O vôo do Cisne

Parte II - Mistério do Amor: Capítulo LI

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O VOO DO CISNE
PARTE II
CAPÍTULO LI

(RENAN)

   Eu que considerava minha vida monótona demais, agora simplesmente aproveitava cada segundo, entre aventuras e descobertas, ao lado do meu bombeiro. Dia após dia, eu o desejava cada vez mais, se eu era um cisne, ele era uma fênix. Nós dois a voar nesse imenso céu, diante de estrelas que testemunham nossa felicidade.

  Entre nossas escapadas diárias, perdíamos completamente a razão, entre beijos e amassos. Parecia que não havia dia ruim com ele. Heitor fazia de tudo para me deixar feliz, o que considerava muito bom, mas às vezes eu não sabia o que fazer para agradá-lo.

  — Amor, eu soube que amanhã alguém faz 25 anos —. Estávamos na sala, durante suas escapadas noturnas pós-faculdade.

  — Como você soube? —. Perguntou sorrindo, sua cabeça repousava em minha coxa, ele estava ali me olhando, todo bobo, como uma criança olhando um pote de doce.

  — Digamos que eu tenho meus métodos. Então vai querer o que de presente? —.

  — Não sei, não gosto muito dessa coisa de presente —.

  — Ah, deixa de ser chato vai. Eu quero te dar algo —.

   — Mas não preciso de nada mais, eu tenho você, tenho a vovó. Não preciso de coisa alguma —.

   — Não ligo, vou te dar um presente e se não aceitar, vamos ficar uma semana sem fazer aquele negócio que você gosta —.

   — Você joga baixo não é Renan? —.

   — Fazer o quê, você também e bem difícil —.

   — Vovó mandou chamar um pessoal amanhã lá pra casa, meus amigos, ela vai fazer um jantar e um bolo. E é claro você é a pessoa que eu mais quero lá —.

   — Jantar na sua casa? Tudo bem, mas tem uma coisa, um de nós vai ter que tirar a aliança, porque senão todos vão perceber —.

  — Você tira, mas guarda, quero ver você usando ela todos os dias —.

   — Tudo bem — Às vezes eu ficava besta, vendo o quão bonito o Heitor era, parecia que havia saído do cinema de tão perfeito.

   — Sabe, Às vezes eu penso, e acho que temos que fazer uma viagem juntos —. Digo.

   — Sim uma viagem, perfeito, esse vai ser meu presente de aniversário pra você —.

   — Mas viajar pra onde garoto? —.

   — Gramado, Campos do Jordão. Lugares assim. Imagina nós dois, em um quartinho de hotel, bem confortável, daqueles com lareira. Abraçados vendo a vista da serra e aproveitando o frio —.

   — É uma boa ideia, mas acho que não dá, esses dias ando meio atarefado, ainda mais não posso deixar minha avó sozinha —.

   — Quem disse que vai ser agora? Olha, toda faculdade é também o ballet entra em recesso de Natal —.

   — Natal? —.