Capítulo 42

182 10 1
                                    

Isabela Lazcano

Eu tomei um banho rápido e me vesti. Decidi esperar por Rodolffo na sala. Minha mãe provavelmente iria ter um pequeno susto por eu não ter contado que ele vinha para cá, mas ela também fez esse convite à ele.

Meu pai nos ligou durante a tarde. As coisas não estão nada bem por lá. E amanhã de manhã, o júri terá uma resposta. Ele acredita que vai ser condenado. Mas diz que George tem alguns truques. Isso pode ajudar. Eu só não quero que o assunto se estenda mais do que já se estendeu. Quero que esse caso encerre, quero meu pai livre, apesar de tudo.

Eu respirei fundo e desci às escadas.

— Onde está indo?— Minha mãe questionou, ao me ver descendo as escadas.

—Estou esperando o Rodolffo.— Respondi, à olhando.

Ela franziu o cenho.

— Pensa em sair de pijama?— Ela questionou, cruzando os braços.

— Claro que não.— Respondi.— Rodolffo vem dormir aqui. Eu fiz um convite e ele aceitou.— Disse à olhando.

— Você não poderia ter me avisado? Poderia ter pedido para prepararem o quarto de hóspedes.— Ela disse séria.

— Ele decidiu agora à pouco.— Respondi, calmamente. — Agora, se me der licença, irei esperar por ele.

Ela me olhou séria, antes de sair. Eu revirei os olhos e caminhei até o sofá. Me sentei e esperei por Rodolffo. Quando ele chegou, estava com uma camisa simples, uma bermuda e um tênis simples branco. A mala estava atrás dele. Ela era bem pequena, mas considerando que ele ficaria por apenas alguns dias, eu já devia esperar.

Como pode ser tão lindo assim?

— Eu já sabia que sentiria a minha falta, Isabela— Ele disse com um sorrisinho convencido.

Eu revirei os olhos, sorrindo de canto antes de dar espaço para ele atravessar a porta.

— Bom, foi você quem me ligou— Disse convencida— Então acho que sabemos quem sente mais falta aqui— Fechei a porta.

Rodolffo riu levemente e se aproximou de mim.

— Está bem. Mas, você só vai precisar me aturar até amanhã— Ele disse me olhando— Preciso voltar para Nova Iorque.

Eu suspirei. Sabia que ele iria embora uma hora ou outra. Eu concordei, ainda inconformada.

— Está bem— Assenti.

— Está incomodada com isso?— Ele perguntou, suavemente.

— Imaginei que não ficaria muito, de qualquer forma— Disse o olhando— E nem eu deveria estar tão ausente assim.

— São assuntos pessoais da sua família e seus. Pode tirar quantos dias quiser— Ele disse olhando em meus olhos, enquanto senti ele acariciar minha bochecha.

— Na verdade, não posso. O júri vai tomar sua decisão amanhã de manhã. Talvez meu pai nem volte de Portugal— Eu disse o olhando.

— Ele vai voltar de Portugal. Eu prometi isso à você. Mas, se for condenado, ele não vai poder sair de casa. Você sabe, Isabela— Ele disse, brincando com os cabelos da minha nuca.

Um problema sem solução.Onde histórias criam vida. Descubra agora