Capítulo 52

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Rodolffo Lamberti

— O senhor deve comparecer em dois dias ao tribunal. A senhorita Luna está aos cuidados da senhorita Antonelli até que o juiz tome uma decisão.—O maldito advogado disse, me olhando.

— Quer dizer que não vou poder ver a minha filha?—Questionei, irritado.

— A senhorita Antonelli entrou com uma medida protetiva provisória.—Ele disse, calmamente me olhando.— Até que o juiz tome uma decisão sobre a guarda da menor, o senhor terá de se afastar da sua filha.

— Eu é quem tenho que pedir medida protetiva! Você levou a minha filha sem a minha permissão, caralho!—disse, a encarando irritado.

— Não, Rodolffo. Eu tinha uma medida provisória e, bom, o policial concordou que você não é um pai responsável.— Ava manteve um sorrisinho no rosto.

— Eu garanto à você que vou ter a minha filha de volta. E o que você fez, é corrupção, Ava. Sabemos onde você vai parar por isso e muito mais.— Disse à encarando.

— Eu apenas o mostrei a verdadeira face de Rodolffo Lamberti, o homem viciado em trabalho, que deixou sua filhinha abandonada em casa.— Ela disse me olhando.

— O quê? Eu não a abandonei!— Disse, entredentes.

— E onde está a Jena?— Ela questionou, em um tom arrogante.— Você não sabe, Rodolffo, porque é irresponsável e não se preocupa com nada além do trabalho e da sua vadiazinha.

Eu a encarei com a mandíbula rígida.

— Saia—Disse, impaciente.

— Não se esqueça de comparecer, por favor.—o advogado disse, uma última vez antes de sair.

— Nos vemos depois, Rodolffo.— Ava disse com um sorriso antes de saírem da minha sala.

Eu derrubei os objetos da mesa, incluindo um notebook, no chão. Bati os punhos na mesa, irritado. Podia sentir o meu sangue ferver e meu rosto queimar. Me sentei em minha cadeira, tentando respirar fundo. Emma entrou alguns segundos depois, ela engoliu em seco e se aproximou.

— O senhor quer que eu peça à alguém para vir limpar sua sala?—Ela perguntou, em um tom ansioso, me olhando com receio.

— Sim, Emma, eu quero que peça à alguém para limpar minha sala!—Concordei, encarando ela impaciente.

—Está bem, senhor—Ela concordou com a cabeça tantas vezes que eu não consegui contar—O senhor deseja algo mais?

— Há bebidas alcóolicas na cafeteria?—Questionei, a olhando.

—Não, senhor. O senhor proibiu, não se lembra?—Ela respondeu, me olhando—Posso pegar um café?—Ela perguntou, como se tentasse ajudar em algo.

— Não, Emma. Agora pode se retirar e mandar alguém para limpar a minha sala—Eu disse, à olhando.

Ela concordou, freneticamente, e saiu. Eu suspirei, massageando as têmporas. Me levantei e andei em círculos pela sala. Eu não sei como contornar essa situação e não sei como resolver e ter Luna de volta. Eu abaixei a cabeça entre as mãos. Ouvi batidas à porta, quando levantei minha cabeça para olhar e gritar com quem quer que fosse, eu engoli em seco. Eram Isabela e Gustavo. Isabela se aproximou, enquanto Gustavo fechava as persianas horizontais.

— Você está bem?—Ela perguntou, se aproximando da minha mesa.

— Sim, estou.—Pigarreei, olhando para ela.

— O que eles faziam aqui, Rodolffo?—Gustavo questionou, se aproximando.

Ele parou, fincando os braços na cintura. Eu encolhi os ombros.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora