Capítulo CXXXVI

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Eu realmente não esperava por aquela pequena festa. Esperava menos ainda que o meu amor estaria ali, eu amava demais aquele homem, só a sua presença conseguia me desestabilizar inexplicavelmente.

— Oi, feliz aniversário, eu trouxe isso para você —. Ele me deu uma caixa muito bonita, olhei para ele achando aquilo muito bonitinho.

— Posso te abraçar? —. Me questionou. Assenti com a cabeça, ele então se abaixou e abraçou-me, fechei os olhos, e me entreguei ao seu abraço, parecia que eu não estava mais naquela situação desoladora e que tudo agora estava bem, que irônico. Ele cheirava tão bem, eu senti falta daquele cheiro.

— Porra, eu te amo demais cara, depois que você chegou a minha vida tudo melhorou inexplicavelmente, eu só queria poder te beijar de novo, te amar de novo. Mas tudo bem se você não quiser, se quiser que eu suma da sua vida é só pedir também, vai ser difícil confesso, mas por você eu faço qualquer coisa —. Heitor falou no meu ouvido enquanto nos abraçávamos.

— Por favor não vai embora, fica comigo, você é tudo o que eu tenho agora, eu não quero mais viver longe de você, que se dane tudo. Fica comigo. Eu quero viver com você, eu quero uma vida com você —.

— Eu fico com você, hoje e sempre, me perdoa por tudo, por favor, me perdoa pelas vezes em que eu não acreditei em você, me perdoa pelas vezes que gritei com você, que te deixei sozinho quando eu deveria estar com você. Eu errei, eu sei, fui um péssimo namorado. Mas eu quero consertar isso, nascemos um para o outro eu sei disso, eu sinto isso —.

— Amor, não tem nada a ser perdoado, você errou e eu também, sempre os mesmos erros, mas e daí? O que realmente importa é eu e você! —. Olhei bem fundo nos seus olhos, e tudo o que eu senti foi felicidade, uma felicidade inexplicável, eu não tinha nada, eu não era mais nada, mas eu o tinha e eu era dele, e nada mais importava.

— Eu te amo Renan — Primeiro ele cochichou no meu ouvido e depois gritou — EU TE AMO RENAN —. Olhei ao redor todos nos olhavam, minha mãe sorria, sorri de volta. De repente Heitor me surpreende com um beijo longo e carregado de sentimentos que simplesmente adorei.

Depois desse beijo, aquela noite foi simplesmente incrível, eles cataram parabéns para mim, o meu bolo era incrível, ele era todo cheio de chocolate, também havia 22 velinhas coloridas, que eu conferi o número. O primeiro pedaço eu destinei ao meu loiro, ele ficou tão feliz. Mas quem foi bajulado mesmo fui eu, ele me deu bolo na minha boca.

Quando todo mundo foi embora, ficamos apenas nós dois na varanda, ambos sentados, eu estava com minha cabeça apoiada em seu ombro.

— Não sei se seus pais te falaram, nem me lembro se eu falei, mas quando você estava em coma, eu rezei ao anjo Rafael, para trazer você de volta pra mim, e ele trouxe no mesmo instante, você acordou e estava agitado, disseram que estava falando o nome Rafael sem parar, chamando por esse nome —.

— Eu sonhei com um menino, ele parecia com você, eu achei que era você quando era criança, então te chamei, gritei pelo seu nome, e o que ele fez foi me dar uma flor e dizer: "Meu nome é Rafael". Depois ele saiu correndo, chamei por ele, mas aí ei acordei —.

— Rafael vai ser o nome do nosso filho, para agradecer ao anjo —. Ele beijou minha mão e depois meu rosto.

— Rafael, eu gosto desse nome. Já imaginou se ele nasce igual a você? Ele seria tão perfeito, seria o nenê mais lindo desse mundo —.

— Queria ele parecido com você com esse cabelão, imagina ele correndo pelo quintal sem camisa fazendo bagunça —. Sorrimos.

— Mas vou logo dizer, se o senhor está pensando que eu vou trocar frauda está muitíssimo enganado, pode tirar o seu cavalinho da chuva —.

— O quê? Nunca que eu pensei que um príncipe como você iria trocar fraudas —;

— Pensou sim, seu cara lisa —.

— É, pensei —.

— Amor, dorme aqui, por favor —. Eu disse, ele beijou minha cabeça e assentiu.

Logo em seguida meu levou ao meu quarto, meus pais estavam dormindo. Entramos, a primeira coisa que ele fez foi olhar o meu porta-retrato.

— Você guardou, pensei que já havia se desfeito —.

— Nunca que eu ia me desfazer da coisa mais preciosa que já ganhei na minha vida —.

— Sabia que toda noite antes de dormir, eu olho para essa foto e fico pensando na sorte que eu tenho, e no quão perfeito é o meu namorado —.

— Seu não estivesse com esse gesso eu iria te mostrar o quão perfeito eu sou —. Falei, ele sorriu, depois ele me deitou na minha cama. E depois se deitou ao meu lado, ele arrumou meu travesseiro, pegou o meu cobertor.

— Está esperando o que gostosão? Tira logo essa roupa —. Falei e ele ficou totalmente surpreso. Mas me obedeceu, acho que era isso o que eu mais gostava no nosso relacionamento, mandar naquele homem e ele me obedecer sem nem questionar. Minha mão visitou aquele peitoral que eu tanto amava, passei devagar indo mais abaixo. Ele gemia baixinho, olhei para ele, ele mordicava o lábio. Passei minha mão por cima de sua cueca.

— Amor, você quer mesmo fazer isso, não vai te fazer mal? —.

— Shiu —. Tirei para fora, estava bem ereta, ele nem sequer disfarçava. Segurei sua mão e fiz ele ficar na minha frente e assim eu fiz o que aquele loiro mais gostava, e que também eu gostava.

O vôo do CisneOnde histórias criam vida. Descubra agora