Capítulo Seis - Fuga Desenfreada

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Continuação

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Lilian guiou os gêmeos para longe da confusão. Eles dobraram uma esquina e adentraram um corredor com altos pilares vermelhos que dava vista a um jardim de grama amarelada que lentamente adotava uma cor branca. Os flocos de neve caiam como algodões sobre a copa das árvores, conferindo ao lugar um ar de calmaria.

Aaron lançou um olhar preocupado ao irmão, que teimava em segurar as lágrimas que com muita dificuldade escorriam por suas bochechas avermelhadas. A cada respiração, era possível ver uma lufada de ar frio à frente de seu rosto.

Em voz baixa, Ethan clamava por uma luz, alguém que pudesse socorrê-los, e que de preferência não fosse uma serpente traiçoeira que se ressentia dele e do irmão por terem roubado seus preciosos filhotes. Embora a fera mágica não tivesse demonstrado hostilidade, ambos sabiam que ninguém seria tolo ao ponto de tratar bem alguém que lhe fez mal.

— Senhora Lilian, para onde estamos indo? — Aaron perguntou.

A situação de Aaron não era muito diferente da de seu irmão. Sua corrida desenfreada em busca de um lugar seguro resultou na sujeira que se acumulava na barra de suas vestes, no suor frio que descia pela testa e nas pernas doloridas que clamavam por descanso.

— Eu também não sei, mas por hora o melhor que podemos fazer é nos afastar do palácio Hibisco e encontrar um lugar seguro. Há muitos guardas por aqui, e não sabemos quem é amigo ou inimigo.

Ao chegarem ao final do corredor, contornaram os muros de um edifício adornado com duas enormes estátuas de qilin em cada lado. As estátuas eram esculpidas em pedra cinza com detalhes intrincados que destacavam as escamas e os chifres das criaturas lendárias. No telhado, miniaturas das estranhas criaturas também estavam presentes, alinhadas em uma fileira que parecia vigiar os arredores. Esses qilins, símbolos de prosperidade e protetores de edifícios e pessoas, com suas expressões ferozes e posturas imponentes, pareciam, no entanto, não estar cumprindo bem seu papel.

Em uma corrida desenfreada, adentraram uma densa floresta cercada por árvores mágicas. Essas árvores, com folhas amarelas e brilhantes, purificavam o ambiente ao serem expostas aos raios solares. Curiosamente, elas foram plantadas a fim de afastar as feras corrompidas que os cultivadores impuros domavam.

Lilian podia sentir a fraca e quase inexistente presença dos assassinos, era como se já estivessem há algum tempo na floresta apenas aguardando o momento certo para atacar. Ela abaixou o olhar para os garotos que respiravam pesadamente e suavam frio. Os dois olhavam ao redor, alarmados. Aparentemente, o par de gêmeos já havia percebido que o inimigo os espreitava naquele mar de árvores mágicas.

— Príncipes, me perdoem pela descortesia! — Lilian se inclinou e agarrou a cintura dos dois, colocando-os debaixo dos braços.

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