Capítulo sessenta e três - Pilar de luz

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Continuação

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— A cimitarra… quando foi que a pegou?

— Maldita borboleta! — Aaron praguejou ao avançar na borboleta que sumiu ao agarrá-la, nesse meio tempo Ethan havia vasculhado sua própria bolsa espacial e por fim constatou que a arma confiscada já não se encontrava mais lá. Ele apertou os olhos e respirou fundo apertando a mão em punho.

— Quantas vezes eu preciso te avisar para se manter longe dessa cimitarra? Se a tomei de você é porque ela não vai nos trazer benefício algum, você não precisa de uma arma que acumula energia impura!

— E de onde será que essa energia impura está saindo, hein Ethan?

Quando o professor lhe presenteou com Zydah ela era tão pura e cristalina quanto Ludian, a espada que Ethan tão orgulhosamente empunhava. Seria muito bom se não houvesse prós e contras, com o tempo a cimitarra foi gradualmente acumulando as impurezas de seu cultivo e por fim passou a atrair a atenção do gêmeo, ele havia pedido (praticamente obrigado, devia ressaltar) que selasse e a mantivesse o mais longe possível.

— Eu não quero voltar a bater na mesma tecla, então me ouça enquanto estou sendo paciente, pegue essa maldita cimitarra e dê um fim nela! Zydah pode estar sugando a impureza do seu poder, mas o que vai acontecer quando não puder mais contê-lo? 

— Não precisa ficar irritado, eu já entendi o seu ponto e não é como se não me preocupasse, é só que Zydah é a minha espada espiritual, eu queria estar preparado se alguma coisa acontecesse.

— Passa isso pra cá, só um louco confiaria em uma lâmina impura como essa! — Ethan capturou a cimitarra, felizmente ela estava embainhada, caso contrário teria ferido sua mão.

— Ethan! — Aaron exclamou surpreso.

— Só vai tê-la de volta quando puder purificar a sua lâmina, daqui até lá acho bom se contentar com o seu arco. É vergonhoso que não consiga usar a sua própria arma!

— Mas Zydah é minha responsabilidade, você não tem o direito de tomá-la! — Aaron tentou tocar o anel espacial de Ethan, mas ele foi mais rápido ao se esquivar.

— Acontece que você é minha responsabilidade, é como falei, se não gostou, sugiro que vá se cultivar! — Ethan se levantou e caminhou em direção a porta.

— Pra onde você vai? — Aaron perguntou temendo que ele voltasse para a proa.

— Estou indo para a cozinha, a partir de hoje ocuparei o seu lugar, você fica aqui e cultiva os núcleos e a esfera mágica com o cultivo de Kaylus, não é como se você soubesse fazer algo além disso — Ethan abriu a porta deixando Aaron lhe encarando abismado, felizmente ele conseguiu reagir rápido e se levantou da cama caminhando apressado até ele.

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