Capítulo quarenta e seis - Debaixo d'água

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Continuação

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Continuação...


O cheiro que as borboletas sangrentas carregavam era gritante e por vezes, Ethan sentiu-se tentado a tapar o nariz.

Uma pequena borboleta veio voando em sua direção enquanto outras lhes circulavam, mas outra que pousou sobre o ombro de Aaron chamou sua atenção, assim que voltou a olhar para a borboletinha a sua frente notou que a mesma já havia sumido, estranhando, analisou as próprias roupas e logo em seguida olhou para trás, aonde ela voava misturando-se às outras.

— Que tolo...

— Tolo...

Vejam, eles vieram — as borboletas sussurravam entre si, simulando a voz de homens, mulheres e crianças.

O filete deslizou por sua bochecha, e pingou no braço que rodeava seu pescoço, assim que olhou, percebeu que se tratava de sangue. Quando foi que se machucou? Não aconteceu exatamente nada… não, espere, a borboleta!

Sangue!

Foi como se pusesse fogo numa floresta, as borboletas sangrentas começaram a cercá-los com uma grande intenção assassina. Não havia como retornar, sendo assim, pegou impulso e correu adiante, as inúmeras borboletas passavam por ele e cortavam a pele como se fossem adagas perfurantes, o que fazia o sangue escorrer e as mãos que mantinham o irmão firme em suas costas ficarem escorregadias.

Ethan olhou para trás para ver seus pequenos perseguidores, quando voltou a olhar para frente tropeçou em uma elevação e caiu. Aaron estava sobre si, por isso, quando tentou se mover ele caiu para o lado, o irmão estava tão machucado quanto ele, sua capa estava cheia de cortes manchados de sangue.

O coração batia como louco, aquele lugar escuro criava uma atmosfera tão pesada ao se somar a aura que transbordava lá, a adrenalina fazia sua mente ficar em branco. Se tentasse atacá-las, sua energia espiritual chegaria ao limite e não demoraria muito para que nem mesmo fosse capaz de acender aquela pequena chama flutuante para iluminar o caminho, mas, se não usasse seu poder espiritual, era possível que nem mesmo fossem capazes de sair.

As borboletas lhes cercavam formando uma espécie de casulo, buscando machucá-los com suas asas cortantes. O príncipe fez um sinal de mãos e o ar tornou-se denso, uma borboleta voou ligeira e cortou sua mão, outra desferiu um corte na lateral de seu pulso. Ele girou os braços enquanto os dedos indicador e médio carregavam uma brilhante energia azul que ao final da rotação tornou-se laranja.

Ao desviar o olhar para baixo, notou as borboletas que haviam pousado sobre as costas do gêmeo que se encontrava de bruços, elas se alimentavam de seu sangue fazendo com que suas asas rosa-claro adquirissem um tom escarlate. Queria fazer algo, precisava, mas entrariam em problemas se parasse o encanto agora.

Coroa do Sol (CrS)Onde histórias criam vida. Descubra agora