Capítulo 44

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Rodolffo Lamberti

Na manhã seguinte, Isabela e eu nos preparamos e descemos para comer. Isabela achou que deveríamos tomar café da manhã com nossas mães.

Vesti um terno preto simples. Já Isabela vestiu uma saia bege, uma blusa de manga longa verde e tenho quase certeza de que a lingerie era preta.

Quando descemos, Susan e minha mãe estavam terminando o café da manhã delas quando chegamos.

— Bom dia— Eu disse, assim que entramos na sala de jantar.

— Bom dia— Elas nos cumprimentaram.

Susan não estava com um belo sorriso no rosto ao me ver.

— Que bom que vocês desceram. Susan me contou que aceitou o convite de Isabela, querido.— Minha mãe disse me olhando.— Sentem-se, estávamos discutindo sobre vocês dois agora mesmo— ela disse sorrindo.

— Sobre o quê estavam falando?— Questionei, com o cenho franzido, enquanto Isabela e eu nos sentávamos do outro lado da mesa.

— Sobre a relação de vocês dois.— Ela respondeu.

Susan quase engasgou com isso. Ela bebeu um gole do suco e nos olhou.

— Sobre a qual não existe. Aquele fotógrafo estava no lugar certo, na hora certa.— Susan disse.— Mas, agora que esse caos se espalhou, vocês dois nem deveriam ser vistos juntos.

— Não faça tempestade em um copo d'água— Isabela disse a olhando com desdém.

— Uma foto como aquela não vai interferir em nada. Além do mais, já foi retirada.— Eu disse a olhando— Nós somos sócios, é comum nos encontrarmos.

— Mas não da forma como se encontraram no dia daquela foto e nos dias seguintes, não acha?— Susan insistiu.

Eu bufei, desdenhando.

— Isso não importa agora.— Isabela retrucou ríspida.— Há alguma notícia do meu pai?— Mudou de assunto, enquanto pegava um pedaço de bacon e bolinhos de bacalhau, eu suponho.

— Sim— Susan suspirou.— O júri chegou à um veredicto.

— E qual é?— Questionei, à olhando.

Ela ficou em silêncio, abaixando a cabeça.

— Seu pai foi condenado à uma pena de sete anos de prisão— Minha mãe respondeu, olhando para Isabela.— Seriam 10 anos, mas com muito esforço, se tornou sete anos.— Ela disse.

Eu massageei a testa, suspirando.

— Assim que retornarem, falarei com eles.— Disse à olhando. — Tenho certeza de que podemos diminuir mais um pouco. — Disse à olhando.

Elas concordaram. Eu suspirei. E Isabela não parecia ficar bem com isso, já que concordou e saiu sem dizer nada.

— Ela vai ficar bem?—Minha mãe questionou, olhando para Susan.

— Sim, este é um assunto delicado para Isabela. E ela é bastante apegada ao pai—Susan respondeu, a olhando.

— Deveria ir falar com ela, querido—Minha mãe disse, me olhando.

Eu concordei, antes de me levantar e pegar o meu telefone. Eu liguei para meu pai antes de ir falar com Isabela.

— Como estão as coisas?—Perguntei sério, assim que ele me atendeu.

Não está indo da melhor forma, mas bem—Ele respondeu— Afonso vai ficar detido hoje. Assim que tudo estiver pronto, ele será transferido para Washington. Irá cumprir pena em domicilio. Como deve ser.—Ele disse.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora