Um problema sem solução.

Capítulo 01

Rodolffo Lamberti

— Luna, quantas vezes terei de dizer que não quero o Rufus no meu escritório?— Questionei irritado— Tire-o de lá agora e se troque para a escola— Disse rígido.

— Está bem, papai...— Ela disse passando por mim.

Rufus rasgou minha pasta de projetos que levei três dias sem sono para preparar. E agora, vou ter que refazer toda essa merda.

— Romero, prenda o Rufus no quintal, até que ele aprenda boas maneiras— Disse sério.

— Sim, senhor Lamberti— Ele concordou e seguiu com Rufus.

— Mas papai, não pode prender o Rufus. Ele é só um cachorro— Luna questionou.

— Ele já deveria ter aprendido à não entrar no meu escritório— Disse ríspido— Está pronta?

— Sim, senhor— Ela assentindo baixando a cabeça.

— Romero irá levar você. Eu estou ocupado. E agora ainda mais— Bufei irritado.

— Ainda vamos na casa da vovó Laura?— Ela perguntou.

— Eu não sei. Não acho que terei tempo para isto hoje. Assim que chegar, irei levar você para a casa de Susan. Você vai ficar com seus avós esta noite— Disse olhando meu relógio antes de sair.

Eu segui para a empresa. Gustavo estava em minha sala.

— O que faz aqui?— Perguntei, colocando a pasta mordida na mesa.

— O que aconteceu?— Ele perguntou se referindo à pasta.

— Rufus. Ele destruiu todo o meu projeto. Terei que refazer tudo— Bufei, me sentando em minha cadeira— O que faz aqui, Gustavo?

— Vim informar à você de que nosso novo sócio chega hoje para jantar conosco na casa dos nossos pais— Ele disse me olhando.

— Eu não concordei com isto— Disse, sem o olhar, enquanto verificava as pastas na minha mesa.

— Mas o papai, sim. Ele acha que seria bom fazer uma fusão e expandir ainda mais a L-Corp Architecture. Além do mais, sabe que ele e o nosso novo sócio tem um vínculo— Ele disse cruzando os braços.

— L-Corp está indo bem sozinha— Retruquei.

— Mas ficará melhor ainda com essa fusão, Rodolffo— Ele disse.— Sabe que também sou sócio.

— É diferente com você. Gustavo, você possui muitos contatos de possíveis investidores, vendedores. Por isso concordei em ter você como sócio. Além de cuidar das nossas finança.— Disse me encostando na cadeira.

— Eu sei. Mas pense bem, teremos um novo designer gráfico, Rodolffo— Ele disse me olhando.— Sabe que precisamos de um.

Eu o encarei irritado.

— Eu posso cuidar disso— Disse com a mandíbula travada.

— O seu foco é em gerenciar toda esta empresa, em seus projetos, nas nossas relações públicas, não em designer— Ele disse me olhando.

— Este setor já está com o cargo preenchido.— Disse ríspido— Preciso de um novo RP.

— Por que não deixa que cuide do designer?— Gustavo perguntou.— Rodolffo, você não pode cuidar de tudo sozinho.

—Você está me irritando— Respondi o encarando rígido.— Se já terminamos aqui, Gustavo, eu tenho muito o que fazer. Então, por favor...— Apontei para a porta.