Capítulo LXI

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(Renan)

Abri os olhos, eu ainda estava no quarto do Heitor, aquilo então não foi um sonho, olhei para o meu lado e lá estava ele dormindo tranquilamente. A luz que entra da janela me incomoda, olho no relógio e percebo que era bem cedo ainda e eu estava morrendo de sono. Portanto me levantei, caminhei até a janela e fechei a cortina deixando o quarto escuro novamente. Depois voltei e fui me deitar. Heitor me abraça e me puxa para mais perto dele, ele ainda dormia feito uma pedra. Adormeci mais uma vez.

Quando acordei novamente eu estava sozinho na cama, o relógio indicava que era nove da manhã.

- Heitor? Heitor? -. O chamei e não obtive resposta, fui ao banheiro e ele não estava lá. Saí do quarto, desci as escadas em direção a sala de estar, ele também não estava lá, até que ele me chama.

- Bom dia amor, dormiu bem? -.

- Heitor sua avó, quer que ela ouça? -.

- Ela foi a igreja, estamos a sós -.

- Bem nesse caso então, dormi bem sim. Caminhei até perto dele, e lhe dei um abraço bem apertado, seu cabelo estava um pouco bagunçado, mas ele ficava tão fofo.

- Por que me deixou sozinho lá em cima? -.

- Porque você estava dormindo e eu não quis te acordar, aproveitei para ir a padaria e comprar algumas coisinhas para nós. Queria fazer um café da manhã especial para você -.

- Não precisava, mas já que você fez -. Dou uma bitoquinha na sua bochecha. Em seguida me sento a mesa.

Eu ainda estava bêbado de sono, mas lúcido o suficiente para saber que aquela havia sido uma noite inesquecível, do começo ao fim. Minha vida com Heitor era desse jeito, era tudo muito rápidos e intenso.

- Ainda pensei em levar café na cama para você, mas você se acordou, então acho que não vai ser hoje -.

- Relaxa amor, você vai ter muitas oportunidades para fazer isso -.

Depois do delicioso café que meu namorado gentilmente fez. Pedi licença e fui tomar um banho.

(Heitor)

Já que estávamos a sós, não vi mal algum em me juntar a ele no banho.

- Posso entrar? -. Indago.

- Não sei Heitor, vai que sua avo chega aqui e nos pega, você brinca demais com o perigo garoto -. Disse.

- Não vai pegar não -. Tiro minha toalha, ficando completamente pelado em sua frente, eu sabia o quanto ele gostava do meu corpo, e às vezes eu usava isso ao meu favor.

- Você anda muito tenso, precisa de uma massagem, quer uma? -. Questionei enquanto me aproximei devagarinho. Ele se virou, deixando suas costas nuas a amostra, a água descia por seu monumental corpo, correndo entre as curvas, meus olhos se deliciam com a visão de suas nádegas avantajadas.

Minhas mãos seguram em seus ombros, enquanto me aproximo mais mais e mais, até que mordo sua orelha. Ele se arrepia completamente, vejo seu lábio sendo mordido, ele sentia prazer isso era evidente. Masaageio a pele de seu ombro e depois massagem suas costas até chegar finalmente aonde eu quero. Dou uma agarrada bem forte ele solta um gemido baixinho.

- Eu vou te beijar, mas dessa vez vai ser bem diferente, meu príncipe -. Digo ao ficar de joelhos e segurar bem suas nádegas.

•••

Depois de mais uma vez fazermos amor, me troquei, Renan mais uma vez ficou fazendo seu ritual de beleza, cremes e um monte de coisas. Esperei lá embaixo enquanto fui preparando o almoço.

Foi aí que vovó ligou avisando que iria jantar na casa de uma amiga da igreja, Denise. Fiquei feliz ao saber que eu teria mais tempo com o meu amor.

E quando ele apareceu na cozinha usando minhas roupas, achei tudo aquilo engraçado.

- Amor me dá essa blusa, amei tanto ela -. Disse todo bonitão, com seu cabelo seco e arrumado, e exalando um doce perfume.

- É sua -. O chamei com a mão e lhe dei mais um abraço.

- Eita que você está muito romântico hoje, o que aconteceu? -.

- Nada, só estou feliz de termos passado nossa primeira noite juntos, a primeira de muitas aliás. E também feliz por ter o prazer de você estar aqui comigo -. Ver o brilho em seus olhos enquanto ele me ouvia falar era incrível.

- Espera só o Natal chegar, aí vamos passar uma semana inteira juntos, até cansar um do outro -.

- Isso jamais -.

- Posso te ajudar com o almoço? -.

- Não precisa amor, senta e só espera tudo bem? -.

- Não tudo mal, quero te ajudar, afinal tenho que agradecer pelo café da manhã e também quero mostrar meus dotes culinários para o meu namorado -.

- Sabe cozinhar? Onde aprendeu? -.

- Bem, é uma história bem engraçada. Na verdade aprendi a cozinhar na casa dos meus pais, eu assaltava a geladeira de madrugada, já que minha mãe era uma chatice com minha dieta. Aí foi que aprendi a cozinhar. Primeiro fazendo macarrão, depois outras coisas -.

- Quer dizer que além do meu namorado ser um bailarino ainda cozinha? Será que tem partido melhor que você? -

- Se tiver me diz quem é, pra tirar ele do seu caminho -. Lhe dei uma bitoquinha. Cozinhando juntos acabei descobrindo que fazer tudo com ele era divertido. Embora eu tenha ficado aflito vendo ele cortar os legumes de uma maneira perigosa com a faca. Depois de comermos, fomos para o sofá, onde ele se deitou na minha coxa e ficamos assistindo tv. Conhecendo minha avó eu sabia que quando ela ia a Denise, só voltava quando tudo estava escurecendo, já que lá era o local de encontro de alguma de suas amigas mais íntimas.

- Você é de verdade? -. Questionou todo bobo, com aqueles olhos melancólicos dentro dos meus.

- De carne e osso. Me questiono também se é de verdade, mas lembro que você tem muita carne em certo lugares -. Ele deu um sorriso meio que constrangido.

- Você é mesmo um... -. Nesse momento Renan é interrompido por alguém batendo a porta. Não era minha avó, afinal ela tinha as chaves, eu não estava esperando ninguém. Então aquilo era um grande mistério, Renan rapidamente se levantou e se sentou normalmente.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO

O vôo do CisneOnde histórias criam vida. Descubra agora