Capítulo 03

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Isabela Lazcano

Nós seguimos até um bairro no carro dele e logo chegamos em um quarteirão repleto de restaurantes brasileiros. Eu amo.

— Venha. Você precisa provar a picanha na chapa que eles fazem. É divina— Ele disse enquanto entrávamos no restaurante.

Ele se chamava "Samba Kitchen". E pelo cheiro, já estava dando água na boca. Nós nos sentamos em uma mesa afastada da multidão e fizemos o pedido. Como eu não conhecia, deixei que Gustavo fizesse nossos pedidos.

— Esse lugar parece ter um clima agradável. Acho que tudo relacionado ao Brasil— Disse observando o lugar.

— Bom, exceto alguns brasileiros— Ele brincou rindo.— Você já foi ao Brasil?— Ele perguntou.

— Sim, uma vez. Intercâmbio— Respondi o olhando— E você?

— Eu sou metade brasileiro. Rodolffo e eu praticamente crescemos lá. Nossa mãe é brasileira— Ele disse sorrindo.

— Isso é interessante. Me parece gostar do Brasil— Disse.

— E gosto. Bastante.— Ele disse— Onde você fez intercâmbio?

— Em Brasília. Se não me engano, é a capital do país— Disse pensativa.

— Sim, é sim.— Ele concordou— Nossa mãe é do Rio Grande do Sul. As vezes, vamos visitar nossa avó.— Ele disse.

— E seu pai? De onde ele é?— Perguntei curiosa.

— Ele é nova-iorquino— Ele respondeu— Mas conheceu minha mãe quando visitou o Brasil. Você sabe, amor à primeira vista— Ele riu.

— Você acredita mesmo nisto?— Perguntei, zombando.

— Sim, às vezes— Ele encolheu os ombros.— Eu sei que parece estúpido, mas eu acredito.

— Acredite no que quiser— Eu ri levemente.

— E você, no que acredita?— Ele perguntou me olhando.

— Amor à primeira vista? Definitivamente, não— Disse o olhando— Acho que as pessoas estão destinadas à se encontrarem no tempo certo— Encolhi os ombros.

— Então acredita em destino?— Ele questionou rindo.

— O que foi? Eu não estou julgando as suas crenças— Disse rindo.

— Está bem. Acredite no que quiser— Ele levantou as mãos em rendição.

— Obrigada— Brinquei.

O garçom trouxe nosso pedido e assim que provei, senti uma explosão de sabores em minha boca. Aquele sabor familiar da culinária brasileira.

— E então, o que achou?— Gustavo perguntou assim que terminamos de comer.

— Essa é a melhor comida que eu já comi. Como isso é possível?!— Disse sorrindo.

Ele riu levemente.

— Juro que se você comer alguma coisa feita pelo meu irmão, você vai mudar de ideia— Ele disse rindo.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora