te dará o direito de decidires com quem ela deve ou não ficar porque ela já é maior de idade e dona do seu próprio nariz e se por acaso alguém o fizesse seria eu que sou o pai dela.[Falo furioso]

Eu: Só fiz o que é o melhor para a Maitê. Ele não é homem para ela. Eu não me arrependo e voltaria a fazer tudo de novo. Eu nunca o vou aceitar na família.

Daniel: A tia não tem sentimentos e nem coração [Falo irritado] O William é das melhores pessoas que eu já conheci até hoje. Um dia vai-se arrepender das suas atitudes e ainda vai sofrer bastante com as consequências dos seus atos e vai ficar sozinha.

Osvaldo: Eu não vou deixar que estragues a felicidade da minha filha! Ah e mais uma coisa! Eu hoje não janto em casa. Vou jantar com as minhas filhas, com os respetivos companheiros, com os meus sobrinhos e com um amigo deles para festejar o aniversário da minha filha.

Eu: E eu? Aposto que foi aquele imbecil que não quis que eu vá festejar com a Maitê e fez de propósito e não me convidou.

Osvaldo: Em relação a ti, tens a noite livre para fazer o que bem entenderes. Podes comer, dançar, cantar, pular porque vais estar sozinha e ninguém te vai incomodar.

Daniel: Não admito que fale mal do William à minha frente. [Falo furioso] Engane-se porque ao contrário de si apesar de tudo o que a tia já lhe fez, o William tem bom coração e marcou lugar a contar consigo agora se a tia não vai é por decisão daqui do tio Osvaldo mas se quer que lhe seja muito sincero eu não poderia estar mais de acordo com o que ele disse. A Maitê merece festejar o aniversário num ambiente agradável e não num ambiente com tensão.

Osvaldo: Bem eu já fiz o que tinha a fazer. Agora vou voltar para a minha sala para retomar o trabalho.

Eu: Saiam os dois! Eu quero ficar sozinha [Falo irritada]

Daniel: Como queira. Vamos tio?

Osvaldo: Vamos Daniel.

O Osvaldo e o Daniel saem do escritório e eu num acesso de raiva atiro os papeis para o meio do chão. De certeza que o Osvaldo estava a fazer bluff quando disse que eu iria conhecer o verdadeiro Osvaldo se eu interferisse na felicidade da Maitê, ele não era capaz de destruir um casamento por causa disto mas eu não posso deixar que ela sofra por alguém que não a merece. Eu só quero o bem dela e ela um dia ainda me vai agradecer e por isso decido ligar a alguém que me pode ajudar neste assunto. Pego no telemóvel e faço a chamada e ao segundo toque atendem.

Eu: Oi! Será que podemos falar?

Continua....

Um amor verdadeiro nunca morreOnde histórias criam vida. Descubra agora