Capítulo 15

197 13 2
                                    

Rodolffo Lamberti

Me levantei e saí da sala de Isabela rápido. Eu não sei o que deu em mim e não tenho ideia de como ela fez aquilo. Não sei como acontece e não quero ter que descobrir, porque sei que não vou gostar de onde isso vai me levar.

Não tenho interesse em ser "amigável" com ninguém. E muito menos com Isabela. Quero ser estritamente profissional com ela e com qualquer um desta empresa. É assim que eu sou.

Eu respirei fundo antes de voltar para a minha sala. Pedi a Emma que me trouxesse um café amargo, e assim ela fez. Gustavo apareceu algumas horas mais tarde. Pedi a Emma para chamá-lo até minha sala. Quando ele entrou, me olhou, antes de fechar a porta, e soltou um suspiro.

— Se você vai continuar com aquele assunto, é um assunto da Isabela— Ele disse se aproximando da minha mesa.

Me levantei e cruzei os braços.

— Não chamei você para falarmos sobre Isabela, mas sim sobre Ava— Disse o olhando.

Eu franziu o cenho me dando um olhar de confusão e se aproximou da minha mesa.

De certa forma, acho que ele não vai gostar nem um pouco.

— O que tem a Ava?— Ele perguntou, me olhando.

— Acredito que tenha sido ela quem fez isso no seu pescoço— Disse apontando para um chupão.

Ele desviou o olhar, envergonhado.

— Não é o que está pensando— Ele começou.

— Não foi o que Isabela me disse— Retruquei, impaciente— Antes de querer tirar satisfações com ela, vamos terminar essa conversa.

— O que ela te disse?— Ele questionou.

— Isso importa? Eu já sei, Gustavo. E você é quem deveria ter me contado— Disse entredentes— A Ava vai se casar. Deixe-a em paz.

— Eu juro que queria ter te contado, Rodolffo. Mas a sua reação toda vez que citam o sobrenome Antonelli, não permitiu— Ele disse me encarando.

— Não me envolva nisso, Gustavo. Eu cortei meus laços com aquela família. E você deveria fazer o mesmo— Avisei.

— Você esqueceu de Luna?— Ele questionou.

— A Luna é um lembrete de que me envolver com essa família foi um erro. Deixe-a fora disso— Rosnei— Fique longe da Ava, Gustavo. Ela não é mulher para você— Avisei.

— O que sabe sobre Ava?— Ele retrucou.

— O suficiente para manter você longe dela— Disse o encarando— Ava é uma mulher complicada. Quanto tempo ficaram juntos?

— Pare de se meter e tentar controlar a minha vida, Rodolffo!— Ele gritou.

— Responda, Gustavo!— Rosnei o encarando.

— Por que isso importa? Você mesmo não se importa, Rodolffo! Nunca se importou. O que houve entre ela e eu acabou, por sua causa.— Eu o encarei— Quando você se fechou pro mundo, Rodolffo, eu tive que escolher entre ela e você. Depois que Laurel morreu, eu fiquei ao seu lado. Eu deixei Ava sozinha, porque escolhi estar com o meu irmão.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora