Isabela Lazcano
Depois do jantar, ficamos na sala. O tal Rodolffo era um grande babaca. Ele conversava com o irmão, aparentemente, não muito contente.
— Eu acredito que isto é um bom investimento, George— Meu pai disse.
— Sim, Afonso. É um ótimo investimento. Veja, nossos filhos dando vida ao nosso legado— George disse abraçando o ombro do meu pai, enquanto sorria.
Laura sorriu de canto, observando o marido.
— Bom, agora seremos uma família. É o que nossa empresa representa: família.— Ela disse nos olhando.
— Apesar de ser um investimento para nós, acredito que vamos nos dar muito bem— Minha mãe disse, calmamente.
— Nem todos...— Murmurei.
— Peço desculpas pelo comportamento do Rodolffo. A empresa significa tudo para ele.— Laura disse me olhando— Rodolffo não vê nada além de trabalho. Ele se esforça para manter a empresa em perfeito estado. Eu sei que ele pode ter sido um pouco rude, mas isto vai melhorar— Ela disse me olhando.
— Ele não me parece ser do tipo sociável— Disse à olhando.
— E ele não é, não é mesmo, irmão?— Ouvimos Gustavo dizer.
Rodolffo fechou a cara e cruzou os braços, antes de olhar o relógio de pulso.
— Eu preciso ir. Tenho trabalho à fazer— Ele disse sério.
— Mas ainda está tão cedo, querido— Laura disse o olhando.
— Eu tenho trabalho à fazer, mãe— Ele disse à olhando, antes de se despedir dela e de todos antes sair.
Pelo menos sabemos que ele tem educação.
Depois George e meu pai quase tomarem a segunda garrafa de champanhe, nós decidimos ir embora. Eu precisava descansar e me preparar para assumir o cargo amanhã de manhã.
Eu comprei uma casa em Nova York e meus pais iriam ficar por um ou dois dias, antes de irem de volta para Washington.
(Casa da Isabela)
No dia seguinte, me levantei cedo e me preparei para o dia com um banho frio. Vesti uma saia não tão longa preta, uma blusa de alça branca e um salto alto. Decidi usar um blazer preto. Eu o peguei e o vesti, antes de descer e tomar café da manhã com meus pais. Pelo o que parece, papai fez as torradas, panquecas, bacon e frutas.
— Está na hora de ir, querida. George e eu vamos visitar a empresa enquanto você conversa com Rodolffo— Meu pai disse antes de se levantar.
Eu concordei. Precisava rever algumas coisas com aquele homem irritante sobre as relações públicas da empresa. Seguimos de carro até a empresa, tentando ao máximo evitar as ruas lotadas de Nova York.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...