Capítulo 66

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Rodolffo Lamberti

Isabela vai enviar o projeto para o meu e-mail e quero que você repasse diretamente para Clifford. Preciso que ele aprove o design para começarmos a construção.— Disse à Emma.

— Sim, senhor.— Ela concordou.— O senhor Lamberti esteve aqui, disse que gostaria de falar com o senhor.

Eu franzi o cenho, um tanto curioso.

— Está bem.— Concordei.— Peça para o Gustavo analisar o projeto e cuidar do orçamento. Quero que sejam enviados juntos com o contrato.— Disse à olhando.

— Está bem.— Ela assentiu.— Precisa de algo à mais?— Ela questionou, me olhando.

— Na verdade, onde está o Marcelo?— Questionei, olhando ao redor.

— Eu notei ele ir pelo corredor que acessa os arquivos.— Ela disse apontando para o corredor.

— Está bem.— Assenti.— Se Isabela chegar antes de eu retornar, peça para ela esperar um pouco, por favor.— Pedi.

— Sim, senhor.— Ela concordou.

Eu me virei e segui pelo mesmo corredor. Ouvi algo cair na sala de arquivos. Franzi o cenho e me direcionei até ela. Ao abrir a porta, me arrependendo no processo, Marcelo estava com alguém. Não sei, parecia a Casey do setor de designes de interiores. E eu juro que quis matá-lo por estar trepando na sala de arquivos. Que nojo!

— Isso é nojento. É nojento. Muito nojento!— Murmurei irritado, entredentes.

Eu pigarreei para chamar a atenção dos dois. E nem preciso ver a expressão de surpresa e de vergonha estampada no rosto de Casey. Já que João Marcelo não tem um pingo de vergonha.

— Nós-nós podemos explicar.— Casey começou, pegando a roupa e se vestindo.

— Eu não quero saber.— Disse, com o rosto virado em outra direção.— Quero os dois fora da sala e vestidos.

— Qual é, Rodolffo? Como pode ser estraga prazeres?— João Marcelo disse se vestindo.

Casey passou por mim com a cabeça baixa. Eu encarei Marcelo com uma expressão furiosa.

— Você vem comigo.— Avisei.

Ele suspirou e passou por mim, caminhando pelo corredor.

— Vai começar com os sermões?— Ele questionou.

— Você conhece as normas da empresa. Você também tem que segui-las. Não sei o que se passa nessa sua cabeça minúscula, mas não tem o direito de fazer o que bem entender.— Disse o encarando.— Eu concordei que trabalhasse aqui, você garantiu que levaria à sério.— Ele mal me deu atenção. Eu o puxei e o empurrei contra a parede.— Notou que não tem mais para onde ir, caralho?! Ou você muda, ou vai ficar sozinho. Você não sabe fazer a porra de um simples trabalho, tudo o que sabe fazer é vadiar. Pra mim já chega, estou suportando você faz dois meses. Já deu, quero que saia da minha empresa.— Disse o encarando.

— Você se ouviu? Eu não tenho para onde ir. A empresa não é só sua, tio George não vai deixar me expulsar assim.— Ele disse me encarando.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora