Capítulo Dez - Seu nome é Agnes!

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Continuação

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Apesar da discussão acalorada à sua frente, Aaron mantinha sua atenção fixa nos dois ovos que repousavam sobre a almofada na mesinha de carvalho. O príncipe sentia uma mistura de ansiedade e nostalgia, como se estivesse revendo uma velha companheira. 

— Agnes… por favor, me perdoe — ele sussurrou, a voz carregada de tristeza e arrependimento. 

Mesmo depois de todo o esforço e sacrifício para ascender ao posto de Oficial Celestial, no fim, ele havia caído, retornando à estaca zero com um cultivo cheio de impurezas. Seus inimigos deviam rir dia e noite de sua desgraça; era hilário que alguém com uma veia espiritual de pureza, que chegou até os altos céus, terminasse corrompido até os ossos. 

Embora não houvesse qualquer alteração visível na casca do ovo, assim que o pequeno filhote, adormecido em seu interior, ouviu o chamado, abriu os olhos preguiçosamente e olhou na direção de onde viera a voz de seu antigo mestre.

A pequena serpente encolheu-se em sua "concha" e voltou a fechar os olhos. Sentia-se estranha, como se estivesse flutuando no vazio, onde quer que olhasse, tudo era escuridão. Agnes não sabia como reverter sua situação e, ao ouvir a voz de Aaron, imaginou que, após o golpe que recebeu da Espada Sagrada ao tentar salvá-lo, ambos agora se encontravam no grande vazio do pós-morte. 

Kaylus sabia que precisava escolher suas palavras com cuidado para não provocar ainda mais conflitos. Aproximando-se do irmão mais velho, ele começou a falar, sua voz era firme, mas com uma ponta de preocupação.

— Minha Imperatriz, entendemos que esteja preocupada com o futuro dos gêmeos, principalmente após o ataque no Palácio Hibisco, mas eles não estão aptos para lidarem com essa responsabilidade! — Kaylus exclamou.

— Sim, os filhotes possuem um potencial destrutivo imensurável, se não forem controlados adequadamente, poderão causar danos irreparáveis não apenas aos garotos, mas também ao reino de Marguentano e ao próprio Império do Sol. — Darius reforçou, observando as reações dos gêmeos que cochichavam e da mãe que carregava um olhar descontente. Kaylus colocou uma mão firme em seu ombro, buscando apoio e também oferecendo suporte. 

— Antes de ter pensamentos tão gloriosos, os garotos precisam se cultivar, e isso não é questão de alcançar uma Condensação de Ilítia ou uma Formação de Núcleo, não se eles quiserem domar feras tão poderosas — Kaylus disse, sua voz era firme.

— Kay, seja realista. É impossível que algum dia os gêmeos sejam capazes de realizar um contrato com alguma fera de alto nível. Aaron e Ethan são quase pré-adolescentes e mal sabem ler, nenhum professor quer ensiná-los porque eles só pensam em brincar e pregar peças. Essas não são as características de um príncipe imperial. Se continuarem assim, que tipo de adultos se tornarão?

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