Rodolffo Lamberti
— Isabela vai enviar o projeto para o meu e-mail e quero que você repasse diretamente para Clifford. Preciso que ele aprove o design para começarmos a construção.— Disse à Emma.
— Sim, senhor.— Ela concordou.— O senhor Lamberti esteve aqui, disse que gostaria de falar com o senhor.
Eu franzi o cenho, um tanto curioso.
— Está bem.— Concordei.— Peça para o Gustavo analisar o projeto e cuidar do orçamento. Quero que sejam enviados juntos com o contrato.— Disse à olhando.
— Está bem.— Ela assentiu.— Precisa de algo à mais?— Ela questionou, me olhando.
— Na verdade, onde está o Marcelo?— Questionei, olhando ao redor.
— Eu notei ele ir pelo corredor que acessa os arquivos.— Ela disse apontando para o corredor.
— Está bem.— Assenti.— Se Isabela chegar antes de eu retornar, peça para ela esperar um pouco, por favor.— Pedi.
— Sim, senhor.— Ela concordou.
Eu me virei e segui pelo mesmo corredor. Ouvi algo cair na sala de arquivos. Franzi o cenho e me direcionei até ela. Ao abrir a porta, me arrependendo no processo, Marcelo estava com alguém. Não sei, parecia a Casey do setor de designes de interiores. E eu juro que quis matá-lo por estar trepando na sala de arquivos. Que nojo!
— Isso é nojento. É nojento. Muito nojento!— Murmurei irritado, entredentes.
Eu pigarreei para chamar a atenção dos dois. E nem preciso ver a expressão de surpresa e de vergonha estampada no rosto de Casey. Já que João Marcelo não tem um pingo de vergonha.
— Nós-nós podemos explicar.— Casey começou, pegando a roupa e se vestindo.
— Eu não quero saber.— Disse, com o rosto virado em outra direção.— Quero os dois fora da sala e vestidos.
— Qual é, Rodolffo? Como pode ser estraga prazeres?— João Marcelo disse se vestindo.
Casey passou por mim com a cabeça baixa. Eu encarei Marcelo com uma expressão furiosa.
— Você vem comigo.— Avisei.
Ele suspirou e passou por mim, caminhando pelo corredor.
— Vai começar com os sermões?— Ele questionou.
— Você conhece as normas da empresa. Você também tem que segui-las. Não sei o que se passa nessa sua cabeça minúscula, mas não tem o direito de fazer o que bem entender.— Disse o encarando.— Eu concordei que trabalhasse aqui, você garantiu que levaria à sério.— Ele mal me deu atenção. Eu o puxei e o empurrei contra a parede.— Notou que não tem mais para onde ir, caralho?! Ou você muda, ou vai ficar sozinho. Você não sabe fazer a porra de um simples trabalho, tudo o que sabe fazer é vadiar. Pra mim já chega, estou suportando você faz dois meses. Já deu, quero que saia da minha empresa.— Disse o encarando.
— Você se ouviu? Eu não tenho para onde ir. A empresa não é só sua, tio George não vai deixar me expulsar assim.— Ele disse me encarando.
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Um problema sem solução.
RomanceTudo começa quando uma das maiores empresárias do ramo de designer se torna sócia de uma das maiores empresas de arquitetura dos Estados Unidos. Rodolffo Lamberti, que após a perda precoce de sua esposa, se tornou um pai viúvo e um homem amargurado...