Capítulo Dezoito - Reencontrando Agnes

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Agnes emergiu da escuridão, suas escamas brancas refletiam a luz suave da lua como um manto de prata. Ela movia-se com uma graça quase sobrenatural, cada movimento era um deslizar fluido e silencioso. O brilho suave de bolhas de luz, flutuando no ar como estrelas capturadas, chamou sua atenção, lançando uma aura hipnotizante sobre o caminho à frente. Intrigada, ela seguiu as bolhas, atraída pela beleza inesperada que iluminava a escuridão ao seu redor.

À medida que Agnes se aproximava, a cena diante dela se tornava cada vez mais clara. Dois garotos humanos surgiam à vista, abraçados com uma intensidade desesperada, como se buscassem conforto e proteção um no outro. O medo era palpável em cada movimento deles.

A serpente inclinou a cabeça, aproximando-se o suficiente para observar suas expressões aterrorizadas. Seus olhos vermelhos, agudos e atentos, capturavam cada tremor e gesto. O que aqueles meninos faziam sozinhos em um bosque tão perigoso? Seriam filhos de nobres ou simples vítimas de um destino cruel? Eram claramente imprudentes, mas tinham sorte de não terem encontrado criaturas mais vorazes.

Um dos garotos, com os olhos arregalados e cheios de terror, ousou encará-la. Seu rosto pálido, iluminado pela luz tênue das bolhas flutuantes, revelava lábios que tremiam, tentando formar palavras que não conseguiam sair. Ele parecia em pânico, a tentativa de um grito silencioso de socorro era claramente inútil diante da situação.

Agnes sorriu internamente, divertindo-se com a impotência dos garotos. Quem, em seu juízo perfeito, adentraria um bosque repleto de feras mágicas?

Quando o outro garoto virou o rosto, uma onda de familiaridade tomou conta dela, e por um momento, o tempo pareceu parar, suspenso entre o passado e o presente. Aqueles olhos... brilhantes e intensos como o sol. Só poderia ser ele, o mestre que ela havia servido e cuja memória ainda queimava em sua mente. Aaron Albélia, o Tirano Louco.

Aaron ascendeu ao trono do Sol após a morte do imperador Derick Albélia, que, em seu último ato, passou o poder a ele. A transição de poder, contudo, não foi pacífica. O reino foi sacudido por intensos conflitos populares, com muitos acreditando que Darius, o ex-príncipe herdeiro, era mais adequado para governar. Além disso, havia facções que defendiam uma democracia, o que exacerbava a turbulência política. A população, já dividida e desconfiada, via Aaron com ceticismo, questionando sua legitimidade e capacidade de liderar.

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