Capítulo quarenta e cinco - Desculpe e obrigado*

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—  An… Eth … Ethan!

Uma voz longínqua chamava-lhe persistentemente, essa voz etérea tornava-se mais próxima conforme sua consciência retornava. Assim que abriu os olhos notou que o lugar era inundado pela escuridão.

— Aaron, é você?

— Sim, você está bem?

— Não, eu acho que morri — Ethan disse, e um leve riso soou próximo de seu ouvido, seguido de um leve bater de asas.

Uma sensação estranha acometeu-lhe, Aaron não riria nesse tipo de situação, no máximo falaria algo sarcástico, sem contar que não era o tipo de pessoa que sorria ou ria com facilidade.

— Você ainda não morreu, mas não vai demorar até que isso aconteça.

Na hora que ia perguntar o significado de suas palavras, sentiu uma leve movimentação contra si, a mão deslizou lentamente por seu tórax e em seguida tateou sua bochecha, terminando por pousar sobre seus lábios tapando-os.

— Shhhh — o leve chiado veio a sua frente.

— Hmmp! Mp!? — Ethan agarrou o pulso e tentou libertar-se.

— Pare! — Aaron sussurrou.

— O que está fazendo? — Ethan perguntou.

— Cala a boca! — Aaron sussurrou.

Acho que me machuquei durante a queda — a voz do irmão voltou a reverberar contra as paredes da caverna, depois sentiu algo pousar sobre sua bochecha.

Estranho, deveria ter morrido após a queda, mas ao invés disso lá estava ele passando por uma situação estranha, talvez já estivesse morto… não, isso não, podia sentir a respiração de Aaron próximo de si, então isso significava que de alguma maneira conseguiram sobreviver a queda, mas isso era impossível.

— Você consegue se levan… — Ethan levou um tapão no rosto antes mesmo que pudesse terminar — Por que você me bateu!?

 — Será que ainda não entendeu que não era eu quem estava falando com você? — Aaron disse irritado, ele se afastou de seus braços e sentou-se. 

Ethan apertou os olhos tentando desvendar o que o irmão fazia, desistindo, ele simplesmente fez um sinal de mãos invocando um fogo que flutuou fracamente como um vaga-lume, o que fez com que o lugar se iluminasse parcialmente. Eles haviam caído em uma caverna e de onde estavam conseguia ver pelo menos quatro cavidades irregulares.

— Você se machucou? — ele pegou a mão que Aaron limpava na roupa, deixando manchas de sangue. Ao examiná-la percebeu que não havia ferimento algum.

— Esse sangue não é meu — suspirou, aproximou a mão do rosto do gêmeo e deslizou-a pela bochecha dele, quando voltou a recolhê-la haviam pedaços de asas de borboleta misturados com sangue.

Coroa do Sol (CrS)Onde histórias criam vida. Descubra agora