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Harry ficou de pé de um salto, afastando Severus e ele mesmo do feitiço que havia deixado a varinha de Minerva. Ela tinha feito isso de forma não-verbal, o que tornou difícil decifrar qual feitiço era. Ao aterrissar, ele percebeu que tinha uma boa ideia de que era um feitiço impressionante ou um de ligação, já que esses eram os dois com essa cor. Foi um dos primeiros feitiços que ele aprendeu enquanto era ensinado a lançar feitiços não-verbais com um homem que ele considerava um pai. Ele estava furioso com ela, como ela ousa? Por que ela não podia, pelo menos uma vez na vida, realmente ouvi-lo? Toda vez que ela o ignorou, passou diante de seus olhos, enfurecendo-o ainda mais. Ele estava tão doente e cansado de ser ignorado até que algo grave acontecesse ou estivesse em perigo. Ele já ouviu uma desculpa? Não, nem mesmo uma única maldita palavra dela, apesar do fato de ela ignorá-lo ter levado aos eventos.

"Pare com isso!" retrucou Harry irritado com o fato de que ela estava mais uma vez tirando conclusões precipitadas. Quantas vezes ele desejou que ela o ajudasse? Agora ela fingia preocupação quando ele não queria? Agora que ele tinha alguém, bem, não mais. Ele ia acabar com isso, toda a raiva que ele manteve em todos esses anos estava borbulhando perigosamente perto da superfície.

"Venha aqui Potter," disse McGonagall ferozmente. Seus olhos se estreitaram com raiva de ambos, ela mal podia acreditar em seus próprios olhos.

"Não!" respondeu Harry desafiadoramente seu queixo se projetando, olhos verdes brilhando em fúria que estava perto de explodir.

"Como você pôde Severus?" sibilou McGonagall furiosamente enquanto o Mestre de Poções se levantava.

Severus a encarou impassível, não querendo reagir aos seus comentários. Ele estava prestes a lançar um feitiço de proteção quando Harry bateu em seu peito. Que por sinal agora estava doendo algo feroz, Harry não era o menino magrelo que tinha sido no final de seu quarto ano. Ele agarrou sua varinha, ainda a observando, ele tinha a sensação de que a única razão pela qual ela não estava atacando agora era porque Harry estava na frente dele. Uma pequena parte de Severus foi aquecida pela defesa de Harry dele, mas outra parte maior ficou um pouco envergonhada, ele não precisava de Harry para protegê-lo, especialmente não de Minerva.

"Minerva não é o que parece," explicou Severus com um olhar de desgosto em seu rosto. Ser acusado de uma coisa dessas revirou seu estômago, ele pensou em Harry como um filho pelo amor de Merlin! O pensamento lhe deu arrepios, ele não era um pedófilo. Harry mal tinha dezesseis anos, ele tinha idade suficiente para ser seu pai.

"Eu tenho olhos Severus!" retrucou a mulher que evidentemente não iria ouvi-los. "Agora vamos para o escritório de Dumbledore ou vou ligar para o Auror." Ela acrescentou insistentemente.

“Você vai, por uma vez na vida, me ouvir!” gritou Harry com o rosto vermelho de raiva. “Eu aguentei você me ignorando nos últimos seis anos, a menos que lhe conviesse! Você não está apto para ser o chefe da casa de alguém! Você nos trata como crianças de três anos de vida e descarta todas as malditas coisas que temos a dizer! Toda vez que pedi ajuda, você simplesmente me dispensava como se eu fosse um inseto debaixo do seu sapato! Nunca em toda a minha educação em Hogwarts você escutou e eu já tive o suficiente! Eu nem mesmo recebi um 'Sinto muito' de você quando foi provado que você estava ERRADO! Estou começando a pensar que você está nisso junto com Dumbledore para tornar minha vida um inferno! Eu gostaria de não discutir com o chapéu e fazê-lo me colocar na Grifinória, pelo menos se eu não tivesse, eu teria alguém que realmente ME OUVIU mesmo que fosse SLYTHERIN!” Harry estava ofegante no final, respirando pesadamente tendo gritado a coisa toda sem respirar. Ele estava totalmente furioso com ela, nem mesmo gritar isso o ajudou nem um pouco.

A New Place To Stay - |tradução|Onde histórias criam vida. Descubra agora